segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SE FOR PARA IGUALIZAR, - VALE A PENA ESPERAR

29-01-2014
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Com a publicação em DR do Despacho 1317-B/2014 de 27 de Janeiro, o qual pretende impor limites à contratação de médicos pelas ARS's e Hospitais EPE's em regime de prestação de serviços, através de empresas de recrutamento e fornecimento de trabalho médico a maior parte das vezes indiferenciado. E mesmo assim anunciando que essas quotas serão 10% inferiores às de 2013…
Tudo isto quando, apesar de todas as promessas e medidas correctoras anunciadas, continuam as resistências das administrações a responder positivamente aos pedidos de transição para o regime de trabalho de 40 horas semanais.
Fazendo as contas ao divulgado, verificamos que estas horas - 72.000 em cada semana - correspondem ao trabalho de 1.800 médicos a 40 horas por semana. Ora 1.800 médicos são muitos médicos.
Claro que se receberem 17€ (brutos, dela tendo que descontar a comissão da empresa, o seguro de responsabilidade civil e ainda para a aposentação) da empresa por cada hora, sem que esta tenha que fazer descontos para a segurança social e sem compromissos com férias e subsídios, será bem melhor do que pagar-lhes um salário. 
Uma pergunta é mandatória: a quem interessa a prestação de trabalho médico nestas condições?
Porque não são abertos de imediato concursos de recrutamento para todas as entidades do SNS e porque não são desencadeados concursos abertos? E se alguns concursos ficam desertos haverá que repensar os moldes em que são lançados e o que os torna pouco atractivos.

NB: sabemos quanto custa aos Enfermeiros fazer cortes nas horas que tanto pesam sobre ombros já cansados.
Mas não fomos nós que incentivamos esta prática dos fora da lei ou da mãe, mais conhecidos por outsourcing.
Mas se for para correr com esses energúmenos contem connosco, pois também queremos ter acesso ao bolo.
Se há moralidade comem todos e se não há; comem também.

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