OS
ENFERMEIROS SÃO OS HERÓIS ANÓNIMOS DA SAÚDE GLOBAL
Estamos a celebrar a Semana Internacional de
Enfermeiros, que culmina em 12 de maio com o aniversário de Florence
Nightingale. Embora a nossa mãe, fundadora da enfermagem moderna pudesse ficar impressionada com a tecnologia de saúde de hoje, tenho certeza que ela iria ficar muito mais decepcionado pela invisibilidade permanente de enfermeiros, contra a qual ela lutou
tanto durante a sua vida; tentou dar voz ao silêncio e visibilidade ao obscurecimento.
Toda a gente conhece alguém que é Enfermeira. Além trabalharem nos Centros de Saúde e Hospitais, trabalham também nas escolas de
seus filhos, no seu local de trabalho, na sua fábrica, em todos os ramos das Forças Armadas, e até, nos seus locais de culto.
Há mais de 3 milhões de Enfermeiros, só nos Estados Unidos. Mas a grande maioria das Enfermeiras - mais de 32 milhões - trabalham noutras partes do mundo.
Há mais de 3 milhões de Enfermeiros, só nos Estados Unidos. Mas a grande maioria das Enfermeiras - mais de 32 milhões - trabalham noutras partes do mundo.
Mas é nos países pobres, em comunidades, onde as
necessidades de saúde são maiores e os médicos são escassos, que os Enfermeiros
assumem um papel, ainda mais relevante, na prestação de Cuidados de Saúde, servindo muitas
vezes, como os únicos provedores (que providenciam) em aldeias rurais ou favelas urbanas.
Para uma mãe, em trabalho de parto, nas montanhas de Lesoto, na África do Sul ou; para uma criança, vítima de cólera, em Port-au-Prince, Haiti, ter acesso a parteiras e enfermeiros, significa a diferença, entre a vida e a morte.
Trabalhamos com os pacientes, em todas as fases de suas vidas, desde o nascimento, até a morte.
Os Enfermeiros entregam os bebês de forma segura, apesar dos poucos ou nenhuns recursos;
Conseguem, habitualmente, demonstrar perante as pessoas, que os observam; que conseguem proporcionar ao moribundo, enquanto pessoa, uma morte digna e livre, o mais humana e com o mínimo de dor possíveis, em circunstâncias precárias.
Os Enfermeiros são os que sabem, mais bem que todos os outros, do que nossos pacientes e suas comunidades precisam.
Para uma mãe, em trabalho de parto, nas montanhas de Lesoto, na África do Sul ou; para uma criança, vítima de cólera, em Port-au-Prince, Haiti, ter acesso a parteiras e enfermeiros, significa a diferença, entre a vida e a morte.
Trabalhamos com os pacientes, em todas as fases de suas vidas, desde o nascimento, até a morte.
Os Enfermeiros entregam os bebês de forma segura, apesar dos poucos ou nenhuns recursos;
Conseguem, habitualmente, demonstrar perante as pessoas, que os observam; que conseguem proporcionar ao moribundo, enquanto pessoa, uma morte digna e livre, o mais humana e com o mínimo de dor possíveis, em circunstâncias precárias.
Os Enfermeiros são os que sabem, mais bem que todos os outros, do que nossos pacientes e suas comunidades precisam.
Mas, embora os Enfermeiros executem 90 por cento de todos os cuidados de saúde, em todo o mundo, não obstante, continuam invisíveis na tomada de decisão, nas tabelas estatísticas, em capitais nacionais e agências
internacionais. Sua ausência reflecte uma
crise de saúde global.
Em reuniões importantes, onde médicos especialistas e de
saúde pública mundial e os benfeitores internacionais planeiam os esforços e
prioridades, na prevenção e tratamento da saúde global, áreas estas, onde os Enfermeiros fornecem a grande maioria dos cuidados prestados, raramente são incluídos, na discussão e planeamento, que lhes dizem directamente respeito.
O Conselho Internacional de Enfermeiros demonstrou, salientando, a grave falta de Enfermeiros em cargos de liderança, na Organização Mundial da Saúde (OMS), e não só.
O relatório anual da OMS, acerca dos recursos humanos de 2008, revelou que; mais de 90 por cento dos profissionais especialistas são médicos, que menos de um por cento são especialistas de enfermagem, apesar de as Enfermeiras constituírem mais de 80 por cento da força de trabalho global de saúde.
O Conselho Internacional de Enfermeiros demonstrou, salientando, a grave falta de Enfermeiros em cargos de liderança, na Organização Mundial da Saúde (OMS), e não só.
O relatório anual da OMS, acerca dos recursos humanos de 2008, revelou que; mais de 90 por cento dos profissionais especialistas são médicos, que menos de um por cento são especialistas de enfermagem, apesar de as Enfermeiras constituírem mais de 80 por cento da força de trabalho global de saúde.
No Partners In Health (PIH), estamos a trabalhar com
organizações congéneres e com os Ministérios da Saúde para reforçar os esforços dos Enfermeiros tendentes a aumentarem a visibilidade da Enfermagem, através de acções concretas.
Temos um grupo incrivelmente forte, que trabalha, e inspira os Enfermeiros, atuando como seus colegas e professores, nos seus países, bem como toda a comunidade, em geral.
Estes são os peritos de recurso para respostas a perguntas de entregas globais de saúde.
Temos um grupo incrivelmente forte, que trabalha, e inspira os Enfermeiros, atuando como seus colegas e professores, nos seus países, bem como toda a comunidade, em geral.
Estes são os peritos de recurso para respostas a perguntas de entregas globais de saúde.
No Peru, Enfermeiros como Dalia Guerra serviu de pedra angular de um programa que alcançou os mais altos índices de cura, no
mundo, em doentes com tuberculose multirresistente.
No Haiti, a Enfermeira Beatriz RoMeLa criou uma comunidade de líderes de Enfermagem haitianos; No Ruanda, a Enfermeira Manzi Anatole dirige um programa, que está a fornecer orientação e supervisão de Enfermeiros, em clínicas de saúde rurais.
E no Mamohau Hospital, no Lesoto rural, a Parteira Maphaila Mabathoana trabalha incansavelmente para garantir que as mulheres sejam capazes de ter trabalho de parto seguro e entregues a profissionais.
No Haiti, a Enfermeira Beatriz RoMeLa criou uma comunidade de líderes de Enfermagem haitianos; No Ruanda, a Enfermeira Manzi Anatole dirige um programa, que está a fornecer orientação e supervisão de Enfermeiros, em clínicas de saúde rurais.
E no Mamohau Hospital, no Lesoto rural, a Parteira Maphaila Mabathoana trabalha incansavelmente para garantir que as mulheres sejam capazes de ter trabalho de parto seguro e entregues a profissionais.
Muitos dos nossos colegas, nos Estados Unidos e em todo o mundo comprometeram-se de forma determinada e substantiva, para dar voz e visibilidade ao silêncio em que os interesses escusos tentam manter a Enfermagem. Precisamos de mais parceiros como eles, por isso; está aberto o concurso para as muitas vagas que existem, ainda..
Numa das iniciativas mais inovadoras de Enfermagem, em saúde global, que se tem visto, o "Dana Farber Cancer Institute" apoiou a criação de
uma parceria de Enfermagem, em oncologia com "Inshuti Mu Buzima (IMB)",
organização irmã da PIH, no Ruanda. Quatro Enfermeiras de oncologia
experientes têm o compromisso de trabalhar junto com as Enfermeiras e os
médicos locais no IMB por períodos de 3 meses, criando uma oportunidade sem
precedentes para os Enfermeiros do Ruanda desenvolverem as competências
especializadas e experiência necessárias, que elevem a qualidade do atendimento, em oncologia.
E mais uma iniciativa inovadora é a que o "Regis College", de Massachusetts desenvolve, ao criar uma parceria com o Ministério da Saúde haitiano e PIH, para
enfrentar a escassez de ensino de Enfermagem, no Haiti.
A parceria tem vindo a desenvolver um programa de mestrado, há três anos, com 12 membros do corpo docente de Enfermagem haitianos. Esses líderes enfermeiros vão formar-se numa universidade pública haitiana, com um mestrado que lhes permita assumir a liderança, na formação de uma futura geração de Enfermeiras, num país, onde são desesperadamente necessárias - tanto para melhorar a qualidade do atendimento, como adquirir o conhecimento essencial e as perspectivas para o processo de tomada de decisão.
A parceria tem vindo a desenvolver um programa de mestrado, há três anos, com 12 membros do corpo docente de Enfermagem haitianos. Esses líderes enfermeiros vão formar-se numa universidade pública haitiana, com um mestrado que lhes permita assumir a liderança, na formação de uma futura geração de Enfermeiras, num país, onde são desesperadamente necessárias - tanto para melhorar a qualidade do atendimento, como adquirir o conhecimento essencial e as perspectivas para o processo de tomada de decisão.
Estas iniciativas, de base e de longo prazo, estão, no entanto a
moldar sinergicamente, a nova face da Enfermagem, em saúde global. Com o investimento da
comunidade global na formação da Enfermagem, orientação e liderança, podemos
fazer enormes progressos, no fortalecimento dos sistemas de saúde.
A Semana Internacional do Enfermeiro é um momento de reflexão, celebração e esperança. Tenho orgulho de ser parte de uma forte comunidade de Enfermeiros Partners In Health.
Se Florence Nightingale visse as nossas Enfermeiras, na prestação de cuidados compassivos para milhões de pessoas, nas partes mais pobres do mundo, acho que ela ficaria orgulhosa como nós.
NB - Se o boi manso assumisse a força que tem;
se o boi bravo investisse no toureiro e não na muleta, acabavam as touradas...
A Semana Internacional do Enfermeiro é um momento de reflexão, celebração e esperança. Tenho orgulho de ser parte de uma forte comunidade de Enfermeiros Partners In Health.
Se Florence Nightingale visse as nossas Enfermeiras, na prestação de cuidados compassivos para milhões de pessoas, nas partes mais pobres do mundo, acho que ela ficaria orgulhosa como nós.
NB - Se o boi manso assumisse a força que tem;
se o boi bravo investisse no toureiro e não na muleta, acabavam as touradas...
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