Um dos nossos propósitos é, neste blogue, éabordar questões pertinentes que motivem os Enfermeiros para a luta na defesa dos seus interesses e, sobretudo, direitos.
Da obra "Do Silêncio à voz" de Bernice e Suzanne respigamos um artigo do New York Times, 11 de Março de 1993.
As autoras são Linda Aiken e Claire Fagin
Mais Enfermeiras, melhor medicina
As Enfermeiras necessitam de mais autoridade nos cuidados primários
[Os EUA têm falta de médicos nos CSP. Isto limita as opções para melhorar o acesso aos cuidados de saúde rentáveis.As Enfermeiras são um recursonacional com potencial para vencer este desafio.
Desde o inicio de 1960, a política federal promoveu duas estratégias para aumentar os CSP:
1 - Incluiu o apoio federal ao estabelecimento de uma nova especialização - a medicina familiar. Até aqui (33 anos depois - 1993) não teve êxito. Entre 1970 e 1990, a proporção de médicos nos cuidados primários decresceu, estando esta taxa de decréscimo a aumentar.
2 - Por outro lado o emprego de Enfermeiras e Parteiras tem-se revestido de um enorme sucesso.
Duas décadas de investigação, resumidas no verão passado (1992) no Yale Journal on Regulation, dá provas claras de que as Enfermeiras prestam cuidados de qualidade comparável aos dos Médicos, e a custos menores.
A Enfermagem pode substituir os Médicos com segurança em até 90% dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), requeridos pelas crianças e 80% dos requeridos pelos adultos. O relatório Yale concluiu que a utilização eficaz de Enfermeiras é impedida por barreiras financeiras, legais e profissionais.
Contudo, as enfermiras e as Parteiras prescrevem menos fármacos, utilizam menos exames e seleccionam tratamentos e instalações de custo menor.
Historicamente, as Enfermeiraseram mais passíveis do que os Médicos para exercerem em áreas onde os cuidados de saúde eram insuficientes.
As Enfermeiras anestesistas efectuam 85% dos serviços de anestesia em áreas rurais. Aproximadamente uma em cada 5 Enfermeiras e Parteiras, exerce em áreas rurais e perto de 50% trabalha em cuidados no interior
As comparações internacionais sugerem que 75%de todo o cuidado pré-natal e parto poderia ser proporcionado por Parteiras. Mas nos EUA as Enfermeiras assistem menos de 4% dos partos.] (...)
Lá como cá a problemática não é muito diferente.
A única diferença, não despicienda é de que estas preocupações começam a ser discutidas em 1960, portanto há pelos menos 53 anos.
Hoje, as coisas são diferentes.
O nosso intuito é chamar a atenção de quem nos lê, como conseguiram as Enfermeiras Americanas, que podem não ser rigorosamente autóctenes ultrapassar as barreiras que se lhes impunham:
O comércio e finanças, porque as Enfermeiras e Parteiras receitam menos de tudo, desde os medicamentos aos exames e instalações;
A lei foi abrindo as possiblidades de actuação autónoma das Enfermeiras e Parteiras;
Os outros profissionais: quem não se lembra do desdem com que o Bastonário dos Médicos encara esta possibilidade, mais próxima ca concretização do que o Sr. Bastonário da OM quereria, mas menos rápida do que nós desejamos e o Povo precisa mesmo que o não saiba, manipulado que está pelos interesses cautelosamente disfarçados de coisas imprescindíveis da "Medicina Defensiva".
Apesar de estarmos em 2013 a discutir problemas que, já eram enfrentados decisivamente, em 1960 nos EUA, só para exemplo, pois há muitos outros países, modelo, em Portugal os outros profissionais são o nosso obstáculo que nem todos os Enfermeiros, ainda, estão mentalmente preparados para enfrentar, sobretudo por falta de literatura adequada.
Poir isso fornecemos pequenos excertos do que foram as notícias há décadas atrás, para demonstrarmos que, nem sequer, estamos a ser originais.
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