ESPECIALIZADO, EM TÍTULO, NÃO
É ESPECIALISTA, EM CATEGORIA
A propósito dos considerandos
tecidos por V.E. Dr. Ponciano de Oliveira, digníssimo Vogal do C. D. quanto ao
problema gerado pela supressão da categoria de Enfermeiro Especialista, terá de
reconhecer que foi profundamente injusto, ao criticar uma atitude perfeitamente
correcta e oportuna da nossa Associada M. Oliveira não disponibilizar os
conhecimentos especializados que possui, ao serviço duma Instituição, que nada
tem feito para os reconhecer.
Porque uma coisa é a burrice, e
não só, de quem suprimiu essa categoria da carreira, sem cuidar nas
consequências, uma das quais é a que criticou: não usarem, e bem, os
conhecimentos, que são seus e para os quais não estão contratados.
A outra é ser acusada de
usurpação de funções pelos colegas especialistas.
A terceira é não forçar, como lhe
é legítimo, a remuneração de especialista.
Há uma ideia errada acerca dos
Enfermeiros, que alguns administradores consideram aptos a suprir carências
definidas e indefinidas. (pau para toda a colher, como os indiferenciados).
É assim com a condução de
viaturas;
É assim com o transporte dos
lixos;
É assim com a exploração das suas
capacidades, sem a justa remuneração.
Como diz o povo "quem não
tem dinheiro não tem vícios".
Os Enfermeiros devem exercer a
sua categoria, sem terem de ocupar postos de trabalho de outros profissionais.
A grande confusão está em que
tudo que V. E. escreveu é aplicável ao Enfermeiro Especialista, que era uma
categoria de carreira e não ao Enfermeiro Especializado a expensas próprias e
nos seus horários extra-serviço.
Todas as formas de pressão como a
do Director Executivo do ACES são um abuso de poder e um desrespeito pela
Enfermeira que procede correctamente, pois nada impede de a remunerarem com
vencimento adequado, como acontece com os Médicos, que aproveitam e promovem
todas as pequenas ou grandes diferenças de formação especializada, para
melhorarem imediatamente os seus vencimentos, já relativamente altos.
A nossa Associada e as demais
colegas, em igualdade de circunstância, merecem um pedido de desculpas pela
exploração que se está a fazer, quer na prática, quer na intenção, sem as mais
que justas contrapartidas remuneradoras.
E vão sendo horas de a
Administração da ARSN perceber que não haverá trabalho especializado, nos
Enfermeiros, que não seja remunerado, como tal, combatendo as piedosas
intenções de quem apela ao monaquismo tardio,
para cobrir lacunas, que a estupidez ou coisa pior ainda, deixou a descoberto,
apesar das nossas chamadas de atenção, para o que está a acontecer.
Esperamos que compreende a razão
do nosso vigoroso reparo, pois vem de quem se sente profundamente ferido com
tanta falta de respeito pelos Enfermeiros.
Muito bem e muito correto.
ResponderEliminarEu proprio, Enfermeiro especializado sofro e todos sofremos este tipo de pressões.
Está na hora de fazer qualquer coisa, e se todos nos unirmos e prestarmos apenas os cuidados para que nos pagam, o sistema não conseguia funcionar e ai sim, eles teriam de fazer alguma coisa, mas sei que não é facil pedir isto a toda a gente, pois o medo de represálias e ameaças falam mais alto.
É preciso começar a mudar mentalidades e devagar se vai ao longe, acabando de uma vez por todas com estes oportunismos e abusos de quem esta confortavelmente sentado nos seus gabinetes com A.C enquanto os enfermeiros andam ca fora faça chuva faça sol em condições deploraveis...
Um Abraço
Sem dúvida um tema pertinente e ao qual muito temos de agradecer ao SEP, pela manta de retalhos que negociou e à qual resolveu chamar carreira. Agora relembro ao JCA que os principais monarcas a empurrar os enfermeiros para esta e outras tropelias, são os mesmos Directores Executivos que ele tanto salvaguardou aquando das suas ilegais nomeações. Aqueles do curriculum zero, que vinham com tantas virtudes, está lembrado ?
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