sábado, 31 de maio de 2014

O GRUPO DOS 4O

Ponto 4 - Discussão e votação da proposta da Norma para cálculo de Dotações Seguras dos Cuidados de Enfermagem

Para se ter a noção relativa e aproximada ao estado a que as forças do mal levaram a Enfermagem, basta reparar num pormenor; esta NORMA, absolutamente, indispensável para fixar um ponto onde se possam calcular os mínimos a partir dos quais não há condições de qualidade e de segurança nos cuidados de Enfermeiro.
Eis uma consequência de haver pessoas sem experiência profissional a tomarem decisões cujas perspectivas são destituídas de um elemento essencial, as consequências do que defendem e do que atacam.
Este ponto foi aprovado por 41 votos a favor e 40 contra, os tais 40.
Será que há nos Enfermeiros quem seja capaz de não reconhecer aos colegas, que exercem no duro da profissão, o direito de terem condições de trabalho, mínimas?
Infelizmente, há!

As razões que  os movem só as não conhece quem não quer fazer uso da capacidade racional de que a natureza os dotou ou estão implicados politicamente na destruição dos Enfermeiros, para os substituírem por não licenciados e feitos a martelo, tipo TAE.
E não é preciso procurar de candeia na mão. São sempre os mesmos e não estão longe.

Por muito que queiramos a paz, temos de nos preparar para a guerra, que a dignificação do Enfermeiro exige.
Já passámos a hora de dizer basta!

Com amizade
José Azevedo

OS {TAE} E A ASSISTÊNCIA PRÉ- HOSPITALAR

29-05-2014 
Ordem dos Enfermeiros congratula-se com decisão judicial 
[Apesar de ainda não ter sido oficialmente notificada da decisão judicial do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa (TACL) que suspende, provisoriamente, o Despacho n.º 16401/2012, de 26 de dezembro de 2012, a Ordem dos Enfermeiros (OE) congratula-se com uma decisão que vai ao encontro do que tem defendido desde a sua publicação.
Segundo o Enf. Germano Couto, Bastonário da OE, o despacho ministerial, agora suspenso, e que define as novas competências atribuídas à categoria profissional de Técnico de Ambulância de Emergência (TAE), põe em causa a saúde pública em geral e a segurança e qualidade dos cuidados prestados à população na área da emergência pré-hospitalar (EPH).
A decisão do TACL vai ao encontro das pretensões da OE que contesta a atribuição de competências, antes reservadas a enfermeiros e médicos, a técnicos não qualificados para administrar medicamentos e aplicar «técnicas mais invasivas», como a entubação supraglótica e o acesso venoso, prestação de cuidados a vítimas com queimaduras ou com amputação de membros. Segundo o responsável desta instituição, as práticas constantes no despacho põem em risco a vida dos cidadãos.]

NB:
     Não seria descabido, para o interesse profissional do Enfermeiro, começar a pesquisar quem ajudou:

1 Na formação Técnica Altamente Especializada (TAE)?
2 Quem dos Enfermeiros apoiou sindicalmente a criação "legítima" do Sindicato dos TAE?
3 Quem impede a contratação dos Enfermeiros como tal, para o INEM e quem os admite se se disfarçarem de futuros TAE?
4 Não serão os mesmos que destruíram a imprescindível carreira de Enfermeiro? 
5 Será esta mais uma organização profissional do famigerado FNOPE que a OE sustenta?

Vale a pena encontrar as respostas para estes fenómenos paranormais.

Com amizade,
José Azevedo

O SIM E O NÃO

27-05-2014 
Enfermagem mundial discute cobertura universal de saúde em Genebra 
Mais de três centenas de enfermeiros de 83 países participaram, nos dias 16 e 17 de maio, na 5ª reunião da Tríade em Genebra, na Suíça, onde foi sublinhada a importância do papel dos enfermeiros e da Enfermagem para se alcançar uma cobertura universal de saúde.

Entre os presentes, foi consensual a ideia de que a cobertura universal de saúde não pode ser concretizada sem uma força de trabalho em número suficiente, formada com adequação, remunerada com justiça e com condições de trabalho decentes. Esta foi a mensagem - expressa num comunicado aprovado por unanimidade - que os participantes transmitiram aos líderes políticos que estiveram reunidos na 67ª Assembleia Mundial de Saúde, que decorreu em Genebra, entre os dias 19 e 24 de maio.  


Além do encontro da Tríade, reuniram em paralelo, nos dias 14 e 15 de maio, os representantes das Associações Nacionais de Enfermagem, o Fórum de Credenciação e Regulação e os Chief Nursing Officers. Estes eventos foram organizados em conjunto pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (International Council of Nurses – ICN), pela Confederação Internacional de Enfermeiros de Saúde Materna e Obstétrica (International Confederation of Midwives – ICM) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Genebra recebeu também, nos dias 17 e 18 de maio, a Conferência Mundial das Profissões Reguladoras da Saúde, organizada pela Aliança Mundial das Profissões Reguladoras da Saúde, onde estiveram em análise os desafios com que se deparam atualmente estas entidades, as lições decorrentes da evolução das competências relacionadas com a função reguladora e os modelos de regulação tendo em vista a promoção das melhores práticas de governação e desempenho.

Tema transversal a todas as reuniões, foi realçada a questão de que a cobertura universal de saúde deve ser de qualidade e estar disponível e acessível a todos os cidadãos. A falta de enfermeiros e outros profissionais de saúde, os baixos salários e a más condições de trabalho disponíveis - transversais à maioria dos países – são os principais desafios e obstáculos à concretização deste «objetivo».


A delegação da Ordem dos Enfermeiros (OE) que participou na 5ª reunião da Tríade foi liderada pelo Bastonário, Enf.º Germano Couto, e contou com as presenças do Presidente do Conselho Jurisdicional da instituição, Enf.º Rogério Gonçalves, e em representação do Fórum Nacional das Organizações Profissionais de Enfermeiros (FNOPE), a Enf.ª Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), e o Enf.º Lino Ramos, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia (APECE).

De sublinhar que os últimos três enfermeiros participaram na reunião das Associações Nacionais de Enfermeiros, sendo que o Presidente do Conselho de Enfermagem da OE, Enf.º José Carlos Gomes, esteve presente no Fórum de Credenciação e Regulação, onde fez uma apresentação intitulada «Enfermeiros especialistas como uma categoria regulada da Enfermagem em Portugal (Nurses Specialists as a regulated category of nursing in Portugal).

NB:
      Há, neste evento, uma dupla contradição;

1 O que é o FNOPE (Forum Nacional das Organizações Profissionais), quem representa, quem o criou e que objectivos prossegue, relativamente à Ordem dos Enfermeiros, que também é uma Organização Profissional e relativamente ao SE que também é outra Organização profissional.

2 Que faz uma anti-especialistas e anti-especialidades em Enfermagem, num forum de credenciação e regulação de especialistas?

3 No mandato da Senhora Bastonária Maria Augusta de Sousa, diziam-nos que Guadalupe Simões tinha aquele pelouro para justificar as despesas de deslocação que a Ordem pagava, pois era uma espécie de Enfermeira Privada da Senhora bastonária que ficou a passar mal depois que caiu do estrado e partiu o fémur da perna.

4 Mas na actualidade e com a presente Administração da Ordem dos Enfermeiros, quem será o coxo/a que precisa dos incipientes cuidados de Enfermagem, que, ao que dizem os mais bem informados, nunca exerceu praticamente, a Profissão?

5 Se o SE e o SIPE, que são duas vetustas e prestigiadas Organizações de Enfermagem, não somos representadas por esse misterioso FNOME, que se auto-nomeia de Forum Nacional e das Organizações Profissionais de Enfermagem, nunca nos comunicou o seu nascimento e fins a que se destina, seria bom que explicasse duas coisas muito simples:
5.1 Quem deu vida a este FNOPE;
5.2 Por que exclui 2 Sindicatos como SE e SIPE, duas Organizações da Classe, cuja existência é secular, com relevantes serviços prestados à Enfermagem, que são por de mais conhecidos e evidentes?

6 Para quem, como nós, goste de ir até às causas últimas das coisas, facilmente induz, porque é evidente, que a criação e funcionamento irregular, mas real do "Sindicato Único" com que muitos sonham, desde que seja o deles, é porque desconhecem a experiência falhada do sindicato único que o Norte promoveu de 1945 a 1957, que ainda fez pior figura e piores estragos à Profissão que este clandestino unificado Ordem dos Enfermeiros/SEP.  Não há, também dúvidas, que não contando que lhes estragassem o esquema, até se esqueceram de apagar os vestígios.

7 Por isso se impõem duas medidas urgentes, à Ordem dos Enfermeiros:

7.1 Que informe o SE e SIPE, qual a origem e fins do FNOPE, no âmbito da Ordem dos Enfermeiros;
7.2 Quem suporta os encargos de deslocação e desparticipação desta estrutura FNOPE. 
Já numa das Assembleias Gerais da Ordem sobre as contas da mesma, perguntei isto mesmo aos directores de então e foi a própria Bastonária Augusta Sousa que respondeu: «quem paga as despesas de deslocação de Guadalupe Simões/SEP/FNOPE é a Ordem».
Chegadinha de fresco, ao teatro da Assembleia estava no BAR, onde fui tomar café e água,  Guadalupe, em pessoa, a quem afirmei: "com que então é a OE que paga as deslocações do SEP a todas as iniciativas, nos arquipélagos e, no estrangeiro!..."
A esta minha afirmação colhida da Bastonária momentos antes, na Assembleia das Contas Guadalupe, respondeu: «Isso é mentira; quem paga as minhas deslocações é o SEP».

A conclusão é que uma delas mentiu, com forte probabilidade de ser Guadalupe a mentirosa, visto que a rubrica do pagamento daquela despesa está, efectivamente, no relatório das contas.
E a desautorização da fiel amiga e Bastonária, também está na acta da Assembleia.
Ora se Já Thomas Huxley, cientista e escritor inglês nascido em Esbourne a 4/5/1825 e falecido a 29/6/1895, que até inventou a palavra
"biogénese" para afirmar que todo o ser vivo tem a sua origem noutro ser vivo, contrariando os defensores da geração espontânea, foi um dos paladinos do Evolucionismo, tendo sido o primeiro a aplicar a palavra "evolução", com o sentido que ela tem, na teoria do evolucionismo.
Mais tarde, o químico Luis Pasteur, com os seus célebres frascos, de tubuladuras recurvadas, comprovou a inexistência de micróbios de geração espontânea.

Vamos, para terminar o muito, que fica por dizer, acerca destes fenómenos paranormais, com que engodam alguns, solicitar à Ordem dos Enfermeiros que, na medida do possível, informe o SE:

Qual o interesse da Ordem em manter um FNOPE sectário e de origem clandestina, ao seu serviço;
Quem suporta a despesa da sua deslocação.
O Objectivo nosso é limpar e falar claro aos Enfermeiros, pois estamos apenas a pedir a confirmação do que já sabemos e/
ou supomos, a quem tem a possibilidade e dever de o esclarecer.

Há cada uma!

E já que não temos o poder de usar a estratégia de Cristo, ao expulsar os vendilhões do Templo, podemos humildemente, honestamente, esclarecer dos perigos que a Classe corre ao apoiar práticas, que são contra a sua própria natureza universalista e, por isso, incompatível com ideologias sectárias, fechadas, sobre si mesmo, como a marmota de rabo na boca.
Com amizade,
José Azevedo

sexta-feira, 30 de maio de 2014

AS DUAS ENFERMAGENS

Mas é mais que evidente:
estamos a travar uma luta entre duas Enfermagens; entre os que defendem os Enfermeiros Operários e Proletários e os que defendem os Enfermeiros como os Administradores ideiais dos Serviços de Saúde, seja nos hospitais, seja nos centros de saúde.
Aliás, se a política do SNS for centrada nos Utentes e nas suas múltiplas necessidades, que os Enfermeiros satisfazem, e não na corporação Médica, com intereses vários, mas, nem sempre, direccionados para os doentes, é fácil perceber as voltas, que o nosso mundo da saúde vai ter que dar.
Temos a experiência anterior;
Estamos a viver uma experiência de Proletário; uma só categoria, numa carreira que é um embuste; objecto de complementaridade, de todos; considerados como coisas, pelas administrações menores, que temos.
O resultado está bem à vista, que é péssimo, pois o esforço continuado que essas administrações vesgas estão a exigir dos Enfermeiros, estão a sujeitá-los ao um desgaste, anormalmente grande, como diria Zola na sua "Besta Humana"; «estão a usá-los como carne para canhão
É óbvio que, nesta luta, temos que atacar não só os autores desta exploração desenfreada, como  os IU que a apoiam e lhes obedecem.
É a luta dos que querem, para os Enfermeiros uma formação única (universitária), contra os que não querem formação definidada para os Enfermeiros que classificam como "pau para toda a colher", sem função definida.
A tal COMPLEMENTARIDADE de tudo e todos.
Estejam atentos, Colegas vítimas...

Com amizade
José Azevedo

O COMPROMISSO DE HONRA

Ontem, dia 29 de maio 2014, reuniram, em Lisboa, as instituições interessadas em congregar esforços para conseguir o sinergismo, que é necessário, para melhorar as condições de ensino e de exercício dos Enfermeiros.
Foi um dia trabalhoso, de muitas discussões, à volta do "com senso".
Infelizmente, não apareceu um dos principais responsáveis, pela estratégia, que conduziu a Enfermagem ao estado em que se encontra: o SEP faltou à chamada.
Durante década e meia, funcionou como Sindicato Único ao fundir-se com a Ordem dos Enfermeiros, sem se preocuparem, ambos, em esconder os limites respectivos, que anularam, pois não se sabia, onde começava um e acabava o outro. E, agora, reagem mal a essa falta de UNICIDADE em que funcionavam; a Ordem como Sindicato e o SEP como Ordem, para realizarem a política demolidora que o PCP tem demonstrado para a Enfermagem, que não quer tão evoluída. E os seus militantes temem ir para casa de mãos a abanar.
Até têm de inventar a desculpa de que a Ordem está a ingerir na esfera do(s) Sindicato(s)...
Pois está, na medida em que, na administração anterior da Ordem, e como se disse, para quem não esquece depressa, a Ordem está a recuperar o seu papel, que lhe é imposto por lei, como aos Sindicatos que até têm uma rubrica no estatuto que se chama "rebelião", quando as leis violam os direitos, mais elementares dos seus Associados.
Fingem ter medo de ingerências, que não são para aqui chamadas, porque já não existem, felizmente para os Enfermeiros.
Foi tempo suficiente para convencer quem contrata Enfermeiros, que estas instituições podiam contar com a ideia hipócrita que o PCP e os seus militantes fazem do Enfermeiro Português.
Ao contrário do que hipocritamente apregoam, destruiram o espírito de luta e de Classe, na Enfermagem, como a realidade tem vindo a demostrar.
Destruída essa unicidade ilegal, com a mudança de comando da Ordem dos Enfermeiros, eis o SEP a mostrar as suas fraquezas, uma das quais é pensar que não lhe havemos de pedir contas pelo mal que fizeram à Enfermagem.
Cobardemente, foram os únicos que faltaram à chamada, que culminou 6 meses de trabalho honesto para encontrar pontos de com senso para melhorar a estado a que a estatégia deles nos conduziram.
A afirmação do SEP que não aderia à congregação de esforços, pela pessoa do seu Presidente, sem consultar a sua "Organização", fez com que nunca mais fosse visto nas reuniões seguintes, o que quer dizer que a unicidade de que falam é a deles.
A bronca da sucessora, ao declarar, fazendo justiça a uma estupidez maligna, que é contra a especialidades na Enfermagem, o que quer dizer, desde já, que na sua perspectiva, ainda a querem instalar num escalão mais baixo, foi provavelmente a causa da ausência de  representação.
Como hoje se segue uma Assembleia Geral da Ordem, logo que possível, completaremos os apuramentos concretos, desta duas reuniões magnas, pois na de 29 estiveram presentes julgo que a totalidade das escolas, a totalidade das associações profissionais e a FENSE (SE e SIPE), para tentarem (vamos consegui-lo) arrancar a Enfermagem das garras dos hipócritas, que são todos aqueles que fazem o contrário daquilo que divulgam aos Enfermeiros, que ingenuamente, ou não, confiam nessa hipocrisia, cabalmente evidenciada.
Até logo.

Com amizade
José Azevedo

A Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros 30_05_2014




REDACÇÃO 2
RESULTANTE DA REUNIÃO DE 29/05/2014



Esta foi a redacção inicial que a OE apresentou aos participantes na reunião de 29/05/2014
Foi aceso o debate sobretudo quando se chega ao ponto onde começa a mexer-se no queijo de cada um.
Naquilo que não tocava neles davam tudo;
Quando se chegava à conclusão final as desculpas até eram interessantes:
Um não vinha mandatado para assumir, outro vinha mas não queria.
Até tive o desagradável reviver do pós-25 de Abril 1974 em que a Escola de Enfermagem de Caloust Gulbenkian de Lisboa foi vandalizada e comandada pelo psicólogo e pela bibliotecária.
Pois havia nesta reunião representantes de Escolas de Enfermagem, que não são Enfermeiros, a representar Enfermeiros, os do politécnico que não tinham mandato do dito politécnico, para tomar posição acerca da matéria:
ou porque a não discutiram, porque era confidencial;
ou porque não foram buscar ao presidente do órgão politécnico a autorização para assumir, fazendo lembrar o outro da reunião de 7 de Novembro 2013 que tinha de pedir autorização à "organização".
Claro que estas são argumentações do tipo do mau pagador.
Pois se não tinham mandato, para que foram meter-se numa reunião exclusivamente de e para Enfermeiros?
Até é legítimo pensar que foi para darem o seu contributo ou na sabotagem da reunião ou para ajudarem a retardar soluções urgentes que contrariem os pequenos poderes de capelinha, que tanto têm prejudicado a Enfermagem, que ajudam a circunscrever em limites, que já não são os da Enfermagem.
Foi ridículo ver as manobras de dialéctica rasteira entre a representação pessoal e/ou institucional, consoante lhes dava jeito.
Mas são estes intrusos que estão a gerir o ensino de Enfermagem, como há 50 anos.
Por isso o meu gato miava.


REDACÇÃO 1











CONTINUAM AS VIOLAÇÕES DE HORÁRIOS E NÃO SÓ

De degrau em degrau os Enfermeiros têm vindo a descer a escada estreita da exploração escravizante.
Os administradores que se instalaram no SNS têm de mostrar que a sua acção de destruição da carreira de enfermagem e da subordinação e dependência dos Enfermeiros de tudo e todos tem estado, por enquanto, a gerar uma certa desorientação dos Enfermeiros.
Metem-se com os Enfermeiros por verificarem que encontraram o esquema e os executores que garantem as reaçoes adequadas à criação de um clima propício à exploração desenfreada, cheia de ameaças e insinuações.
É uma vergonha que as chefias e cefinhas não saibam pela positiva, como motivar os Enfermeiros, dando provas da mais refinada ignorância na administração de pessoas.
A bolsa de horas não é permitida nos horários de Enfermeiros.
Todos os dias nos chegam queixas de escalas interrompidas, de bolsas de horas, de esquemas vários todos eles ilegais e testemunhas da falta de respeito pelos Enfermeiros.
A escala de serviço, uma vez afixada, é para se cumprir, até ao fim.
Ainda aparecem Enfermeiros a dizer que as escalas podem ser alterads com aviso de 48 horas, antes, o qual já passou para 24 horas. Isto é ilegal, porque a escala é feita de acordo com quem a faz e quem a executa. Qualquer alteração que viole este acordo é ilegal.
Nenhuma situação pode prejudicar a organização da vida pessoal de cada um.
Ah! mas não têm pessoal...
Mostrem valentia junta da Administração e exijam os números nessários e suficientes à prestação de cuidados seguros e eficazes.
Esquecem que com os comportamentos de alterar escalas demonstram o maior desrespeito pelos direitos laborais mais elementares.
Tentem imaginar o que seria se a regra fosse aplicada ao Médico funcionário, como o Enfermeiro?
O que aconteceria se em vez do SIGIC e esquemas afins, houvesse a compensação de horas com a reserva de bolsa de horas, nos dias em que se passeiam ou sentam se produção visível.
Sabem por que não é isso possível com a Classe Médica?
Porque não têm anjinhos bacocos a ser comandados por Administradores ladrões dos direitos dos trabalhadores para mostrarem poupanças.
Mas com os Médicos que os mantêm nos cargos, não se metem eles.
Vá lá, chefinhos; cresçam um pouquinho.
Temos vindo a atacar as estratégias ilegais, com poucos resultados visíveis, porque os Enfermeiros se sentem ameaçados, permanentemente, porque a ameaça é a mola real de ataque dos "chefinhos" (classificação não é nossa, mas adoptámo-la à falta de outra mais definidora do estilo, que sendo comum a várias instituições revela que há um denominador comum e esse é a administração que tenta fazer bonitos sem recursos.)
Todavia tantas vezes vai o câtaro à fonte que alguma vez lhe vai ficar lá a asa...
Como se esta exploração não fosse já suficientemente preocupante,
eis que surgem os encantadores de serpentes apoiados nos vendedores de ilusões a baixo custo, tipo (low cost) e começam a prometer lugares de enfº PRINCIPAL, a preço de saldo. Segundo dizem, já têm o aval e consentimento do Ministério.
É só assinar as actas e lá vamos ter (?) um processo semelhante à concessão da Direcção de enfermagem, para manterem os Enfermeiros quietos e calados durante um ano?, durante 2? ou durante 3 anos como se comprometram as partes: SEP e SES!
E se nós não existissemos para desfazer estas jogadas sujas, que dignificam quem as promove...
A verdade é que, quando a esmola é grande, o pobre duvida.
Aqui fica um aviso útil: não se deixem enganar por mentirosos relapsos, paranão se transformarem em cúmplices de tanta maldade.
Com calma e firmeza iremos repondo as coisas. É nisso que têm de acreditar.
Não podemos fazer concessões aos exploradores de Enfermeiros.
Por enquanto, ganharam-nos alguma vantagem, na caminhada, mas havemos de apanhá-los e neutralizá-los, porque a inércia que estamos a gerar garantem-no-lo.

Com amizade,
José Azevedo

terça-feira, 27 de maio de 2014

SIGIC a Quanto Obrigas!...

Veio uma colega das que se sentem roubadas com o apoio que dão ao SIGIC, e tantas são, fazer uma pergunta:

Se para colaborarem na formação dos internos de cirurgia que são mais lentos a operar, tinham que fazer muitas mais horas, visto que em situações normais do SIGIC este era e é igual a turbo-cirurgia?

E  como há muitas coisas que sabemos, mas muitas mais que, humildemente confessamos; ignoramos, não soubemos responder.

Se aplicássemos a lógica, interno seria para ensinar em produção cirúrgica normal.
Mas se noutra lógica, não se fazem as cirurgias normais para sobrarem para as SIGIC, que sempre dão mais algum, por fora, é óbvio que: se maioritariamente as cirurgias (como isto anda... para não sobrar dinheiro para pagarem conveniente e justamente aos Enfermeiros), são feitas em SIGIC, a solução é usar as cirurgias do SIGIC para ensinar internos, já que o sacrifício de passar as horas normais de serviço a fazer velinhas de cera, para alumiar os ceguinhos, é para depois recuperar o tempo perdido em SIGIC. Este é o esquema.
E o tempo que se perde, com a formação de internos, em SIGIC, tem de ser equilibrado e superior ao tempo da cera, pois se não fosse assim, compensava e, era possível, ensinar internos, em regime de produção cirúrgica normal: a da cera, para não prejudicar aturbo-compressão cirúrgica.

Para a curiosa interrogante vieram os maus conselhos da que faz de chefe enfermeira; « você não volta a dizer ao Médico que não tem camas para deitar os doentes do SIGIC, porque já foram anuladas as intervenções programadas para produção normal e os que estavam chamados já foram avisados para não virem.
Depois, se não chegam as camas, deite-os no chão, nos colchões, onde se deitam os Enfermeiros. E não repita a gracinha, porque as ordens que lhe estou a dar são para cumprir» -in chefe faz de conta - (provavelmente os colchões, a que se refere são para Enfermeiro descansar os 10 minutos por hora que lhe conferem a jornada contínua, mesmo de noite, pois os intervalos são para repousar e não para comer). O cáculo dos repousos é fácil de fazer: se 7 horas dão direito a 15 minutos + 30 minutos + 15 minutos, 12 horas consecutivas dão direito a 96 minutos, 60 a dividir por 7 = 0,8X12H=96 minutos. Estas são as contas que os "chefinhos" têm de fazer para saber, ao certo, quanto estão a roubar aos colegas Enfermeiros e há quantos anos!

Seguem-se os bons conselhos à colega avisada: « não te metas com eles, porque tens filhos para criar e podem por-te numa cadeira de rodas; já trazes 2 enfermeiros bufos a vigiarem-te para levarem as informações ao "dono"; pensa bem, colega
Eles quem?
Quem são eles?
A verdade é que a Colega não completou a informação, o que quer dizer que os bufos, intimidam mesmo. E os medrosos acobardam-se e calam esta infâmias.
Se ao menos os pudéssemos conhecer para lhes pormos pimenta na língua e cenoura ou gengibre no anes!
Mas nem isso podemos fazer.
Como é que estes Colegas pensam ajudar-nos a dignificar a Enfermagem?
Desta forma, tão servil e hipócrita?
Quando ganham espírito de Classe?
Sindicato é  a totalidade dos Associados e não só a Direcção do...
Com amizade e tristeza
José Azevedo

(Anexos): 1,2,3,4

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As Consultas Adiadas e/ou Ansiosamente Procuradas Sem Resultado

Continuamos a assistir ao degradante espectáculo de ver Pacientes a demandarem os Centros de Saúde, à procura duma consulta de Médico sem a conseguirem.

Sendo Portugal o país que:




E que:



Tais esperas inúteis têm de procurar-se nos erros do SNS que ninguém tem coragem e ou apetência para corrigir, porque de cada pazada sai sua minhoca.

Nos Hospitais temos os SIGIC, cujos escândalos não para de crescer, à volta dos mesmos;

Nos Centros de Saúde temos os esquemas, tipo Pisco/Vilas Boas, que de boas não têm nada, que geram os monstros discricionários das USF/B, que discriminam Médicos e Enfermeiros uns dos outros e geram as aldrabices estatísticas, que começam a ser denunciadas/abafadas, além de promover o inexplicável fenómeno de profissionais de 1ª e de 2ª classes.

Dizem que o método USF é que é bom...
Mentira. O método ideal é pôr os Médicos a trabalhar por avença ou convenção como já estão os especialistas de especialidade, contrastando, na eficácia, com os da especialidade de generalidades (ditos de família).

Se temos um Médico, e temos, para 251 almas, não há razão para haver esperas;
Se temos Portugal à frente dos países de Europa com as pessoas, mesmo e sobretudo na crise que atravessamos a gastarem 5,8% das suas despesas com a saúde, é porque os inventores das doenças as convencem de que estão doentes, e alguns estão, mas não tanto nem tantos quanto julgam.

Ora, se fossem os Enfermeiros a triar os doentes e a mandá-los ao Médico havia, neste método a junção dos incentivos, pois sendo livre a escolha, é óbvia a remessa aos que mais bem servissem os objectivos.
E, ainda, se evitavam esperas para proporcionar mais distorções no SNS, ficcionando necessidades que não têm razão de existir.

Em vez de reformular erros, simplificando o atendimento dos Pacientes, pois com um Mádico para 251 almas, não à razões de o Doente esperar pelo Médico, mas para o Médico esperar pelo Doente.

Inventam esquemas perversos, que Bastonário da Ordem dos Médicos ressoa: "os Enfermeiros querem ser Médicos nos Centros de Saúde".
Mentira, os Enfermeiros não precisam de ser nem de querer parecer Médicos; basta que os deixem ser aquilo que são.
"As forças do mal" alimentam uma conta corrente, na comunicação social, para que o referido Bastonário nos revolte com as patranhas que debita, para a mal formada opinião pública, que começa nos jornalistas que as veiculam, consciente ou inconscietemente, porque também fazem parte do esquema das "forças do mal".

E o Ministério da Saúde, para agravar este esquema perverso, ainda tem a coragem de nos propor o projecto de diploma, para criar, em vez de condições de os Enfermeiros poderem exercer as suas capacidades, transforma-os em serventes de consultório médico.

Sabemos a força das "forças do mal"; se a não tivessem não seriam forças. Os 5,8% que Português gasta são um reflexo.

Mas o governo ao falar de reformas, urgentes e necessárias, para o SNS, não pode começar por "entregar o ouro ao bandido", facilitando-lhe a vida.

Sabemos todos por experiência que se o Povo fixou sabedoria experiente, criando este provérbio, é porque sabe detectar os bandidos, na sociedade.

Pena é que os timoneiros que nos (des)governam não saibam desviar-se deles, deixando-se aprisionar, dos seus cantos e encantos, como aconteceu a Ulisses, com o canto das sereias, que lhe atrasaram a viagem. Talvez por isso fundou "Ulissipo", hoje Lisboa, para não estar sem ocupação.

Será que ainda andam por lá as mesmas sereias, que encantaram Ulisses e a sua tripulação?

Com amizade,
José Azevedo

segunda-feira, 26 de maio de 2014

domingo, 25 de maio de 2014

ÉTICA CONSEQUECIALISTA

Saberá o Ministro da Saúde supesar as verdadeiras consequências das forças que está a enfrentar?
A maneira como está a desprezar os Enfermeiros e o seu desempenho no SNS dá a ideia de estar a tentar descobrir o caminho marítimo para a Índia, demandando as Américas.
Ética o tratado ou discurso dos actos que de tanto se repetirem se transformam em hábitos (bons e maus, segundo os valores que os enformam), e moldam, dessa forma o nosso carácter (bom ou mau, pelas mesmas razões), ou o das instituições, com os seus hábitos e carácter, têm consequências e constituem o capítulo da ÉTICA CONSEQUENCIALISTA.

REPETIMOS UNS TEXTOS INTERESSANTES (VALE A PENA REPETIR E REFLECTIR),
que reproduzem algumas consequências das boas intenções, que enchem os vários infernos, onde irão penar, eternamente, os seus autores.
Quando se é obrigado a dizer bem duma coisa má, e conhecemos várias, entre o má, muito má e péssima, tem consequências negativas e são exactamente contra a ética, que se funda em valores éticos: uns materiais e espirituiais e outros mais.
Neste caso, não é a ética que está a ser promovida, mas a falta dela.
Ora se não há o termo "inética", pois crie-se, já, para nos entendermos do que estamos a falar.
Umas aulinhas de AXIOLOGIA, ÉTICA E DEONTOLOGIA, integradas umas nas outras, isto é; em contexto, seria bom para quem vai abortdar tema tão interessante, para os bons costumes, como perigoso, se não se pegar de frente.
No dia 29 do corrente Maio 2014 vai haver uma arremetida da Classe Médica contra a lei da rolha, que traz agregada a recepção de "prendas", tipo taxas moderadoras, com valor superior a 25€, determinou em regulamentos internos a ARSN. Vai ser um problema para aqueles que têm a necessidade imperiosa de mandar prendas, terem de as fraccionar em 25€, até perfazerem a totalidade da dádiva.
Nós já andamos a pensar, há muito tempo, em os Enfermeiros cobrarem uma taxa tipo gorgeta a alguns Utentes, com sinais exteriores de riqueza, para os ajudar a pagar a quota sindical, pois os magros salários que lhes estão a pagar, dificultam o pagamento de duas quotas, a da Ordem e a do Sindicato.
Ao invocar Matthias Rath, para chamar a atenção da leitura que ele faz das "forças do mal", pois são várias e poderosas, estou a avisar que o êxito, nesta luta, assenta em vários pressupostos, como o de sermos o país da Europa, que mais dinheiro gasta com a saúde (5,8% do total das depesas de cada cidadadão, contra 1,6%, nos ingleses).
E porquê?
E para quê?
Quem beneficia desse exagero?
Quem beneficia são as ditas "forças do mal".

O outro pressuposto é confundir SNS, com empregabilidade médica...
Por deformação académica, o Médico auto-promove-se, naturalmente e sem dar por isso, a centro do SNS, ocupando o lugar que é do Doente, criando um método "Médicocentrico", quando deve ser "Doentecentrico".
Os inimigos das carreiras profissionais (vulgo administradores de carreira e outros), que classificam de carreirismo, para lhes colarem o selo depressiativo, não se lembraram de instituir para os CSP o método de convenção ou avança das consultas médicas, do que é designado Médico de Família, como já se faz com os outros especialistas: otorrinos, oftalmologistas, ortopedistas.
Desde logo, os incentivos de qualidade/quantidade estavam incluídos na maior competência profissional de cada um, dispensando as USF tipo B, que fazendo o mesmo e da mesma maneira que as outras, recebem em numerário desde o dobro, no caso dos Enfermeiros, até ao quadropulo, no caso dos Médicos, porque mantiveram, habilidosamente em vez de pagamento "per capita", como era o seu antecessor Regime Remuneratório Experimental (RRE), pagamento pelo vencimento normal, como é nas outras USF, ou seja: em vez de pagamento incentivador "per capita", ou vencimento normal, sem incentivos riaram pa as USF, e só, o vencimento e os incentivos.
Aliás, bastaria ler a fundamentação de cada USF, no que diz respeito aos incentivos, para se perceber, de imediato, o vício do raciocínio.
A inética ou imoralidade, que está a ser praticada para com os Enfermeiros discriminados e arrumados a um canto pelos que são "mobilizados", à pressa e sem condições, também eles vítimas da ganância de alguns Médicos, devia merecer um reparo atento, se não é propositada.

Por isso, o Ministério da Saúde, para o SE, não está, sequer, a impedir que o Bastonário da OM deixe de ser o locutor de referência dos "Meios de Comunicação Social", muito pelo contrário; pois quem alimenta esta permanência cansativa, sobretudo nas televisões, em horário nobre (ainda se fosse no das tardes da Júlia ou da Francisca...), são os mesmos que conseguem, que o português médio gaste 5,8%, do total das suas despesas normais, conseguindo o primeiro lugar da Europa, para alimentar, o cartel, como diz Matthias, e bem.

Alguns Enfermeiros, daquelas almas puras, interrogam-se por que não aparecemos nos meios da comunicação social, para irmos ao fundo das questões, como estamos a fazer, aqui.
A resposta é rápida, fácil e real: porque estragávamos o negócio.
Suplementarmente; A FORMAÇÃO dos jornalistas (ou a falta dela) também não permite olhar para a realidade da saúde, mas para a aparência.
É TUDO NEGÓCIO.

Com amizade,
José Azevedo

sábado, 24 de maio de 2014

NOTÍCIAS DE SÁBADO 24 MAIO



 
 












Consumo excessivo de sal mantém doenças do aparelho circulatório como principal causa de morte em Portugal


Dados do INE mostram ainda que os diferentes tipos de cancro foram responsáveis por 23,9% das mortes registadas em 2012
As doenças do aparelho circulatório afectaram sobretudo as mulheres, 77,9 óbitos masculinos por 100 femininos Público (arquivo)


As doenças do aparelho circulatório continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. E a explicação para este facto encontra-se à mesa: “Os portugueses ainda não abandonaram o consumo excessivo de sal”, adianta o epidemiologista Mário Carreira.
A análise às causas de morte, divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostra que as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 30,4% das 107.969 mortes registadas em 2012. Nesta categoria, que soma 32.859 óbitos, destacam-se a doença isquémica do coração e o enfarte agudo do miocárdio mas, sobretudo, as doenças cerebrovasculares (AVC), sendo que estas atingem mais as mulheres: 76,3 óbitos masculinos por cada 100 femininos.
No total, estas doenças traduziram-se numa taxa bruta de mortalidade de 312.6 óbitos por 100 mil habitantes. É muito. Se recuarmos a 2000, porém, as doenças do aparelho circulatório eram responsáveis por 39% do total de mortes. O seu peso tem vindo assim a diminuir, numa tendência, aliás, que várias décadas. “No contexto europeu, Portugal tinha taxas de mortalidade por AVC absolutamente desmesuradas”, recua Mário Carreira. “Com o alargamento da electricidade a todo o país, que fez baixar o consumo de carnes salgadas, e a melhoria do tratamento dos hipertensos, com mais e melhor acesso aos medicamentos, a mortalidade por acidentes vasculares cerebrais tem diminuído”, explica aquele responsável. “As melhorias no tratamento hospitalar do AVC” são, ainda segundo Mário Carreira, o terceiro factor na base da diminuição da mortalidade associada aos acidentes vasculares cerebrais. “Se tudo continuar a correr bem, nos próximos dez anos deveremos evoluir para padrões mais próximos dos observados nos restantes países da União Europeia”.
Os tumores malignos, pelo contrário, têm vindo a matar cada vez mais gente. Em 2000, tinham sido responsáveis por 20% do total de mortes. Doze anos depois, correspondiam já a 23,9 por cento da mortalidade no país, ou seja, quase um quarto. “Não é que o número de tumores malignos esteja a aumentar”, ressalva Mário Carreira, o que se passa é que “as pessoas morrem menos por outras doenças, logo vivem mais tempo e chegam à idade de ter tumores malignos”.
Enquanto as doenças do aparelho circulatório afectaram sobretudo as mulheres (77,9 óbitos masculinos por 100 femininos), os tumores são mais frequentes nos homens (148 óbitos masculinos por cada 100 femininos).
Além de afectarem mais os homens, os tumores matam mais cedo: a idade média ao óbito foi de 71,6 anos (menos 5,2 anos do que a idade média registada para o total de óbitos).
Por outro lado, entre os tumores malignos morre-se mais quando estes atingem o cólon, o recto e o ânus (3.813 óbitos). Seguem-se os tumores da traqueia, brônquios e pulmão (3.675), do estômago, da próstata e da mama. “Nalguns destes cancros, como o da mama, a letalidade é muito menor do que era antes, mas isto não se reflecte na mortalidade porque, apesar do sucesso no tratamento, há muito mais”, explica ao epidemiologista.
No caso do cancro do cólon e do recto, “a letalidade tem basicamente que ver com a detecção tardia”, o que Mário Carreira atribui à ausência de “programas de rastreio sistemático”. “O teste é uma simples pesquisa de sangue oculto nas fezes, mas tudo isto implica um esforço e uma logística enormes que não são fáceis de conseguir”, conclui.
Anos potenciais de vida perdidos
Na lista de doenças com uma mortalidade mais elevada destacam-se ainda as que afectam o aparelho respiratório: pneumonia, doença pulmonar obstrutiva crónica e a asma. Juntas representaram 12,9% das mortes em 2012 (13.908).
O VIH/SIDA foi responsável por 503 óbitos. Mais de 78% foram de homens e a idade média ao óbito foi de 49,3 anos. Contas feitas, a infecção traduziu-se numa média de 23,4 anos potenciais de vida perdidos. As mortes associadas à infecção por VIH têm vindo a diminuir de forma lenta mas constante: em 2007, por exemplo, registavam-se 698 mortes nesta categoria.
Somadas, as doenças foram responsáveis por 96,3% das mortes em 2012. As restantes 3,7% foram por causas não derivadas de doenças, como sejam a lesão e o envenenamento. Aqui, a idade média ao óbito foi de 63,1 anos (59,6 anos no caso dos homens e 71 no caso das mulheres). O número médio de anos potenciais de vida perdidos devido a causas de morte externas por lesão e envenenamento foi de 23 anos em 2012.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

O CONHECIMENTO DÁ PODER E FORÇA A QUEM O POSSUI

Por isso se informa os interessados que redigiram este ofício, de que nos deram conhecimento e que vem assinado por um valentão anónimo:

{Assunto: Re: Ofício n.º 4689 - Exposição sobre consulta aberta do Centro de Saúde de Ovar

Exmo. Dr. João Nabais
Antes de mais, os meus sinceros agradecimentos pela atenção prestada.
Já que a situação do trabalho extraordinário permanente imposto pelo ACES Baixo-Vouga aos enfermeiros de todas as Unidades Funcionais do Concelho de Ovar (que consiste num aumento permanente da carga horária mínima obrigatória) está a amedrontar a equipa de enfermagem que tem medo de recorrer aos sindicatos, para verificar a legalidade deste trabalho extraordinário obrigatório que é escalado antes do início de cada mês e que consistirá numa situação permanente, venho pedir por este meio que interceda junto da ARS Centro para que esta faça chegar um parecer aos enfermeiros acerca da legalidade deste trabalho extraordinário imposto no início de cada mês.
Ao iniciar o horário "balnear" da consulta aberta, haverá profissionais que serão obrigados a trabalhar quase 24 horas sem interrupção, entrando às 20h e fazendo "noite" até as 8h da manhã seguinte e sendo obrigados a continuar o trabalho das 8h até às 17h (por exemplo, pois em USF há vários profissionais que fazem horários das 8h às 20h) no seu local habitual de trabalho.
Com o horário habitual, haverá profissionais que terão da trabalhar 16 horas consecutivas das 8h até às 20h no seu local de trabalho habitual, continuando até às 24 na Consulta Aberta.

Peço que nos ajudem a esclarecer a (i) legalidade desta situação que já se arrasta há tempo de mais.}

Resposta do SE:
 Mas é evidente que tudo o que está aqui é ilegal.
Podem procurar neste blogue a CN normativa n 18/92 "Como fazer horários de forma legal";
Também encontram neste Bloque o DL 62/79 de 30 de Março (ou na NET), cujo art.º 7º diz das horas extraordinárias;
Também podem encontrar neste blogue (Google - o sindicalista) a CN/ nº 8/79 que esclarece a interpretação correcta do DL 62/79, já referido.
Por fim têm o art.º 56º do 437/91 de 8 de Novembro (antiga carreira de Enfermeiro, que continua em vigor e é o horário legal de Enfermeiro. 
A forma como vem redigido e dirigido até parece de uma coordenadora de UCSP. 
Se assim for, embora o seu gesto seja de louvar, não com medrosos nem anónimos que se afugentam os medos fictícios que os gorilas andam a espalhar; é dando a cara;
é dirigindo-se aos sindicatos, sobretudo ao SE, que não manipula nem amedronta nem usa a mentira.
Eu que vos escrevo e não sirvo de exemplo (José Azevedo é o meu nome), presidi ao comité da greve de 1976, que deu óptimos resultados nessa data aos Enfermeiros e em 2011, copiando o método, às Enfermeiras Finlandesas.
Pois ficam informados de que nem lei da greve para a saúde havia (os médicos ainda hoje sentem inveja de não terem sido os primeiros). E mais: o COPCON, que era a polícia do governo militar, muitas vezes pior do que a finada PIDE (na altura haver dois governos; o do MFA e o da República civil), procurou-me por todo o lado, mas fui instalado pelos bravos apoiantes da nossa greve, no edifício da PT - Picoas.
Venceu a justiça que era devida aos Enfermeiros.
Uma pontinha de corno de cabra é um bom e seguro amuleto contra os temores, desde que ande visível.
Portanto vamos ao concreto:
1º "Horas extraordinárias são as que se destinam a dar cobertura a acréscimos imprevistos de serviço", diz a lei. Chamar horas extraordinárias a tarefas programadas e escaladas não é correcto.
2º As consequências são diferentes:
2.1 - Se as horas extraordinárias são as legais essas são obrigatórias; imagine-se uma epidemia, um acidente, causas imprevistas;
2.2 - As que não são extraordinárias legítimas, não sendo legais, também não são obrigatórias e quem não está disponível para as efectuar, porque não é masoquista, nem pecador confesso, nem escravo, só tem de dizer, de preferência com um sorriso sardónico: não estou interessado nesse trabalho, procure outro Enfermeiro.

Não esqueçam, caros Colegas: os erros cometidos são da responsabilidade de quem os comete.
Ora os erros são humanos e têm uma margem de tolerância.
Porém, os Enfermeiros actuam com culpa dolosa, quando trabalham em sobrecarga de horários, pois não podem desculpar-se com o desconhecimento de que os turnos muito dilatados ou repetidos aumentam a possibilidade de erro, como está cientificamente comprovado. E se alguém está impedido de usar essa desculpa são os Enfermeiros que têm não só o direito, como o dever de cuidar da sua própria higiene mental e física, antes de começar a trabalhar.
Foi este o espírito da Convenção da OIT, para as condições de vida e de trabalho da Enfermeira, que foi ratificada pelo Decreto 30/31 e classificada com o nº 149.

Mas quem impõe estes horários atrás referidos no ofício ao  SEAMS, é igualmente culpado, dos erros que acontecerem e não estão livres de um Enfermeiro brincalhão lhes armar uma ratoeira, ou nós uma acusação formal, na justiça.
Se estes esclavagistas pensam que vão continuar a fazer pouco dos Enfermeiros, usando a desgraça de estarem 15 anos representados pelo "Sindicato-único" - Ordem-SEP- (1998-2011), estão a fazer contas erradas, pois podem ter surpresas, por excesso de confiança em tigres de papelão.
Não perdem nada; ganham, até, muito se nos forem lendo e passando palavra de que é uma questão de honra do SE (Sindicato dos Enfermeiros), a problemática dos horários.
Contamos repor as 35 horas, pois as 40 horas não se aplicam aos Enfermeiros.
Mas de há muito sabemos que há muitos Enfermeiros a serem escandalosamente roubados, sendo este fenómeno muito superior, ao das 40 horas.
Depois, não imposição de horas extraordinárias pagas com tempo. Quem não tem dinheiro não tem vícios, diz o Zé; ora quem tem o vício de abusar dos períodos de merecido descanso dos Enfermeiros, lançando-lhes horas que, à partida sabem que não vão pagar é vício porco, sujo, pois há muitos Enfermeiros que mudaram de actividade e de país, que podem contratar.
Também sabemos quem escolhe os administradores e não só, e que instruções lhes dão a esses maneirinhos dúcteis, maleáveis.
A escolha do pagamento das horas para além das normais, que devem ser contabilizadas nos turnos em que são feitas e não nos turnos da manhã por serem as mais baratas (ladrões corruptos), é da responsabilidade do próprio que nos termos da CN/ nº 8/79 pode escolher a forma de: em tempo ou dinheiro.
Por sua vez, a instituição só pode escolher o pagamento em dinheiro, pois se essas horas resultam por deficiência de número de Enfermeiros necessários, não faz sentido pagar em tempo.
Mas este tempo não é linear; é o equivalente ao dinheiro, porque também, neste caso; tempo é dinheiro.
Esta gente das administrações está a adquirir vícios, que exigem deste Sindicato dos Enfermeiros uma ensinadela adequada, que os ensine por uns anos a respeitarem os direitos dos Enfermeiros.

Portanto, Colegas de Ovar, não tenham medo, porque nós temos freios bastantes para refrear esses ameaçadores, sejam quem forem.
Eles são obrigados a cumprir a lei,
Mas os verdadeiros Sindicatos (como este nosso SE), já estão mais à frente e quando não há lei adequada ou quando violam a que existe.
Esperem um pouco para ver, pois o processo fermenta, já.
Com amizade e muita atenção (de atento)
José Azevedo