domingo, 30 de março de 2014

ENFERMEIROS SEMPRE RECEITARAM E RECEITAM

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Enfermeiros saúdam possibilidade de receitar e prescrever




A Ordem dos Médicos opõe-se e diz que se os doentes vão ser seguidos por enfermeiros e médicos, estes não se podem responsabilizar pelo que vier a acontecer.
30-03-2014 14:05
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O Sindicato dos Enfermeiros considera que a possibilidade de estes profissionais de saúde virem a poder receitar medicamentos e prescrever exames “já vem tarde”.

Em entrevista ao “Diário de Notícias”, o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, diz que esta hipótese deve ser estudada sem limites, sobretudo na área da saúde materna.

Para José Correia Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, esta seria uma forma de poupar recursos e tempo.

“Isto vem tarde. É um sinal positivo de que efectivamente o ministro da Saúde e quem o rodeia estão a perceber que há coisas que os médicos estão a restringir nos enfermeiros eu são ilegítimas, não estão de acordo com as normas comunitárias e que finalmente, neste país, alguém está a pôr o dedo nas feridas”.

Reconhecendo que a área da doença deve continuar a ser exclusivo dos médicos, José Correia Azevedo acredita que outras, como a prevenção e o acompanhamento de grávidas, podem ser executadas por enfermeiros.

Já para o bastonário da Ordem dos Médicos, esta medida seria prejudicial para os doentes, porque destruturaria a equipa de saúde, para qual os médicos tem capacidades e responsabilidades específicas.

Jose Manuel Silva põe mesmo em causa a continuidade de Leal da Costa, a quem acusa de não se interessar pelos doentes.

“É evidentemente que se tivermos doentes a ser seguidos ora por médicos, ora por enfermeiros, os médicos não podem assumir a responsabilidade do que acontecer aos doentes ou às grávidas.[sublinhado e pintado é nosso para salientar o atrevimento de se julgar responsável pelo que fazem os licenciados em Enfermagem]Não se pode destruturar uma cadeia de competências, conhecimentos e responsabilidades, que tem proporcionado a Portugal dos melhores indicadores de saúde do mundo. Mas vindo de um secretário de Estado que não tem preocupações com o que acontece aos doentes, já nada nos admira, mas penso que os próprios cidadãos portugueses não vão admitir que isso possa acontecer”, conclui.

[JMS o manipulador de conceitos e preconceitos, começa a dar sinais de doença incurável e um destes dias alguém pode ter a tentação de requerer a sua inimputabilidade, dada a sobranceria que  evidencia, o que não é próprio de pessoas normais.]
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[II]


Enfermeiros querem receitar medicamentos. Concorda?

A polémica está instalada. Os enfermeiros que hoje se reúnem em congresso vão debater o tema. Bastonário dos médicos já disse: "Nem pensar". Dê-nos a sua opinião.



Tal como acontece em Espanha, EUA e Inglaterra, os enfermeiros portugueses também pretendem prescrever medicamentos e exames médicos, avançam o "Público" e o "Diário Económico" citando a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
Explica Maria Augusta Sousa que tais atos seriam sempre realizados com base em protocolos e regras bem definidas e dá um exemplo: "Se o enfermeiro verifica que a terapêutica de um doente crónico está de acordo com a prescrição médica e não há necessidade de reavaliação do diagnóstico, faz sentido que [o paciente] tenha que ir de novo a uma consulta?".
Segundo a bastonária, o objetivo é rentabilizar ao máximo as competências de cada profissional de saúde.
O tema, já discutido com os partidos políticos (à exceção do Bloco de Esquerda), estará em debate esta tarde, em Lisboa, no 3.º Congresso da Ordem dos Enfermeiros.
Os enfermeiros deveriam poder prescrever medicamentos e exames médicos? Dê-nos a sua opinião.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/enfermeiros-querem-receitar-medicamentos-concorda=f652980#ixzz2xSHjTM4J
DN,



Ministério quer enfermeiros a receitar remédios e exames    

Acompanhamento.


Secretário de Estado de Paulo Macedo diz que prescrição de exames e renovação de receitas “deve ser estudada”. Saúde materna será uma das primeiras áreas afetadas.O Ministério da Saúde admite que vai estudar a prescrição de alguns



exames e a renovação de receitas pelos enfermeiros, um alargamento  de competências que é pedido pelos profissionais desta classe há muito tempo, e para a qual se consideram preparados. Em entrevista ao DN, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, diz que “é uma matéria que deve ser estudada e aprofundada sem qualquer limitação”, lembrando que outros países já o fizeram, deixando os médicos livres para outras funções essenciais. Na saúde materna, nomeadamente no seguimento da gravidez, o governante diz que “vai conseguir chegar-se a bons resultados”.

Se a Ordem dos Enfermeiros pede estas mudanças há muito, a dos Médicos opõe-se. “São mudanças que não vão beneficiar os doentes. Para quê mudar um sistema que nos coloca entre os melhores?”, questiona o bastonário José Manuel Silva.



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[III]  Rreforçar papel destes profissionais

Enfermeiros espanhóis vão poder passar receitas





Alguns enfermeiros poderão visitar doentes PÚBLICO (Arquivo)

Alguns enfermeiros espanhóis poderão passar receitas, visitar doentes e decidir se estes devem ser vistos por um médico, caso se concretize a intenção da responsável pela Saúde do Governo Regional da Catalunha, Marina Geli.
Num país com uma "população hipermedicada" com remédios, "é preciso criar um catálogo de fármacos que os enfermeiros possam prescrever", defendeu na semana passada Marina Geli. "O pessoal de enfermagem deveria receitar uma grande variedade de substâncias para numerosas doenças", à semelhança do que acontece na Suécia e nos Estados Unidos, assegurou, considerando lamentável a desvalorização da profissão de enfermagem.

Partindo do princípio de que este grupo profissional está "absolutamente infravalorizado", a responsável da área da Saúde do Governo regional quer que sejam criados mecanismos eficazes de reforço do "papel do enfermeiro". A responsável defende que os profissionais de enfermagem devem ter uma acção chave nas unidades de cuidados primários e nos programas de saúde pública comunitária.

Nos próximos quatro anos, o Governo autónomo da Catalunha quer dar "prioridade" à saúde pública, anunciou. A responsável, que quer alargar a aposta na promoção da saúde e na intervenção na comunidade, vai incluir na actividade dos centros de saúde a prevenção do tabagismo e do alcoolismo, a actividade física, a dieta da população e os acidentes laborais.

Marina Geli anunciou ainda a intenção de introduzir medidas que dêem aos médicos maior autonomia, sem que isso afecte a sua situação contratual. Os clínicos, defendeu a responsável, "devem ter mais poder decisivo nos centros de Cuidados Primários e nos hospitais", já que, em Espanha, é grande a desigualdade no acesso "ao médico de família, e ainda mais se se tratar de um especialista".
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{IV}   

Enfermeiros querem passar receitas de medicação e exame

Publicado em 2013-06-21

foto Natacha Cardoso/Global Imagens
Enfermeiros querem passar receitas de medicação e exames
Os enfermeiros querem poder prescrever medicamentos e meios auxiliares de diagnóstico, uma medida defendida pelo bastonário da Ordem para prevenir "muitos erros de medicação".
"Os enfermeiros são responsáveis por mais efeitos adversos evitáveis do que qualquer outro profissional de saúde. Logo, se a evidência científica atesta as competências dos enfermeiros para evitar erros de medicação ou efeitos adversos, por que razão não podem os enfermeiros prescrever formalmente fármacos e meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica", questiona o bastonário Germano Couto, segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com a nota, na sessão de abertura do VII Encontro Ibérico de Enfermagem, que decorre em Leiria, Germano Couto recorreu a estudos realizados nos Estados Unidos para indicar que que os enfermeiros detetam 86% de todos os erros de medicação antes de eles ocorrerem.
"Não se trata de substituir uns profissionais por outros nem tão pouco de usurpação de funções, mas de reconhecer o que é uma prática, pois os enfermeiros já prescrevem atualmente", defende a Ordem.
Para o bastonário, esta medida permitiria aos utentes a "efetiva liberdade de escolher o profissional" e ainda acabaria com consultas ou outros atos redundantes.
Segundo a Ordem dos Enfermeiros, o Estado pouparia pelo menos cerca de 1,8 milhões de euros e 150 mil horas de cuidados de médicos de família caso as competências dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica fossem rentabilizadas no seguimento de grávidas de baixo risco, "sem prejuízo da qualidade assistencial".
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{V}         do doutror Enfermeiro

[ melhor profissão do mundo: Enfermagem. O título deste blog traduz de forma simbólica o actual paradigma da profissão. Reflecte a evolução académica, científica, técnica e humana da classe. Os Enfermeiros não querem ser apelidados de "doutor", pois, orgulhosamente, existe um título que os define e torna únicos: "Enfermeiro".
quarta-feira, Janeiro 03, 2007

Enfermeiros espanhóis vão poder prescrever fármacos...




Eu sempre apoiei esta causa: os enfermeiros devem poder prescrever certos fármacos. É claro, que isto não seria feito de uma forma simples e linear, seria necessário certificação da formação para ser Enfermeiro-prescritor. Os nossos colegas espanhóis querem seguir o exemplo dos Enfermeiros americanos, suecos e ingleses...
Leiam com atenção exte fabuloso artigo. As verdades são para serem escritas e ouvidas:


"Autoridades de saúde querem reforçar papel destes profissionais, explicou a responsável catalã pela pasta.

Alguns enfermeiros espanhóis poderão passar receitas, visitar doentes e decidir se estes devem ser vistos por um médico, caso se concretize a intenção da responsável pela Saúde do Governo Regional da Catalunha, Marina Geli.

Num país com uma “população hipermedicada” com remédios, “é preciso criar um catálogo de fármacos que os enfermeiros possam prescrever”, defendeu na semana passada Marina Geli. “O pessoal de enfermagem deveria receitar uma grande variedade de substâncias para numerosas doenças”, à semelhança do que acontece na Suécia e nos Estados Unidos, assegurou, considerando lamentável a desvalorização da profissão de enfermagem.



Partindo do princípio de que este grupo profissional está “absolutamente infravalorizado”, a responsável da área da Saúde do Governo regional quer que sejam criados mecanismos eficazes de reforço do “papel do enfermeiro”. A responsável defende que os profissionais de enfermagem devem ter uma acção chave nas unidades de cuidados primários e nos programas de saúde pública comunitária.

Nos próximos quatro anos, o Governo autónomo da Catalunha quer dar “prioridade” à saúde pública, anunciou. A responsável, que quer alargar a aposta na promoção da saúde e na intervenção na comunidade, vai incluir na actividade dos centros de saúde a prevenção do tabagismo e do alcoolismo, a actividade física, a dieta da população e os acidentes laborais.

Marina Geli anunciou ainda a intenção de introduzir medidas que dêem aos médicos maior autonomia, sem que isso afecte a sua situação contratual. Os clínicos, defendeu a responsável, “devem ter mais poder decisivo nos centros de Cuidados Primários e nos hospitais”, já que, em Espanha, é grande a desigualdade no acesso “ao médico de família, e ainda mais se se tratar de um especialista”.»

Eis um texto que extraímos do jornal “o Público” de 26/12/2006.

Como nos sentimos tristes por não termos, em Portugal, autoridades sanitárias (Ministro da Saúde e seus “pódós”) com a visão desta Catalã, que olha para o mundo e vê como ele está a resolver os problemas de saúde. Tenta copiar exemplos construtivos, evoluídos, como os que lhe serviram de inspiração; da América à Escandinávia toda. Podia incluir Canadá e Austrália, Reino Unido e outros países: muitos mais!

Nós continuamos cobertos por um manto lúgubre, de apagada e vil tristeza. O nosso ministro (não temos outro, nem se divisa quando o podemos vir a ter), em vez de tentar reduzir a despesa com a saúde (doença), inventa maneiras de aumentar a receita, através de taxas ilegais, inconstitucionais, mas sobretudo, imorais. Não está a servir-lhe de fonte inspiradora o curso da “economia em saúde” que foi obter à América, com bolsa de estudos autoatribuida, no pós “Pintassilguismo”. Em vez de o ensinar a poupar, ensina-o a gastar.

Nos “cuidados primários” (de principais, de básicos, de essenciais), em vez de potenciar o papel dos enfermeiros, abafa-o com a primorosa ajuda do Dr. Pisco, que se rodeou de pobres pategas, a quem o ministro entrega a “missão” nobre de criar mais um monstro, que só complica: as USFs, tão recentes e tão famigeradas, já. Não podia esperar-se outra coisa, de um médico presidente da Associação do Clínico Geral, criada com o fim de defender o exclusivo destes clínicos dentro do contexto geral dos cuidados primários. O Dr. Pisco encomendou enfermeiras que o ajudassem a enganar as colegas. E conseguiu as. Só teve dificuldade em aplicar os critérios de selecção ao elevado número de concorrentes. A Ordem dos Enfermeiros, em vez de impor o papel correcto dos seus membros, como lhe compete, ontologicamente, entregou membros do seu elenco para ajudarem a complicar as coisas e a optar por caminhos errados. Podia ter dito quais as competências que detêm os Enfermeiros, hoje licenciados e impô-las, como devia e deve proceder. Preferiu mandar serviçais sem imaginação nem formação, para servir o amo, regressando à Idade Média, onde as relações eram de soberanos/suseranos.

Quando o caminho deve ser no sentido de limitar os ímpetos dos “inventores de doenças” para justificarem os medicamentos que receitam;

Quando a economia em saúde aconselha a reservar os medicamentos para os doentes, o ministro deixa que os “prescritores” invadam a área dos saudáveis, para aumentarem o número de consumidores de medicamentos, logo de despesa, que a nossa débil orçamentação pública não aguenta, dizem, a não ser que se inventem taxas e taxas, com fins demagogicamente nobres (como os do cancro que o ministro usou), quando está em causa o consumo lucrativo de remédios, curiosamente bem disfarçado, com um pseudo esforço intencional de o restringir. Mas de boas intenções…

Outros povos já tiveram este problema e resolveram-no, substituindo os remédios e apêndices, potenciando a acção dos Enfermeiros, demasiado evoluídos para estarem a ajudar médicos em acções muito pouco importantes para a melhoria dos cuidados de saúde. Receitar medicamentos; prescrever meios auxiliares de diagnóstico, a quem precisa e não precisa, é enganar o Povo. Apenas serve para aumentar os gastos e inventar os destinos para verbas arrecadadas.

Não é difícil encontrar seguidores destas políticas erradas, tanto nos prestadores, como nos utentes dos seus préstimos: os primeiros, porque é mais lucrativa e fácil a acção que desenvolvem, bastando agir no sentido de a tornar credível e útil, mesmo que o não seja; os segundos são vítimas da possibilidade de um dia estarem doentes e até morrerem. O fundamental é encontrarem quem lhes evite a doença, mesmo que seja com o recurso a remédios, usados em doentes, como recurso e por se crer serem, para estes, o menor dos males (porque os medicamentos, todos eles, têm efeitos secundários, isto é; além daqueles para que estão indicados, podem fazer adoecer e matar, até).

Os Enfermeiros, mediante a expansão das suas capacidades reais, são a melhor solução para este estado de coisas, que não deixaremos de publicitar, de várias formas, através dos meios, ainda disponíveis, fora do controlo. Nem nos cansaremos de difundir as nossas convicções, séria e profundamente reflectidas, sem fins exclusivamente corporativistas, mesmo que a máquina comercial e industrial tente abafar a nossa mensagem. Pretendemos pô-la ao nível das consciências, dos Enfermeiros, dos Médicos de recta intenção e dos utentes que procurem a verdade da sua situação e queiram aprender a viver com ela, em vez de morrerem para se libertarem, do seu desígnio de seres mortais, mesmo que isto seja um prejuízo para os “inventores de doenças” e “fabricantes de remédios”, uns e outros, devidamente caracterizados e identificáveis, hoje. A nossa proposta é necessariamente mais humana e eficaz, não há dúvidas. Basta encontrar ministros que percebam o que é saúde e doença e saibam como preservar uma e atacar outra, dentro dos limites que a natureza humana nos proporciona.

Não digam, por favor, muito perto de nós, que o actual e reciclado ministro da saúde, percebe muito disso. Os factos demonstram que percebe pouco e mal.
"




Fonte: www.sen.pt

Comments:
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Caro colega. Como sabe a prescrição de terapêutica em determinados contextos clínicos não é caso único em Espanha. Assistimos desde o início de 2006, no reino Unido, à prescrição pelos enfermeiros Ingleses de terapêutica. E, pelo que se sabe, têm sabido estar à altura das suas responsabilidades. O que não nos surpreende.
No entanto será muito curioso observar a forma como esta matéria será discutida em Portugal, não só pelos enfermeiros como naturalmente pelos médicos. E não nos podemos esquecer que temos uma classe médica de alguma forma conservadora. Veremos quando esta questão for seriamente discutida em Portugal o comportamento de todos os actores dentro do Sistema de Saúde. Sim, porque esta questão também vai cá chegar.
Convido-o a aceder ao blog:
enfermagemportuguesa.blog.pt.
Abraço
Meu caro amigo, só tenho uma coisa a dizer: não és gago e sabes o que estás a dizer. Parabéns por esta excelente exposição. Nem me atrevo a estragar o que está escrito. Digo só o seguinte: será que foi para ter a Ordem de Enfermeiros que temos que eu (com os demais)me mobilizei????? Seguramente não! Pior que aturar as prepotências e reminiscências de um tempo Jurássico, é mesmo pactuar com elas, que é exactamente o que a nossa Ordem tem feito! Até quando?...
Eu não concordo com essa situação, os enfermeiros não devem fazer prescrição terapêutica, isso é um acto médico e deve continuar assim, se querem fazer isso devem seguir o curso de medicina, porque qualquer dia não sabemos quem é quem, e isso já esta acontecer.
Caro Paulo, a prescrição de que se fala, é simplesmente legalizar a terapêutica que muitos enfermeiros administram sem cobertura legal. Claro que não será todo o tipo de terapêutico farmacológica. Serão apenas fármacos "generalistas". É útil ter poder prescritivo para quando por ex. um enfermeiro, faz uma visita domiciliária, observa e diagnostica alterações dos hábitos urinários por infecçlão do tracto urinário, e prescreve um ciprofloxacina. Simplesmente vai encurtar todo o processo de: voltar ao centro de saúde, comunicar ao médico, o médico deslocar-se para observar, prescrever o fármaco, etc, etc, etc... o enfermeiro faz de imediato o que médico também faria.
Além disso, o enfermeiro faria a triagem das pessoas que realmente necessitam de ser observadas pelo médico...
Noutros países, esta intervenção dos enfermeiros têm tido muito sucesso.
Outra questão: o controlo da dor que a Ordem dos enfermeiros tanto apregoa... se não prescrevermos pouco está ao nosso alcançe... apenas informar o médico e ficar à mercê da sua decisão...
Mais uma vez, cinco estrelas na resposta!Se me fôr permitido,também gostaria fazer um pequeno apontamento ao amigo Paulo. Caro amigo, a sua opinião, tal como a minha, valem pelo que valem, mas deixe que lhe diga o seguinte, haverá poucos profissionais que estariam mais habilitados a prescrever medicação que os enfermeiros. Como sabe, é prática diária a manipulação e administração de fármacos por parte de enfermeiros (com tudo o que isso acarreta). Também como sabe, existem simpósios terapéuticos desponivéis (graças a Deus) a todos quantos queiram ler. Portanto, e tendo em conta, que já há uns anos largos, a enfermagem é leccionada a nível superior (como o amigo certamente saberá) presumo que todos os enfermeiros saibam ler (concordará, não?)Se formos então à etimologia da palavra Medicina, compreendo que médico será aquele que estuda/desenvolve medicamentos, mas então onde é que cabe o farmacêutico? Se calhar não cabe, certo?
Poderia explanar, um pouco melhor a sua opinião, amigo Hugo Roque? E já agora, se desejar (lembro que tem todo o direito ao anonimato), identifique pelo menos o seu grupo profissisonal, pois pelo comentário fiquei com a sensação que é farmacêutico (ajudaria de certo modo a compreender melhor esta discussão).
Desde já, obrigado.
Saudações! Respondendo ao apelo feito pelo amigo doutor enfermeiro, desde já informo que sou enfermeiro, com muito prazer, mas com algum descontentamento (mas não estaremos todos nós?). O que eu queria dizer com o meu comentário anterior, é de que não entendo, como tal não aceito, a argumentação apresentada no que diz respeito para o facto de o enfermeiro não poder (ou não dever) prescrever fármacos!
Um abraço!
Só uma pequena correcção ortográfia: onde está "desponíveis", deverá ler-se disponíveis!
Obrigado!
Colega Hugo,
defina com clareza a sua posição. É a favor da prescrição de alguns fármacos por parte dos Enfermeiros?
Essa da infecção levar uma ciprofloxacina é de rir... como sabe que é uma infecção urinária? que diagnósticos diferenciais colocar? sabe se as quinolonas serão o melhor antibiótico para a pessoa em causa... ou acha que infecção urinária é igual a ciprofloxacina só porque vê muitos médicos a prescreverem... mau demais de para ser verdade...
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Sr. Anónimo, a ciprofloxacina foi apenas um mero exemplo.
Não vou aqui, de forma alguma, discutir farmacologia.
No entanto permita-me dizer-lhe que por esse país fora, milhões de embalagens de antibióticos (entre eles a ciprofloxacina) são receitados por médicos, sem qualquer exame complementar de diagnóstico, ou seja, sem saber se determinado fármaco é aconselhável ou não para o utente. Basta ir a uma urgência hospitalar, para ver receitados todo o tipo de antibióticos de ânimo leve.

O médico por exemplo, quando vê chegar à urgência um utente que se queixa de "ardor ao urinar, urina turva e fétida", provavelmente receitaria uma quinolona, SEM recorrer a qualquer teste. No máximo, usaria um combur-test. O enfermeiro faria o mesmo. Qual a diferença e o espanto?

De qualquer forma, brevemente vou "postar" aqui um estudo britânico, que foi publicado após dois anos de prescrição por enfermeiros, e que avalia as mesmas. Este estudo veio demonstrar aos cépticos, que as prescrições feitas por ambos os profissionais (médicos e enfermeiros) tinham o mesmo nível de qualidade, eficácia e eficiência, sendo que os enfermeiros eram inclusivé superiores na prescrição correcta de certos fármacos. (lembro que este estudo apenas tem em conta os fármacos que os enfermeiros podem receitar).
Um abraço.
Caro colega doutorenfermeiro, sou claramente a favor da prescrição por parte de enfermeiros (mais uma vez volto a afirmar: com tudo o que isso acarreta) O Sr. anónimo (provavelmente promotor de doenças,será??) deve estar equivocado, ou então diria que anda um pouco distanciado da realidade... mais de quantos desgraçados que vão às urgências com uma disúria, levam com o "tratamento chapa 5"??
Inteiramente de acordo.
"tratamento chapa 5"?? "milhões de embalagens de antibióticos (entre eles a ciprofloxacina) são receitados por médicos, sem qualquer exame complementar de diagnóstico, ou seja, sem saber se determinado fármaco é aconselhável ou não
Se a vossa argumentação é (apenas)essa de facto não há volta a dar - vocês não de facto habilitados a prescrever seja o que for. Ver fazer, ainda que de uma forma repetida, pode parecer igual mas pode não ser - conseguirão diferenciar? A resposta demora, meus senhores, algum tempo a conseguir... notas que atestem um secundário bem feito + 6 anos de faculdade + 2 anos de internato geral (modelo antigo, agora já não) + especialidade que varia de 3 a 6 anos sendo em média 5 anos
E para não ficarmos em abstracto conseguirá responder a estas perguntas sem fazer pesquisa bibliográfica - pela clínica que referiram quais os diagnósticos diferenciais e implicações terpêuticas, que antibióticos usar (indicações e efeitos laterais).
"sem saber se determinado fármaco é aconselhável ou não" - esta situação meus senhores é o que acontece em todo o mundo e chama-se antibioterapia empírica... não tem outra maneira de ocorrer... e qual o interesse do Combur nestas e noutras situações? (ou é só olhar para as cores)
Eu sou contra essa decisão, pois nem os atendentes de farmácia ( que tem conhecimento em medicamentos ) devem indicar algum medicaamento,exeto algum para dor de cabeça...Veja aonde já chegou a situação...o que vc pensa sobre isso? medite e se lembre que todo medicamento indicado sem prescrição medica pode trazer sérios problemas...

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Hoje fui contactado pela Rádio Renascença sobre um tema recorrente [os Enfermeiros vão pode receitar] e que se sauda, não por os Enfermeiros poderem receitar; sempre puderam e sempre receitaram, receitam; quando as circuntâncias o exigem e não há nenhum médico por perto, livre do computador. Também têm que fazer qualquer coisa, para merecerem algum do que ganham.
O problema é o exercício livre da obstetrícia por parte das Parteiras, que têm uma lista dos medicamentos da especialidade que a OMS actualiza anualmente, para Parteira receitar mas que, ao não serem convencionados, tão legitimamente como as receitas médicas (imperativo dos lobi médico agónico), as clientes das Parteiras vão a estas para receberem a assistência e depois vão ao escriturário Médico transcrever para Cliente de Parteira ter direito à comparticipação, eis um belo exemplo das mais requintada irracionalidade.
Conclusão:
Em Portugal não há falta de Médicos; há falta de imaginação e coragem para contrariar a lobicultura e reter os Enfermeiros a prestarem a assistência necessária aos compatriotas que os ajudaram a formar para irem ser úteis noutras paragens, onde são valorizados e bem vindos.
Portanto; o que o MS vai fazer é cumprir a Directiva Comunitária que a lobicultura médica tem impedido de cumprir em cumplicidade mútua.
Faz-me tanta pena ver o Bastonário dos Médicos a imitar os congressos que o Padre Fontes faz em Vilar de Perdizes , cerca de Montalegre!
Todavia há uma diferença:
Vilar de Perdizes baseia-se na fé, na crença de cada um;
JMS abusa da ciência, que nestes casos não se aplica, porque não há uma das componentes da ciência - a UNIVERSALIDADE, aplicável à individualidade das pessoas. Mas há ARTE!
Quanto à arte de partejar, essa é das parteiras, antes de se deparar uma distorçao da normalidade do parto.
Irra!
O Homem é teimoso e dá mostras de não olhar para os espelhos para ver a figura triste que faz com os seus pretensos exclusivos!
Só tem desculpa porque a culpa também é nossa de o deixarmos sozinho a falar de coisas que não conhece, como sejam: a competência das parteiras para seguir grávidas, puérperas a ajudar em partos normais, quando se respeita a Mãe e o Filho, o diálogo profundamente humano entre ambos e o equilibrio entre a oxitocina e adrenalina, sob o olhar atento e  maternal da parteira,  sentada aos pés da cama, a tricotar ou a fingir. que dorme.
Oferecemos um extracto do texto de Michel Odent sobre a CESARIANA:









COLEGAS,

Vale a pena ler isto porque vamos entrar em cena, se o Governo puser os óculos de ver, mesmo que tenha que os pedir emprestados aos países que dão exemplos construtivos nesta área e que a extintas Caixas de Previdência, em Portugal, foram modelo a seguir, se e se...

Com amizade,
José Azevedo

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