(in Expresso de 28-12-13)
NB:
Como é possível transformar 321 Médicos numa espécie de patinhos feios, que não têm direito a entrar "no seio do bando da patada", sábia e altamente especializada, em generalidades, muitas delas, desde as nomenclaturas, às práticas, não passam de cuidados de Enfermagem mal traduzidos, a começar pelo nome "Enfermeiro de Família" que já possuem desde 1883, com Ethel Fenwick, a tal que fundou o ICN; como é possível!???
Não sou a pessoa mais indicada para lhes dar conselhos, dada a minha objecção de consciência profissional e a opção pela morte natural, assistida ou solitária, pois não deve haver substitutos ou acompanhantes, para estes casos; não obstante, atrevo-me a sugerir-lhes que se mascarem de índios e passem uns tempos na Patagónia, ou nas selvas da Amazónia; ou nas da Colombia; em Cuba, no Alentejo, ou na América Central.
Mas, se não puderem gastar dinheiro para adquirir esses saberes, podem estagiar, uns meses, com alguns desses indígenas, que há por aí. A zona mais fácil de os encontrar é... no Alentejo.
Se puserem uma peninha de ave rara, na cabeça e uns traços coloridos no rosto, que, na selva, têm o mesmo significado que os galões, nos oficiais, ou o das divisas, nos sargentos do exército, com as necessárias adaptações regulamentares, obviamente, poderão ser contratados como eles, os peritos nessa matéria da "Medicina Familiar", feita como se pode demonstrar, ponto por ponto, da Enfermagem individual, à família e à comunidade. Es tríade podem encontrá-la, facilmente, na literatura dos Enfermeiros.
A propósito, lembram-se dos pruridos que a palavra consulta causou, quando começou a ser usada pelos Enfermeiros?
Se em vez de andarem a exercer medicina, nas famílias e fora delas, andassem a dedicar-se, por exemplo, a chocar ovos, sentados longas horas, nas cadeiras dos pequenos poderes, das ARS, ACES e da política, em geral, até podiam obter a tal especialização de "Enfermagem Familiar", que foi trnsformada em "Medicina Familiar", também por culpa de muitos Enfermeiros, que os andaram e andam a ensinar.
Imagine-se que eu era árbitro desta causa ou cousa e podia fazer duas perguntas a um familiar e outras duas a um não familiar?
Uma seria, necessariamente, sobre o que andou a fazer e onde, nos últimos 20 anos;
a outra seria: quantos membros tem e como se caracteriza uma família, para fins de medicina familiar?
A situação destes Médicos, ainda é mais deprimente, pior que a dos Enfermeiros; pelo menos estes, ainda podem exercer a especialidade, desde que não exijam mais dinheiro por isso, nalguns casos até tivemos de intervir, porque queriam forçá-los, mas sem direito a remuneração, que é para equilibrar com os que têm remuneração, a mais. (lembrem-se dos que ganham 7, 8, 25 mil euros, por mês. A fonte é do então Secretário de Estado da Saúde e Saúde, em reunião geral, pela altura da entrada em perda do Governo anterior, chefiada pelo clandestino tirocinante em vendedor de plasma com a marca Octafarma). Já iremos, noutra epígrafe, abordar esta questão remuneratória, seguindo o modelo campesino, do tipo CC/Telheiras.
Então aquele trocadilho das 5 horas de uns, com 40% de acréscimo e a possibilidade de outros, poderem ficar nas 35 horas, a seco, porque compraram a bula ao papa Paulo, naquele domingo do curto espaço pré-troikiano, e até, conseguiram de brinde, poderem comer carne às sextas feiras, imitando outras religiões, como a de Roma; enquanto os do grupo dos 300 (expressão criada pela invasão silenciosa dos chineses, a caminho do Algarve, ricos e anafados com a electricidade que os rios do Norte produzem; as ventoinhas ou eólicas estão a matar a espécie dos morcegos protegida, que também são mamíferos, ou mamões, em vias de extinção) até podem ter de fazer as 40 horas, mas sem mais um cêntimo... como, por enquanto, os Enfermeiros. Conseguida a reposição das 35 horas, vamos tentar ajudar os deserdados, dado o nosso filantropismo natural e também; para possibilitar ao Bastonário, mui Nobre e Digno, da Ordem dos Médicos, treinamento em reacções a causas estranhas. Ele gosta tanto de treinar com coisas de causas banais, não é!?
Foi por causa destas contas, que ficcionámos, há dias, provando, com lógica, na coisa, que a casta dos eleitos, descendentes directos da cabeça do Brama, tinham de fazer, no mínimo, 45 horas semanais, para terem direito aos 40% de acréscimos, mais coisa menos coisa, uma vez que as 40 horas semanais, passaram a ser normais, para os párias e marginais. Ora, sendo os 40% uma espécie de disfarce tosco, do tipo "gato escondido com rabo de fora", a fingir que faziam, mesmo, mais 5 horas, por semana, sem controlo eficaz, (porque controlo àquele nível é ofensa), dos que, então, somente trabalhavam 35 horas semanais, sem mas nem meio mas... os cabeçudos da cabeça do Santo Brama, terão de estar acima da média horária, para terem direito a receber, de forma diferente; ontem eram 35 horas semanais, a média; hoje, são 40 horas msemanais, a média; donde, se estes privilegiados de casta, estão acima da média horária, ainda que fictícia, para eles, é lógico supor que tenham de fazer 45 horas, ou mais, ensaiando, neles, também, aquela coisa esquisita que ataca, actualmente, os Enfermeiros: o virus do sisqual, que consegue produzir anti-horas ou horas negativas, que são diferentes daquelas que faziam parte da canção do falecido A. Mourão: «Ó tempo, volta para trás, dá-me tudo o que perdi», ai, ai...
Se o George Orwell pudesse actualizar aquele texto do "triunfo dos porcos", na quinta dos animais, com mais estas derivações exemplares, pela riqueza do seu significado ôntico, certamente o classificativo dos "animais mais iguais" já não era suficiente para traduzir estas categorias fenoménicas. O Napoleão tinha que puxar pela cabeça porcina para lapidar novos mandamentos.
Como nós temos, também, de treinar técnicas de paciencificar a nossa sede de revolta, contra as injustiças, que alargam a casta dos deserdados. A estratégia da ferrugem, que estamos a usar, como fazem os eleitos, na criação de listas de espera; é eficaz, mas muito lenta e silenciosa, por isso leva tempo a espalhar.
Um pouco de agitação, ainda que a fingir, neste mundo do faz-de-conta, onde as duas negativas se transformam numa positiva (ficção com faz-de-conta) dava alguma animação à nossa triste sina de entulho da gleba, num feudalismo tardio, extemporâneo!
Com amizade e votos de Boas Festas
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