sexta-feira, 29 de novembro de 2013
CONSENTIMENTO INFORMADO E ESCLARECIDO PELOS ENFERMEIROS
NB:
Enfermeiro, tal como na receita médica, o poder do Enfermeiro está no saber administrar o medicamento e no de corrigir os erros eventuais da receita, pois se errar é humano, como é reconhecido ao Médico (ver o caso da compressa que cirurgião pode não ver e a culpa é da Enfermeira, que não regista a cegueira Cirúrgica), ao Enfermeiro, como herdeiro essencial do Bom Samaritano, compete-lhe CORRIGIR OS QUE ERRAM, uma das obras de misericórdia, mais falada e útil, na circunstância.
A causa desta coisa é muito simples: o medicamento ou a via de administração podem estar errados; só um ou ambos, que daí não vem mal ao doente. Mas se o Enfermeiro, ao evitar os seus erros não evitar também os do outro, pode causar dano ao doente, até irreparável.
Vale a pena lutar por evitar estas possibilidades de erros humanos, porque o prémio é tentador para os Enfermeiros a quem o crítico chamou, involuntariamente, super-homens, sem saber quanta verdade continha o seu desdem: saber o suficiente para não cometer erros humanos e poder corrigir os erros humanos de outros, autenticados pela ética dessoutros... E, finalmente. deixar-se envolver voluntariamente, por uma nuvem de NEVOEIRO, que não deixe o Enfermeiro Super-Homem, fixar, com clareza, o valor do seu [Acto Enfermeiro]!
É ou não é um prémio tentador e uma compensação justa?!
Vá lá; chamem-me cínico!
Pois bem; [Consentimento Informado] é uma prerrogativa médica, tão sujeita ao erro humano, como o caso do medicamento errado, quanto à dose, à via; à natureza... Ou o da compressa, ESQUECIDA NA BARRIGA DO OPERADO, que é possível não ver, antes de obturar o golpe, que fez. Também pode estar errado, quanto ao meio de comunicação e à pessoa a quem se destina.
Como o Enfermeiro tem por dever ético corrigir os erros humanos e esta coisa do INFORMADO é um deles, deve adicionar-lhe um composto salutar de ESCLARECIDO, ficando, assim, para o "Acto Enfermeiro": [consentimento informado e esclarecido], porque não basta informar; é preciso descodificar a informação, até ao nível da [Enfermagem Transcultural], porque a vítima pode não entender patavininha do "consentimento informado", simplesmente.
Não é muito difícil ao Enfermeiro entender o real significado destas coisas, dada a sua posição privilegiada de proximidade do objecto, que na circunstância, costuma ser o Doente, universo, onde nos incluímos.
Todavia, convém valorizar estas pequenas/enormes prestações, sacudindo para longe a camada de nevoeiro, que, circunstancialmente, espalham à nossa volta.
Que os outros não reconheçam o nosso valor nestas boas acções, vá e não vá; mas que os Enfermeiros se distraiam, isso é que já não é admissível e pode ser considerado vaidade, por excesso de humildade.
[CONSENTIMENTO INFORMADO E ESCLARECIDO]
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