sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

NOTÍCIAS CURIOSAS

Câmara de Bragança reclama mais verbas para a Saúde no Nordeste Transmontano

Problema do financiamento da ULSNE coloca-se desde a sua criação, há dois anos

29 de janeiro de 2014 - 12h07

A Câmara de Bragança aprovou por unanimidade uma resolução a exigir ao Governo o reforço do financiamento da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) para atenuar a discriminação da população no acesso aos cuidados médicos.

Na posição, aprovada na reunião de câmara de segunda-feira e divulgada hoje à comunicação social pelo executivo social-democrata, exige-se “um valor mais justo e equilibrado” do financiamento com reforço das verbas em “cerca de 15 milhões de euros” por ano.

De acordo com a descrição feita no documento, o subfinanciamento da entidade que gere a Saúde no Nordeste Transmontano está a penalizar os cidadãos no acesso e na qualidade dos serviços prestados, numa região empobrecida com uma população envelhecida e dispersa, que necessitará cada vez mais de capacidade de resposta e tempo útil.

O problema do financiamento da ULSNE coloca-se desde sua criação, há dois anos, desta entidade que passou a gerir os 15 centros de saúde e três hospitais da região.

A resolução da autarquia de Bragança, que vai ser enviada aos diferentes órgãos de soberania nacionais e entidades regionais, lembra que o valor atribuído pelo Ministério da Saúde per capita à ULSNE é inferior em 104 euros à congénere do Norte Alentejano, “embora preste cuidados numa área territorial superior em 912 metros quadrados a uma população mais envelhecida e tendo sob a sua responsabilidade mais um hospital”.

Caso o valor fosse idêntico, a ULSNE conseguiria um reforço do financiamento em “cerca de 15 milhões de euros”, reforça o documento.

A resolução municipal lamenta que os critérios do Ministério da Saúde não contemplem as diferenças regionais e enumera as dificuldades da entidade gestora e dos utentes devido às características desta região.

Os cerca de 145 mil habitantes servidos pela ULSNE estão dispersos por um território de quase sete mil quilómetros quadrados, “100 vezes superior, por exemplo, ao território da ULS de Matosinhos”.

Cerca de 25% da população tem 65 ou mais anos e baixos rendimentos com reformas inferiores à média nacional em mais de cem euros.

A região “tende para um vazio demográfico e económico fruto de políticas centralistas que ao longo dos anos têm levado o país ao empobrecimento e à concentração de três quartos da população e quatro quintos da economia na faixa litoral”, refere o documento.

A resolução lembra ainda que os utentes do Nordeste Transmontano são obrigados a percorrer longas distâncias, que deixaram de ser comparticipadas, para terem acesso aos cuidados ou exames por falta de especialidade e respostas na região.

Mesmo nas emergências médicas, o INEM transporte para o local adequado, mas o regresso a casa pode custar 150 euros de táxi por a região não dispor de uma rede de transportes públicos como a que serve os cidadãos do litoral.

O município social-democrata teme que “o insuficiente financiamento aliado à imposição de redução de custos, obrigue o Conselho de Administração da ULSNE a medidas que irão penalizar os cidadãos”.

Lusa



Pais de jovem em estado vegetativo recorrem da decisão que iliba Hospital de Braga

Pais de jovem em estado vegetativo recorrem da decisão que iliba Hospital de Braga

Menino com 19 anos permanece em estado vegetativo desde o nascimento

29 de janeiro de 2014 - 11h55

A família do menino em estado vegetativo desde o nascimento vai recorrer "até às últimas" da sentença do Supremo Tribunal Administrativo que anula a condenação do Hospital de São Marcos, Braga, por negligência durante o parto, há 19 anos.

Em declarações à agência Lusa, Benedito Vilela disse que pode recorrer para o Tribunal Constitucional e para os tribunais europeus, garantindo que não vai desistir da "luta" para que o filho Pedro, a quem "só bate o coração", receba uma indemnização do hospital para "poder ter algum conforto já que vida não tem". "Nem que eu venda a casa", acrescenta.

O Supremo Tribunal Administrativo anulou na terça-feira a condenação do hospital ao pagamento aos pais da vítima de uma indemnização superior a 450 mil euros por negligência num parto realizado há 19 anos. A condenação agora anulada fora decidida pelos tribunais Administrativo e Fiscal de Braga e Administrativo Central Norte, depois da mãe da criança ter estado mais de 16 horas à espera de ordem médica para ser submetida a uma cesariana para dar à luz o menino Pedro, a 19 de dezembro de 1994.

"Já estou a falar com o meu advogado. Vou recorrer até às últimas. Nem que eu venda a casa que é o que me resta. Não quero o dinheiro para mim, mas o meu filho precisa dele para ter algum conforto já que vida não tem. Nunca andou, falou, riu, nunca se sentou. Isto é uma vergonha", disse Benedito Alves.

No acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, a que a agência Lusa teve acesso, considerou-se "não se ter provado o nexo de casualidade entre os serviços prestados à mãe e às lesões sofridas" pelo bebé.

Pedro, agora com 19 anos, sofre de Incapacidade Permanente Total de 100%, é detentor de um nível de inteligência de 10%, não reage visualmente, mas reage ao som, tem um encefalopatia refratária grave que lhe impede o controlo dos movimentos, e precisa de atenção constante.

"A minha mulher deixou de trabalhar. Eu já estou reformado. Não recebo qualquer tipo de ajuda. É com 500 euros que sobrevivemos. Não vivemos, sobrevivemos. Do hospital nunca tivemos uma palavra, uma ajuda. Nada", disse.

Benedito não se conforma com a decisão do Supremo, depois do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga ter considerado "existência de culpa do serviço" do ‘São Marcos’, frisando a prática irregular por parte do hospital, determinante na "existência de facto ilícito e culposo, que não sendo imputável em concreto a um qualquer funcionário [do hospital], tem de ser reputada como falta grave no funcionamento dos serviços prestados" à parturiente.

"A ele [Pedro] só lhe bate o coração e ninguém se parece importar", lamentou o pai.

Lusa




Governo designa equipa do novo Hospital de Lisboa Oriental previsto para 2017

Governo designa equipa do novo Hospital de Lisboa Oriental previsto para 2017

Com o novo concurso para a construção do centro, as infraestruturas estarão prontas em 2017

28 de janeiro de 2014 - 10h32

A equipa que vai preparar o estudo e o lançamento do projeto do Hospital de Lisboa Oriental foi designada por despacho do Ministério das Finanças, publicado na segunda-feira em Diário da República.

Segundo o despacho, a equipa é liderada por Vítor Batista de Almeida, ex-presidente do conselho diretivo da Administração-Geral Tributária e ex-inspetor-geral das Finanças.

A equipa, que tem três membros efetivos designados pelo Ministério da Saúde, deverá avaliar "diferentes alternativas existentes" ao modelo de financiamento proposto de parceria público-privado, bem como os custos para o Estado.

Neste contexto, o grupo deverá aferir a disponibilidade de fundos comunitários, o interesse do Banco Europeu de Investimento e da banca comercial no financiamento do hospital.

Competirá também à equipa atualizar, nomeadamente em termos técnicos, financeiros e jurídicos, "as características e os pressupostos-chave do projeto".

O futuro Hospital de Lisboa Oriental foi planeado para receber serviços dos hospitais de São José, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia, Capuchos, Desterro e da Maternidade Alfredo da Costa, integrados no Centro Hospitalar de Lisboa Central.

Os membros efetivos da equipa designados pelo Ministério da Saúde são João Carvalho das Neves, presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Luís Cunha Ribeiro, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e Teresa Sustelo, presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Central.

O Governo, que anunciou em outubro avançar com um novo concurso público para a construção do complexo hospitalar, fez na altura saber que o hospital deve estar concluído em 2017.

SAPO Saúde com Lusa



Auditorias encontram falhas no registo e diagnóstico que chegam aos 70% nos centros de saúde

Auditorias encontram falhas no registo e diagnóstico que chegam aos 70% nos centros de saúde

A taxa de incumprimento ultrapassou os 50% em alguns hospitais


27 de janeiro de 2014 - 11h45

As 107 auditorias feitas em 2013 aos centros de saúde e hospitais pela Ordem dos Médicos em parceria com a Direção-Geral da Saúde, para perceber se as normas clínicas feitas por grupos de especialistas estavam a ser bem aplicadas no terreno, permitiram perceber que no caso dos cuidados de saúde primários o incumprimento chega aos 70% em alguns centros de saúde.

Falhas nos registos, nos diagnósticos de doenças como a diabetes, prescrição da medicação que não é adequada e o mesmo exame pedido várias vezes por especialistas diferentes foram os erros mais comuns, de acordo com as conclusões divulgadas esta segunda-feira pelo Diário de Notícias.

As normas de orientação clínica, que foram também uma das exigências da troika para uniformizar a prestação de cuidados de saúde entre as várias unidades em Portugal, já são mais de 100. Porém, só 19 podem ainda ser alvo de auditorias, por serem as que estão validadas por uma comissão científica. 

Foram escolhidas cinco e dentro destas a taxa de cumprimento numa avaliação inicial foi de 21% nos centros de saúde e 53% nos hospitais.

Houve falhas em que mesmo perante duas análises seguidas com 116 de glicémia a doença - diabetes - continuava por diagnosticar ou em que um doente com problemas renais recebeu para a diabetes um medicamento que nestes casos deve ser evitado. 

SAPO Saúde


Norte-americano que sofreu dois cancros considerados incuráveis está em Lisboa

Norte-americano que sofreu dois cancros considerados incuráveis está em Lisboa

Alpinista está em Lisboa para falar com doentes, médicos e investigadores



24 de janeiro de 2014 - 17h16

O Hospital de Santa Maria e o Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) receberam esta sexta-feira a visita de Sean Swarner, um jovem norte-americano que sobreviveu a duas formas diferentes de cancro e que dedica a sua vida a escalar montanhas e levar uma palavra de esperança a todos aqueles lutam contra uma doença oncológica.

A visita, que teve início no Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria,  inseriu-se na iniciativa “Dia da Coragem”, uma ação que pretende celebrar a coragem de todos os doentes e profissionais de saúde que combatem o cancro.

Aos 13 e 16 anos Sean Swarner sofreu de dois cancros considerados incuráveis. Depois de derrotar a doença duas vezes, Sean decidiu desafiar-se, escalando as montanhas mais altas do mundo e levando uma palavra de esperança a todos os doentes oncológicos. Escalou o Monte Evereste, o pico mais alto do mundo, apesar de só conseguir utilizar parcialmente os seus pulmões.

Luís Costa, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria e investigador principal no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, afirma que “é com muita satisfação que recebemos a visita de um exemplo de força e superação como é Sean Swarner. O seu testemunho de esperança e coragem é uma inspiração não só para os doentes que lutam contra um tumor, mas também para todos os profissionais de saúde e investigadores que se dedicam a combater as doenças oncológicas.”

Em Portugal o cancro é a principal causa de morte antes dos 70 anos de idade (isto é, a principal causa de morte prematura) e, no conjunto das causas de mortalidade em todas as idades, ocupa o segundo lugar depois das doenças cérebro-cardiovasculares. Muitas destas mortes seriam evitáveis através de medidas de prevenção primária (como diminuição à exposição ao tabagismo) e de prevenção secundária (diagnóstico precoce em rastreios).

SAPO Saúde

Médicos formados fora do país têm os piores resultados nos exames de acesso à especialidade

Há cada vez mais clínicos licenciados no estrangeiro a entrar no sistema de saúde português. Universidade do Minho é a instituição em que se registam melhores resultados.
Na totalidade dos médicos existentes em Portugal, 6,5% formaram-se no estrangeiro ADRIANO MIRANDA

Os médicos formados em universidades estrangeiras são aqueles que alcançam os piores resultados no exame de acesso à especialidade feito anualmente em Portugal. Esse grupo tem sido cada vez maior, ao longo dos últimos anos, e dentro dele, são os portugueses que foram formar-se fora do país por não terem entrado nas universidades nacionais quem está em maioria. Entre as faculdades portuguesas, os clínicos com melhores resultados na prova são os da Universidade do Minho.
Os médicos formados no estrangeiro têm uma nota média no exame de 48,85, quase 20 pontos abaixo da média das sete faculdades de medicina do país (67,88). Os resultados dos exames nacionais de seriação realizados entre 2006 e 2011 foram compilados por Isabel Pavão Martins, professora e investigadora do departamento de Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e publicados no final do ano passado na Acta Médica Portuguesa, a revista científica da Ordem dos Médicos.
No período a que se refere o estudo, 8956 candidatos realizaram a prova, dos quais 12,4% fizeram os cursos de Medicina fora do país. De resto, a percentagem de médicos formados no estrangeiro tem crescido de forma praticamente constante ao longo dos últimos anos, passando de 10,5% em 2006 para 15,8% em 2011.
No entanto, nem todos os médicos formados em instituições estrangeiras são estrangeiros. Os portugueses são a larga maioria (43,9% do grupo com licenciatura internacional). Na totalidade dos médicos existentes em Portugal, 6,5% formaram-se no estrangeiro. O número de médicos com outras nacionalidades está um pouco abaixo de 8,47%, distribuindo-se por mais de 50 países, com especial relevância para Ucrânia, Espanha e países de língua oficial portuguesa.
Estes piores resultados na prova de acesso poderão ser explicados pela formação de menor qualidade em algumas das universidades estrangeiras em comparação com as escolas médicas nacionais, ou por uma pior preparação de base, sobretudo no ensino secundário — muitos destes alunos não entraram nas faculdades nacionais e recorreram ao estrangeiro como opção de recurso. Além disso, há uma maior adaptação das faculdades portuguesas ao modelo do exame que é feito no país.
A estes factores, Isabel Pavão Martins acrescenta um fraco domínio da língua e da cultura portuguesa por parte de muitos destes clínicos. Os médicos de nacionalidade portuguesa obtiveram em média uma classificação superior em 22 pontos à dos candidatos internacionais.
Mas faltam dados que permitam uma análise mais aprofundada. “Não sei, por exemplo, qual a idade desses médicos, nem há quanto tempo se licenciaram nem com que classificação. Não sei se se prepararam, se falam bem português”, explica. Certo é que este é um grupo heterogéneo em nacionalidade, língua materna, idade e preparação, diz Isabel Pavão Martins.
Entre as universidades nacionais, os melhores resultados são os registados pelos licenciados da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, com uma nota média de 72,33 pontos. “Tem a vantagem de ter um número mais pequeno de alunos” (264), a que se juntam boas condições de ensino e logísticas e a organização de cursos de preparação para o exame, explica Isabel Martins. Seguem-se a Faculdade de Medicina do Porto (69,95) e a de Lisboa (69,41).
A autora não considera, porém, as diferenças entre as faculdades nacionais muito substanciais. Os piores resultados são os da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (63,84), que não se afasta muito da média. A diferença máxima entre universidades portuguesas corresponde a oito ou nove perguntas nas 100 do exame, aponta o estudo.
É a primeira vez que estes dados são compilados, apesar de os resultados serem públicos e divulgados todos os anos pelo Ministério da Saúde. Esta prova regula o acesso ao internato complementar dos médicos, consistindo num teste escrito de 150 minutos, que tem como única referência bibliográfica um livro e texto norte-americano, o que tem valido cada vez maiores críticas ao teste, que deverá ser substituído por um novo no próximo ano.


SATISFAÇÃO UTENTES C S QUEM E COMO AVALIAR...




NB: É uma iniciativa interessante de contornos vagos, mas que vamos acompanhar, pois tem a ver com a proposta da FENSE (SIPE e SE) de revisão do art.º 9º do DL 298/2007 de 22 de agosto
[Artigo 9.º
Listas de utentes e famílias
1 - Os utentes inscritos em cada médico são designados em lista, privilegiando-se a estrutura familiar.
2 - A cada enfermeiro devem ser confiados os utentes correspondentes ao número de 300 a 400 famílias por determinada área geográfica.
3 - A lista de utentes inscritos por cada médico tem uma dimensão mínima de 1917 unidades ponderadas, a que correspondem, em média, 1550 utentes de uma lista padrão nacional.
4 - As unidades ponderadas referidas no número anterior obtêm-se pela aplicação dos seguintes factores:
a) O número de crianças dos 0 aos 6 anos de idade é multiplicado pelo factor 1,5;
b) O número de adultos entre os 65 e os 74 anos de idade é multiplicado pelo factor 2;
c) O número de adultos com idade igual ou superior a 75 anos é multiplicado pelo factor 2,5.
5 - A dimensão ponderada dos utentes inscritos na USF e da lista de utentes por médico é actualizada trimestralmente no primeiro ano de actividade na USF e anualmente nos anos seguintes.]

NB: por 300 a 400 famílias deve entender-se um número de utentes nunca superior a 1000 utentes, que podem ser encontradas entre as 300 e 400 famílias, sejam 310, 320, 350 famílias.
Por isso é que está escrito este número aparentemente aberrante mas que significa a forma de encontrar os + ou - 1000 utentes.

Com amizade e muita atenção

José Azevedo

SINDICALISTA REGRESSA ANOS MAIS TARDE, MUITOS

A JUSTIÇA TARDA, TARDA, MAS NÃO FALTA




OITO ANOS DEPOIS

Justiça ordena reintegração de sindicalista na PSP

por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca30 janeiro 201413 comentários
Justiça ordena reintegração de sindicalista na PSP
Fotografia © Natacha Cardoso/Global Imagens
O Supremo Tribunal Administrativo ordenou a reintegração na PSP do presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, situação que levou hoje os sindicatos a exigirem o arquivamento imediato de todos os processos disciplinares contra dirigentes sindicais.
Oito anos depois de ter sido reformado compulsivamente por declarações proferidas à comunicação social, o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), António Ramos, é agora reintegrado na PSP por decisão de um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA), que segundo os sindicatos faz jurisprudência.
Numa conferência de imprensa, o presidente do SPP afirmou que esta decisão "é um muito importante para os polícias", considerando uma "vitória" para todos profissionais.
António Ramos sublinhou que o processo arrastou-se por oito anos, mas o acórdão do STA veio repor "a justiça e legalidade democrática na atividade sindical da PSP", esperando que esta decisão do STA "traga uma nova vida à PSP e que os dirigentes sindicais não tenham qualquer limitação em desenvolver a sua atividade sindical".
O SPP vai agora pedir à Assembleia da República que amnistie todos os dirigentes sindicais da PSP punidos no âmbito da sua atividade.
Por sua vez, o advogado do SPP, Armando Madaleno, afirmou que este processo "é um ponto de partida" para garantir que os dirigentes sindicais têm liberdade de expressão e "é uma prova que a justiça funciona"

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UGT - DENUNCIA CGTP/PCP DEPUTADO PCP - MT





Aqui está uma bom exemplo de como seria este mundo sindical se a UGT não tivesse sido criada;
Se a FENSE (SE e SIPE) não existissem; se não houvesse quem reconstruísse o que a tripla estratégia sindical, política, partidária do PCP, que é comum, destrói, quando não controla e domina. A carreira de Enfermeira foi destruída, porque o triângulo politicossindicalpartidário, não conseguia dominar as chefias. Hoje já ninguém duvida disto, e que temos divulgado, com dados concretos, de há muito!
Eles são tão culpados como quem os ouve para os apoiar. Eles estão a fazer, à sua maneira, o balanço de 40 anos de democracia, onde as miniditaduras germinam, em nome e ao abrigo das amplas liberdades.
Se não houvesse os originais, para onde nos levariam estes modelos?! 
É para se estar atento e activo.

NÃO HÁ REGRA SEM EXCEPÇÃO

NEM SÁBADO SEM SOL, NEM DOMINGO SEM MISSA, NEM SEGUNDA SEM PREGUIÇA...

mandrionices

A vida dos médicos privilegiados


Sou médica interna. Sou médica daquelas que demoram muito. Não entupo urgências, porque não trabalho lá, mas deve estar muita gente à minha espera, na sala onde se espera. De certeza que pensam que sou “estagiária”. Não tenho carro, vivo numa casa alugada, pago as contas (às vezes em atraso). Trabalho, estudo, vivo em constante preocupação porque tenho que estudar mais, tenho de fazer relatórios e posters e apresentações. Vivo entre exames, artigos científicos e isso sim, trabalho, muito trabalho. Ao meu lado estão outros médicos internos. Raramente adoecem.. estão lá, ganham o mesmo que eu. Estou motivada, mas menos motivada, estou lá, mas às vezes penso que devia estar noutro sítio. Às vezes chego ao fim do mês à justa. No talão diz 1800… acho…, mas chega bastante menos à conta na CGD. Não sou especialmente ambiciosa. Nem especialmente poupadora nem gastadora. Compro roupa na Zara e móveis no IKEA (dos baratos). Tenho o apartamento alugado meio vazio, mas não faz mal porque passo lá pouco tempo. Tenho uma secretária de 1,50m de largura no trabalho, que está sempre muito cheia. Tenho o novo corretor ortográfico no computador, mas irrita-me. Vou à pagina da Ryanair quando estou pensar em férias. Mas cada vez penso menos. Não tenho animais de estimação, mas gosto de animais de estimação. De manhã acordo mais tarde do que devia, mas chego a horas ao trabalho. Vou a pé, porque vivo na baixa (isso deve ser um luxo). Estou inscrita num ginásio ao qual raramente consigo ir. Cada vez que abro o facebook vejo salários de políticos aos quais não sei atribuir significado. Depois vejo salários de médicos que não conheço. Às vezes leio os comentários das pessoas revoltadas com o que ganham os médicos, com o bem que vivem. Eu devo ser da classe privilegiada, porque sou médica. Não tenho carro, não tenho casa própria, não tenho um iphone, porque me parece excessivamente caro. Ganho 1200 euros. Tenho 30 anos. Matei-me a estudar na faculdade, tenho o trabalho em dia, mas não sou lá muito inteligente porque me esqueci de pagar a conta da edp. Na sexta-feira cheguei às 21:00 a casa (devia ter saído às 18:00) e tinham-me cortado a luz. Tenho de me organizar melhor. Na televisão não falam dos sacrifícios, não dizem que fiquei horas a mais a fazer o trabalho que estava a menos, porque sou lenta talvez… Deve ser isso. Não fui para a night porque estava esgotada. Dormir é uma das minhas grandes prioridades. Não vou muito ao cinema, nem vou aos eventos culturais de que gostaria. Não viajo muito, nem vou jantar a restaurantes caros. Sou médica… é verdade. Médica interna, jovem inexperiente. Daqueles que entopem urgências e custam muito dinheiro ao estado porque estão em formação… Deve ser melhor para os recém-assistentes que estão à espera do contrato para a semana há um ano… Ao longo do internato que vejo passar… só vejo as coisas piorar. Mas estou muito motivada, amanhã vou trabalhar.
Ana Cátia Morais

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