Colegas,
É vosso o mérito do que de bom acontece, no BENCHMARKING do topógrafo rei, em todos os hospitais.
As medalhas, que outros recebem, por vos insultarem, quando as forças vos abandonam e vos obrigam a ficar em casa a retemperá-las.
Aqueles que vos transformam, em objectos, ignorando que sois vós, maravilhosos compostos de corpo, alma e espírito, que dais vida ao hospital, noite após noite; dias úteis, santos ou feriados, é que recebem as vossas medalhas de mérito.
Mas, a vossa medelha não tem preço, nem latoeiro, que a molde, nem presidenta, que a atribua.
Ela está escrita, no livro do destino.
A vossa medlha, caras obreiras, foi fundida na párabola do Bom Samaritano, que é aquele que desce do seu cavalo, em todo o momento, que simboliza a abdicação de tudo aquilo, que a pessoa, que socorre, é e tem direito a ser, desce para ajudar o outro, que precisa de ajuda. É o inigualável fenómeno de abdicar de si, para ajudar o outro, que precisa.
E quando isto é feito com profissionalismo, cada gesto, que fazeis, a qualquer hora do dia ou da noite, constui cada molécula, que vai moldando a vossa medalha, onde se plasma o vosso mérito.
Quando se tem uma direcção, cujos elementos, em vez de vos resolverem os problemas, que vos devem resolver e para isso estão pagos e é a sua função; vos dizem que estais com sorte em terdes emprego, como sendo vós os responsáveis por não haver emprego para todos, despacham-vos; vá lá para o seu trabalho e não me volte a "chatear".
Mas, então, e o meu problema, perguntas aturdida?
O seu problema é seu e guarde-o bem, ou resolva-o, pois não tem o direito de reclamar, pondo em evidência coisas tão pessoais.
Desapareça, antes que a despeça. Vem, aqui tentar estragar a nossa (dele) "benchmarkinguice"...
Parece que já se esqueceu do que ele disse, na televisão, acerca de quem tem problemas humanos por ser humano.
Estúpida, deixar-se engravidar, depois do trabalho que o outro teve a inventar a pílula e o pai do despovoamento familiar, em Portugal, a introduzi-la, nas comparticipações a 100% e nas nossas rotinas e costumes. [agora queixam-se que não nascem crianças. pois não nascem por falta de órgãos para as fazer. Se a função faz o órgão..]
Vai-me estragar a estatística, pois vou ter de prolongar o horário a uma ou mais colegas suas, que não está previsto dinheiro para as pagar...
Nem o Salazar e os seus colaboradores impediram as Enfermeiras de terem filhos. Não podiam era serem matrimoniadas e trabalharem em hospitais públicos, porque os outros eram das Irmazinhas de Caridade.
Se apesar de todo este ambiente, que nem a faca corta, cujos exemplos, que o alimentam, foram escolhidos, ao acaso, ainda conseguis manter as estatísticas, ao mais alto nível do mérito e da honra, como a meta das metas, que servem para enganar tolos por falta de papas e bolos, é porque funcionais numa outra onda, que as venialidades e vaidades do sistema não captam.
Razão tinha o outro, que observou; o Hospital de São João, tem "moto próprio"; seja qual for a gerência, funciona, por si, num ritmo, que mais parece "moto-contínuo".
Grande espírito de observação e síntese o deste observador, que em duas paralavras, que se fundem numa só: - eficácia - traçou o perfil autêntico do CHSJ, que vem de longe e que ninguém tem o direito de posse, sobre ele, muito menos o laureado com a medalha de mérito alheio.
O que está a ser louvado são os vossos sacrifícios diários, não reconhecidos; são os vossos esforços não recompensados. Alegrai-vos, pois o que vai ser louvado é o anti-mérito, que alimenta a feira das vaidades fictícias.
Se ao menos conseguissem ver ou palpar a alma do real, a que dá vida ao Hospital, a todos os hospitais, faziam das medalhas o mesmo que os pasteleiros estão a fazer com o bolorrei, que se sabe onde começa, mas nunca mais acaba; vai até onde houver alguém com fome, nas vizinhanças.
Se não tinham, onde pendurar a medalha do mérito do HSJ, não precisavam de escolher qualquer pescoço; deviam pendurá-la à porta do Hospital.
Não havia, pelo menos, o contrassenso de tentar consensializar o que não é consensual: nós ouvimos os resultado das entrevistas televisivas e os desabafos sentidos, sem benchmark, que os avalie, de gente boa, que produz o fenómeno HSJ.
As medalhas de mérito são coisas de políticos, que gostam de dar nas vistas e parasitar, no esforço contínuo dos verdadeiros mestres e obreiros da obra feita. (Ler Almeida Garrett nas "Viagens na Minha Terra").
Estas despretenciosas, mas sentidas palavras são as medalhas com que o Sindicato dos Enfermeiros louva o vosso esforço anónimo e contínuo e sofrido, em silêncio, o verdadeiro espírito do HSJ.
Bom Natal, onde renasça e se renove a vossa inesgotável esperança e paciência.
Com amizade,
José Azevedo
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