DIRETOFENSE - VÍDEO - 30.04.2021<CLICAR>
O CATA-VENTOS-02.05.2021<CLICAR>
DOS SÁBIOS PARA OS INCOMPETENTES!...<CLICAR>
NB: EIS UM DOS MAIORES INSULTOS FEITOS AOS SINDICATOS, TRANSFORMANDO COISAS MUITO S´RIAS EM BRINCADEIRAS DE MAU GOSTO.
HÁ QUEM SAIBA QUEM ESTÁ POR DETRÁS DESTE GRUPO.
NÓS NÃO SABEMOS, MAS SABEMOS QUE ISTO NÃO SE FAZ A NINGUÉM MUITO MENOS À ENFERMAGEM, QUE NÃO PRECISA DE GRUPOS MARGINAIS "OUTSOURCING".
SE NÃO SABEM COMO GASTAR E/OU JUSTIFICAR O DINHEIRO, QUE RECEBERAM EM NOME DUMA GREVE, NÃO DEVEM USÁ-LO PARA INSULTAREM OS SINDICATOS, MUITO MENOS APOUCÁ-LOS.
PENSEM SERIAMENTE NESTE FENÓMENO, PREZADOS COLEGAS ENFERMEIROS!!!
José Azevedo
DECLARAÇÃO DO PORTO DE 3 DE MAIO 2021<CLICAR>
45 ANOS DE LUTA ANTICORRUÇÃO 1 - <CLICAR>
45 ANOS DE LUTA ANTICORRUÇÃO - 2 - <CLICAR>
45 ANOS DE LUTA ANTICORRUÇÃO - 3 - <CLICAR>
CONGRESSO ICN TÓKIO 1977
O QUE DIZ A ACSS SOBRE OS SUBSÍDIOS DE RISCO<CLICAR>
COMO MELHORAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE<CLICAR>
CASA ROUBADA TRANCAS À PORTA<CLICAR>
SE HOJE FOSSE POSSÍVEL DAR UM GRITO AUDÍVEL DE NORTE A SUL DE ANGOLA, SERIA: "VIVA PORTUGAL" DIZIA-ME UM PRETO AMIGO, SEM COMPLEXOS DA COR DA PELE PORQUE TEM MAIS COM QUE SE PREOCUPAR.
Chegou ao nosso conhecimento de que os GESTORES NW & OW estão a promover programas de aproximação ao SIADAP.
Porquê e para quê?
Quanto a nossa capacidade de observação alcança, não vem deles a ideia, mas de quem quer empurrar a Enfermagem, para a VALA COMUM das carreiras do regime geral da função pública, onde o nosso colega SEP está inserido, e não é mais do que a CEREJA NO BOLO para dar tempero às carreiras de regime geral, prejudicando, enormemente, a CARREIRA ESPECIAL DE ENFERMAGEM.
O que estão a fazer aos CIT é vergonhoso!
Apesar de todos os Centros Hospitalares EPE terem assinado o ACT parcelar de 6 cláusulas, como se pode ver, no BTE nº 11 de 22/03/2018, nenhum o cumpre.
Mas se os Conselhos de Administração têm um Vogal Enfermeiro Diretor, é ele o principal responsável pelo incumprimento da lei.
Sabemos que, fazer a avaliação do desempenho, nos moldes legais (artigos 43º a 53º do DL 437/91 de 8/11, dá trabalho, mas dá às vítimas CIT, que têm direito a recuperar as alterações remuneratórias, nos mesmos moldes dos CTFP.
A razão mais forte é terem perdido todo o conhecimento, da avaliação do desempenho, legal, nos tempos em que estivemos parados, nas progressões, por vigaristas, como o Sócrates e seus cúmplices, como os piçarros e outros.
Agora, em vez de enveredarem pelo caminho certo, juntam-se aos escravizadores e exploradores desenfreados dos Enfermeiros.
Por estas e por outras, vamos abrir aulas no nosso CENTRO DE FORMAÇÃO DO SE, para quem quiser limpar a sua honra e a da Classe, que habilitem a fazer a avaliação como a lei manda e não como mandam os oportunistas demolidores dos ENFERMEIROS.
E QUAL O OBJETIVO?
A pandemia "covidia" 2020 vai acabar.
Com o seu final, começam as nossas lutas, pelos direitos e melhores condições de vida e de trabalho dos ENFERMEIROS.
Temos de terminar com o "status quo", a que muitos se acomodaram, mas que está longe de compensar a ENFERMAGEM do seu mérito e natureza profissionais.
Em vez de andardes, pelos cantos a vender a imagem do "coitadinho" em que nos querem transformar, cultivai o otimismo gerador de energia, para ser usada, quando iniciarmos as lutas, que se nos impõem, necessariamente.
SE - 24/04/2021
José Azevedo
VÍDEO 1º MAIO ENF.º JOSÉ AZEVEDO: https://www.facebook.com/watch/?v=376485553524052VÍDEO 1º MAIO ENF.º EMANUEL BOIEIRO: https://www.facebook.com/ |
FAMALICÃO NOS SEU MELHOR - EU AVISEI<CLICAR>
NB: É um caso curioso em que o lote para um era de 1500 doses;
para outro eram 3.500 doses;
para Lacerda Sales eram 5.000 doses.
Em que ficamos?
Aqui há gato!
SÓ AS VACINAS FICARAM SEM CORRENTE, ESTRANHO, NÃO É?!<CLICAR>
PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO DE MINISTROS - SECRETARIA-GERAL
Retifica
o Decreto
n.º 7/2021, de 17 de abril, da Presidência do Conselho de Ministros,
que regulamenta o estado de emergência decretado pelo Presidente da República,
publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 74-A, de 17 de abril de 2021
ASSEMBLEIA
DA REPÚBLICA
Recomenda
ao Governo a implementação de medidas para a recuperação e reforço da atividade
nos cuidados de saúde primários
REGIÃO
AUTÓNOMA DOS AÇORES - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Recomenda
ao Governo Regional a elaboração de um plano de recuperação da atividade
assistencial na área da saúde
Visão 22.04.2021 |
VISÃO 22.04.2021 - LIDIA JORGE < CLICAR >
Visão 22.04.2021 |
VISÃO 22.04.2021 - O NOVO CABO DOS TRABALHOS < CLICAR >
VISÃO 22.04.2021 - A FÁBRICA SALVA VIDAS < CLICAR >
VÃO À AGENCIA DOS GANDULOS, BEM POSICIONADA PARA O NEGÓCIO;ESSE E OUTROS<CLICAR>
SINDICALISMO - TEORIAS E TENDÊNCIAS E FINS EM VISTA<CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUÊS 1<CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUES 0 <CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUES 2 <CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUES 3<CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUES 4 <CLICAR>
SINDICALISMO PORTUGUES 5 <CLICAR>
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ENFERMEIRO;
A LEI APLICÁVEL É ESTA.
NB: ESTES CENTROS HOSPITALARES EPE SABEM O QUE ASSINARAM PARA A AVALIAÇÃO DOS "CIT".
FICHAS TÉCNICAS SOBRE PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS - UGT - <CLICAR>
O Diabo 16.04.2021 MIL BALÕESA BRANCOS CONTRA O MINISTÉRIO DA SAÚDE<CLICAR> CÁ SE FAZEM, CÁ SE PAGAM E É BEM FEITA<CLICAR>
JN 16.04.2021 Decreto Regulamentar Regional n.º
3-A/2021/A161518649
REGIÃO AUTÓNOMA
DOS AÇORES - PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Regulamenta
a aplicação, na Região Autónoma dos Açores, do Decreto do Presidente da República n.º 41-A/2021,
de 14 de abril Decreto n.º 6-A/2021161521806
PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO DE MINISTROS Regulamenta
o estado de emergência decretado pelo Presidente da República |
O Diabo 16.04.2021 |
JN 14.04.2021 |
ENFERMEIROS - 2010 EXIGEM INTEGRAÇÃO NA CARREIRA<CLICAR>
JN 14.04.2021 - AS LINHAS VERMELHAS EM PORTUGAL < CLICAR >
PÚBLICO 13.04.2021 - H.VILA FRANCA DE XIRA VAI MUDAR DE MÃOS < CLICAR >
PÚBLICO 13.04.2021 - ADSE < CLICAR >
PÚBLICO 13.04.2021 - VARIANTE INGLESA < CLICAR >
PÚBLICO 13.04.2021 - CENTROS VACINAÇÃO EM MASSA < CLICAR >
JN 13.04.2021 - COVID, VACINAS ..< CLICAR >
FRANCISCO PEIXOTO (ENVIO FACEBOOK MESSENGER
15.04.2021)
Hoje
coloquei isto nos Facebook no grupo "Enfermeiros" :
A Avaliação dos Enfermeiros virou um novo circo.
Talvez um posto de tráfico de escravos modernos... Há imensos
casos pelo país de incumprimentos perante a lei uma vez que o Art.º 18 da Lei
114/2017 e a Lei 66-B/ 2007 De 28/712- Art.º42º (Artigo 42).....não foram
revogados.
Uns calam-se por já terem passado os problemas, deixaram de
lhes dizer respeito, outros por cobardia alinham na carneirada! Outros por
temerem represálias, por medo, puro medo.
Quando um dia destes, no futuro, vierem dizer que a Avaliação
dos Enfermeiros foi (já que é) uma treta, muitos vão ficar incomodados; mas,
certamente, serão os mesmos que hoje andam a “palhaçar” neste sistema de
avaliação!
Já não há avaliação mas sim um "simulacro de
avaliação"!.
Apenas se escolhe quem se livra das quotas para mudar de
escalão.
Triste realidade.
Triste sina...
DIÁRIOS DA REPÚBLICA (DIAS 13, 14 e 15 ABRIL)
PRESIDÊNCIA
DA REPÚBLICA
Renova a
declaração do estado de emergência, com fundamento na verificação de uma
situação de calamidade pública
ASSEMBLEIA
DA REPÚBLICA
Autorização
da renovação do estado de emergência
PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO DE MINISTROS
Autoriza
a renovação do protocolo relativo à prestação de cuidados em ambulatório a
doentes com VIH/sida no Hospital de Cascais
Deliberação (extrato) n.º 370/2021 161378014
Hospital do Espírito Santo de
Évora, E. P. E.
Redução do horário de trabalho semanal
da enfermeira Maria de Lurdes Pereira Fernandes
Despacho n.º 3789/2021 161353062
Saúde - Gabinete do Secretário de
Estado da Saúde
Altera o Despacho n.º 1569/2018, de 5 de
fevereiro, que determina a composição e as competências da Comissão Nacional
para a Normalização da Hormona do Crescimento
Decreto-Lei n.º 26-B/2021161351312
PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO DE MINISTROS
Define a natureza dos apoios sociais de resposta à pandemia da
doença COVID-19
Decreto-Lei
n.º 26-C/2021161351313
PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO DE MINISTROS
Procede à regulamentação do apoio extraordinário ao rendimento e
à redução da atividade de trabalhador
Ordem dos Enfermeiros
Programa formativo que integra o ciclo
de estudos do curso de mestrado que visa o desenvolvimento de competências
específicas do enfermeiro especialista nas áreas de enfermagem de saúde
comunitária
Deliberação n.º 362/2021 161291934
Saúde - Administração Regional de
Saúde do Norte, I. P.
Designação de vogal do Conselho Clínico
e de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto VIII -
Espinho/Gaia
Deliberação n.º 363/2021 161291935
Saúde - Administração Regional de
Saúde do Norte, I. P.
Designação de presidente do Conselho
Clínico e de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde de Entre o Douro e Vouga
I - Feira/Arouca
FOI UM INSULTO AO PAÍS
Não foi um erro da Justiça. Foi um insulto ao país
De José M Fernandes
Se tomarmos como correcta a decisão instrutória de Ivo Rosa, então podemos esquecer o combate à corrupção, pois nunca os seus critérios sentarão um corrupto no banco dos réus. É isso que está em causa
Aviso desde já os meus leitores que não sou jurista, não estou interessado em discutir leis e acho que esta é a pior altura para falarmos dos temas – para mim quase bizantinos – que têm ocupado magistrados, advogados e outros doutos tudólugos por estes dias. E faço este aviso porque acho que não é preciso ser jurista, nem especialmente perspicaz, para perceber uma coisa elementar, a saber: a maioria dos figurões que estava acusado na “Operação Marquês” movimentou milhões de euros usando métodos ínvios e ilegais, isso permitiu financiar o estilo de vida escandalosamente luxuoso de um ex-primeiro-ministro, pelo meio realizaram-se negócios em que o país perdeu milhares de milhões de euros, e apesar de toda a evidência reunida sobre essas actividades um juiz pôs-se à procura de tudo o que pudesse servir para salvar essa gente do mínimo dos mínimos, que era terem de responder em tribunal.
E não, não é verdade que esse juiz tenha “arrasado” a acusação do Ministério Público, como tantos apressadamente sentenciaram. O que esse juiz fez foi outra coisa: foi insultar a inteligência e a lógica e tomar-nos a todos por parvos, ignorantes e, porventura, marcianos que não vivemos no mesmo país que José Sócrates atirou para uma das maiores crises de sempre. E fê-lo sem pudor, tomando todas as testemunhas de defesa como gente credível – apesar da maioria dos nomes que foi citando serem cúmplices desse ex-primeiro-ministro no louco desvario que levou o país para a bancarrota –, ao mesmo tempo que desvalorizava todos os testemunhos incriminatórios.
Querem um bom exemplo do que afirmo? Já se sabe como é difícil provar um crime de corrupção: nem o corruptor, nem o corrompido têm interesse em denunciá-lo. Por isso, quando alguém admite que é intermediário numa operação destas, passa a ser uma testemunha preciosa. Havia um testemunho desses no processo: o de Hélder Bataglia, que admitiria ter sido intermediário numa transação de 12 milhões de euros que circularam do universo de Ricardo Salgado para as contas Santos Silva/José Sócrates. O juiz Ivo Rosa reconhece que a operação ocorreu – não tinha outro remédio, a papelada está todo no processo –, admite que as explicações da defesa não são consistentes, mas opta por não dar credibilidade ao testemunho de Bataglia. Ou seja, desqualifica o seu depoimento para poder salvar Salgado e Sócrates.
Querem outro exemplo? Na avaliação da prova sobre a interferência ou não de Sócrates na OPA da Soneacom sobre a PT, Ivo Rosa optou por desconsiderar o depoimento do líder da Sonaecom, Paulo Azevedo, para valorizar em contrapartida os testemunhos de subordinados ou amigos de José Sócrates, como o socialista Carlos Santos Ferreira, que presidia à Caixa Geral de Depósitos e depois seria colocado à frente do BCP, e de Armando Vara. Gente séria, como todos sabemos.
O mesmo faria com o depoimento de Luís Campos e Cunha, que bastaria consultar os jornais da época para saber que se demitiu do governo de Sócrates por causa das pressões para nomear Vara para a CGD, mas de que Ivo Rosa não quis saber.
Aliás conforme íamos ouvindo citar as testemunhas a que o juiz dava credibilidade íamos revivendo um filme de horror – quem não se lembra de Mário Lino, de Paulo Campos, de Carlos Costa Pina, de Guilherme Dray, de Celeste Cardona, etc., etc. – e verificando como ele nos queria fazer crer numa ficção, ou melhor, num conto de fadas: a de que o primeiro-ministro Sócrates não dava orientações aos seus ministros, nem aos seus banqueiros, ou que só contactava com os líderes estrangeiros (Lula da Silva, Chávez…) durante as visitas oficiais. Que tudo era angelical, que o país não era aquele que todos conhecemos e em que todos vivemos.
Desde o primeiro momento – isto é, desde que fez um discurso de abertura pomposo e arrogante – que se percebeu aquilo que este juiz andou a fazer nos últimos dois anos: andou a tratar de encontrar todas as formas possíveis de salvar os dois figurões que mandaram em Portugal nos anos mais sombrios da nossa democracia — o duopólio Sócrates/Salgado — sem olhar a meios, sem cuidar da coerência, sem preocupação de escrúpulos.
(DUOPÓLIO é a concorrência só entre 2 empresas)
Basicamente o que Ivo Rosa foi fazendo, e disso nos deu conta ao longo de quase quatro horas, é, e vou citar uma boa síntese que li por estas horas, que “se existe acusação esta não é válida, se é válida não há provas, se existem provas, foram obtidas de forma imprópria, se não foram obtidas de forma imprópria não são suficientes, se são suficientes o crime já prescreveu”.
A única coisa que aquela triste figura não conseguiu arredar do meio da sala foi o elefante que lá estava, ou seja, os milhões que tinham circulado para o bolso de José Sócrates, os pagamentos em dinheiro, o apartamento de Paris, os contratos para lhe escreverem o seu famoso livrinho, a vida de nababo e as ordens secas dados “ao amigo” para lhe mandar mais envelopes com notas. Ficámos a saber que em três anos e qualquer coisa o ex-primeiro-ministro derreteu 1.727.398,52 euros desse seu “amigo” – o que dá uns modestos 43 mil euros por mês – e que isso, hélas, Ivo Rosa achou estranho.
Construiu então a partir daí uma nova acusação, segundo a qual José Sócrates, o homem que nas escutas dá ordens e destrata Carlos Santos Silva, seria afinal um pau mandado do empresário, por ele tendo sido corrompido, sucumbindo por “venda da disponibilidade” e “compra da personalidade”. Mas se se preparavam para aplaudir este momento de lucidez, guardem as mãos nos bolsos: logo de seguida ficámos a saber que mesmo pronunciando para julgamento o antigo primeiro-ministro por crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos (o que junto ainda pode valer 12 anos de cadeia), o nosso juiz conseguiu arranjar forma de não o acusar por fraude fiscal. Autoincriminar-se-ia se declarasse os dinheiros que estava a receber do “amigo”, argumentou. Fantástico argumento. Ficámos a saber que praticar um crime nos iliba de outro crime, mesmo quando está em causa a Autoridade Tributária.
Volto ao princípio: não sou jurista, nem quero ser, mas o que se passou no Campus da Justiça na sexta-feira dia 9 de Abril de 2021 foi um insulto ao povo português e um rude golpe nas nossas instituições. E por duas razões.
Primeiro, porque aquilo que hoje milhões de portugueses estão a pensar é como é possível que o sistema da Justiça albergue no seu interior uma víbora capaz de provocar este dano, para mais sabendo-se que tal figura perdeu 17 recursos nos últimos quatro anos num tribunal superior. O que milhões de portugueses estão a pensar é que nunca em Portugal os corruptos serão apanhados e condenados, mesmo quando entra pelos olhos dentro do mais ignaro que não há explicação para o enriquecimento súbito de certos poderosos.
Segundo, porque os portugueses que assim pensam terão razão se a “doutrina Ivo Rosa” fizer caminho, se para provar a corrupção passar a ser necessário apanhar o corruptor a entregar o dinheiro ao corrompido, se nenhuma prova indirecta for admitida, se todas as desculpas dos arguidos tiverem força de palavra de honra. Pior: para já a galáxia de interesses e personalidades que gravitava em torno de Sócrates, com Salgado à cabeça (o DDT, “dono disto tudo”, lembram-se?), escaparam, apesar do rasto dos milhões que ficaram nas contas da Suíça e nos offshores – o que significa que escapou o coração do sistema que ele montou. O cutelo da Justiça cai apenas sobre Carlos Santos Silva, no meio de tudo isto um pobre diabo, e o desgraçado do motorista Pena, por ter uma arma proibida.
Não, isto não é a Justiça a funcionar, isto não é sequer um erro da Justiça. Isto é mesmo o que parece: um insulto aos portugueses.
José Manuel Fernandes