domingo, 6 de julho de 2014

NOTICIÁRIO DA SAÚDE




















Notem, para adicionarem à 9ª lição sobre Acção Sindical. inserta neste blogue, e as formas de agitação, que refere, como é que se faz a agitação da opinião pública, completando o raciocínio do Secretário de Estado Leal da Costa [A Ordem dos Médicos actua como Sindicato].
1 . Toda a greve não tem nada a ver com os interesses dos Médicos, por que estes são todos orientados para o interesse dos utentes, dizem eles para quem precisa de acreditar.
2 . Na passada, além do apoio à greve, que não deixa de ser curioso, dado que a Ordem é uma emanação do Governo, dá uma ajudinha aos Sindicatos marcantes da greve, mobilizando os utentes para a frente do Ministério da Saúde, no dia 8, às 15H30 e aconselha a não irem buscar receitas ou análises aos CS ou Hospitais. Esqueceu-se de dizer {a não ser que estejam mesmo doentes, porque nesse caso, recorrem às urgências, onde é feita a triagem do seu "caso", por Enfermeiro atento, eficaz e mal pago}.
3 . Num extenso comunicado, a OM explica que estão em causa a "qualidade do SNS e os direitos dos utentes" e que "apesar de ter soluções [que o SE contesta], o Ministro continua a não dar um Médico a cada Família. Abrimos aqui um (.) para dizer que essa do Médico de família é método que não se usa, no mundo racional e bem informado. Se o Médico estiver a trabalhar por convenção ou avença, como estão os analistas, radiologistas, oftalmologiastas, irão ver se é necessário aos utentes, irem dormir à porta do CS para "mendigarem ao todo poderoso mandrião intencional" uma consulta para os próximos dias distantes, com a ansiedade de terem a informação da doença real ou fictícia, que o Dr. Know lhes inventou e implantou em cada hipocondríaco saudável, que prefere desenvolver a ideia de doença, que o Médico lhe impingiu, a viver saudável e contente.
4 . Acusa o Ministro, seu patrão, (e é bem feita), de estar a dificultar o acesso a medicação inovadora.
Mas isso de ter acesso a medicamentos inovadores, tem reservas sérias, pois se modificam o estado do doente, nem sempre os resultados mediatos são baratos. Veja-se o serviço do outro, (que até foi nomeado controlador nacional da coisa) onde ao fim de 3 dias, todos os que lá entravam, em muito mau estado, no seu serviço, eram transformados em doentes resistentes à antibioticoterapia normal, impondo... o recurso aos antibióticos da última geração, a inovadora, que trazem de "brinde" a destruição do rim e a necessidade de hemodiálise, temporária, geralmente, porque o doente morre; definitiva, quando sobrevive. Esta linguagem requer a bolinha vermelha, mas não deixa de relatar factos concretos.
5 . Neste terreno escorregadio, às vezes a boca foge para a verdade; "não contrata os profissionais essenciais", é verdade, mas por profissionais essenciais não se entenda "Médicos", muito menos de Família, onde há mais profissionais, num método errado de utilização do Médico. Nos Hospitais há Médicos a mais e a OM/Sindical sabe que é verdade. Podem é fixarem-se nas grandes cidades do litoral. Mas se é para lá que se deslocam as populações...
6 . Quanto ao contratar Médicos estrangeiros (vulgo cubanos, colombianos, peruanos), pode muito bem ser de acordo com a Octapharma de que o ex-Primeiro Ministro, José Sócrates é excelso encarregado de negócios de plasma, que essa multi negocia, para a Sul-América e não só, pois também lhe deram, cá, em Portugal, o exclusivo da plasmoterapia, o que conduz ao desperdício de milhões de litros de plasma, que vão inquinar as lixeiras nacionais, porque é proibido aplicar do nosso. Agradecemos a referência discreta aos Enfermeiros emigrantes, pois são profissionais de saúde e os mais essenciais. Curiosamente, vão para Inglaterra, que não é destino habitual de Médicos que "emigram para se especializarem". Porque aí, aprenderam de há muito, a valorizar os Enfermeiros e o seu papel, no SNS inglês. E, como se pode ver, nos gráficos publicados, neste blogue e mais que uma vez, repetidos, que a Inglaterra é o país, onde o cidadão paga menos para a saúde, nas suas despesas médias, enquanto Portugal é o país da UE, onde se paga mais: (5,8%, em Portugal contra escassos 1, 6% Inglaterra).
Agora, se a OM quer saber por que fogem os Profissionais Essenciais à Saúde - os Enfermeiros, para Inglaterra, local para, onde não fogem os excedentes Médicos de Portugal, a razão é só uma; valorizam, lá, os Enfermeiros, porque o sistema não é médicocentrico ou medicomaníaco, que se pronlonga, repetindo evidentes distorções e desperdícios, no nosso país, que, desta forma, diversifica a crise da crise. Não é novidade que; quanto maior for número de canetas médicas a funcionarem, mais aumentam os lucros das "forças do mal" na classificação de Matthias Rath, Médico alemão.
7 . O Ministério da Saúde não publica a lei do "Acto Médico", que permitiria o combate ao exercício ilegal de medicia. O problema não está na publicação do "acto médico", mas sim, na sua definição. É que para a OM o cliente, utente, padecente, paciente, saudável ou doente é um exclusivo da Arte Médica.
Só o Médico, com ou sem "badameco", com ou sem "escuta pulmões", esse símbolo diferenciador de quem o transporta, qual gerador de imunidade activa, pelas bactérias que naturalmente semeia...
Talvez seja mesmo necessária essa discussão e consequente publicação, não dos abusos com o exercício ilegal de medicina, mas com as inevitáveis delimitações, até para que a opinião pública conheça, antes de acamar, o que é um Enfermeiro e no que se não pode, nem deve confundir, com um Médico.
Florence Nightingale, quando regressava da Gueera da Crimeia, onde, na assitência aos soldados feridos, reduziu a mortalidade de 42% para 2% (já havia Médicos lá, com o seu método científico, mas foi ela que conseguiu a redução, antes de ter nascido o dr. antibiótico, vencer o combate à gangrena e à erisipela, com o arejamento estratégico do ambiente: tão simples, tão natural e eficaz. Foi ela que desenhou, em Portugal, a planta do Hospital de Dª Estefânia, Lisboa.
Pois, quando o seu método e práticas da escola de Enfermagem autónoma, de outros métodos e práticas, que fundou, foi posta à apreciação da OM inglesa venceu a guerra entre as duas Profissões, com 2 votos a favor e 98 contra, não obstante.
Porque; nem Enfermeiras nem Médicos eram portugueses, os 2 votos de honra, lançaram a criadora da Enfermagem modernizada, na imortalidade, com direito a sepultura no panteão inglês e a Enfermagem fixou os parâmetros da sua individualidade, da sua arte, com fronteiras abertas à vizinhança, onde se coloca a medicina, com que não se pode confundir, como erradamente, os que só sabem de si, quando sabem, sem perceberem que não são nada nem ninguém, sem os outros, onde estamos incluídos.
Venham de lá os limites!
8 . Essa de os Médicos da Familiar não terem tempo para a saúde no trabalho "Eça é de Queirós", por estarem ocupados, com o que não deviam estar, dada a sua formação, em patologia (doença), donde deriva a sua tendência, para inventar doenças, que consumam exames microscópicos a ausências que se vêem a olho desarmado, e remédios, como determina o cartel que paga a formação "ad hoc"... ficamos por aqui.
9 . O Ministério impõe limitações à reforma dos Cuidados Primários. Isto é um sofisma dos melhores.
Não é o Ministério que impõe limitações; é, sobretudo a Organização Mundial de Saúde, com o seu Relatório, que sendo discordante do lobby médico, valeu a extinção da "alta autoridade" e a óbvia destituição da sua Alta Autoridade, porque teve a coragem de convidar os peritos da OMS para estudarem as doenças do nosso SNS/medicocentrico, que, sendo o que são e sabendo o que sabem sobre estas matérias disse o que nós já dizíamos e continuamos a dizer; ["entreguem os CSP ao licenciado em "Ciência Enfermeira" - os Enfermeiros], com as reservas que o ser humano, uno, indivíduo comporta e as exigências ônticas da gnosiologia, digo eu.
10 . Os Médicos não se fixam no interior do país. Sejam de que tipo forem os concursos, porque é o seu estatuto de "fora da lei", que lhes permite talharem a lei de acordo com as suas conveniências.
Negue a OM que havia Médicos, no interior e nos CSP a ganharem 27.000 €€ (vinte e sete mil), como disse Manuel Pizarro, sendo Secretário de Estado da Saúde. E na mesma reunião estavam representantes da OM, que só ganhavam 2800€€, por mês, no litoral, com a obrigação de verem os emigrantes e todos os que não cabem na elite USF. O mesmo ou o parecido ao que acontece com as UCC.
11. As recomendações finais são um conjunto ideal de sugestões, para os profissionais de saúde, que integram os CSP e, não só. Mas, se o MS quer acabar com as doenças extraordonárias, nos CSP, como acabou com as horas extraordinárias pagas, em dinheiro, nos Enfermeiros, tem de retirar ou ir retirando, de lá, os Médicos e não continuar a contratar Cubanos e outros PV da zona tropical, porque o nosso clima é temperado. Por isso deve encarregar Enfermeiros (não os da ERA, viciados em estratégia errada, que podem muito bem ser os que vão chegar os pregos, quando o Comité Medico sentenciar a crucifixão do Médico Francisco Goiana da Silva, que, em entrevista ao jornal  (i) de 2/7/14, indiciou 500 oportunidades de mudança a operar no nosso SNS e nenhuma delas está incluída  na lista das reformas, que a OM queria impor para os CSP e H), para Enfermeiros adequados irem montando UCC, à medida que o FNAM/PCP, não filiada em nenhuma Central Sindical, pasme-se, diz Mário Jorge Neves Médico do Comité Central do PCP, vai fazendo manifestações espontâneas por falta de Médicos Familiares, da Familia FNAM, entenda-se.
O facto de nunca ter havido, até hoje, nenhuma manisfestação "espontânea" (até a do Algarve foi instrumentalizada por...) a exigir Enfermeiros para o CS x,y,z, é indicador seguro de que os Enfermeiros se esfarrapam todos para que os clientes não vão fazer fogueiras, à porta dos CS, para serem vistoriados pelo João Semana, lá do sítio, o que pode desembocar numa fraude das "listas de espera" e os respectivos SIGIC, agora, também, para os CSP. E com essa maneira de estar ninguém os nota porque não fzem sentir a sua falta.
Aproveite os Enfermeiros, como dizemos, tmbém nós, porque dificilmente virão a ter outras intenções, para além de aperfeiçoarem o método de assistência sanitária básica.
Olhem para a vergonha das VMER, onde o Enfermeiro vai acompanhado do Médico, para fazer o relatório e chegar material, ao Enfermeiro, que actua. E quando não há o "escriba" os bombeiros não deixam actuar a VMER. Convém recordar que na zona de Lisboa, a VMER não era tripulada por Enfermeiro, mas por um segurita em emprego temporário, lembram-se?
A vergonha está, em confundirem a eficácia desta assistência, obra de Enfermeiros, sem falsas modéstias, para preencherem o lugar de Médico, com um estrangeiro, em adaptação linguística,  com doentes sinistrados, que geralmente não falam. E nós que transitamos pela vida fora e por outras vias, toleramos isto.
Que quererá dizer, nestes casos; segurança e qualidade, para a OM?

Venha lá a greve dos Médicos Fnamistas, com alguns SIMistas, por arrasto.
Tal como as outras, que a antecederam, vai demonstrar que tudo vai decorrer normalmente, pois as receitas e as análises a mais, só fazem mal à saúde e aos cofres do Comparticipante. Podíamos, até, antever, que a coisa, até vai funcionar mais bem, com menos Médicos, como vimos dizendo, aos 4 ventos, que nem ouvem nem vêem. É uma boa altura para estudar os efeitos da greve.
Se esta greve não é para satisfazer as exigências da Ordem, tapando os olhos dos outros profissionais dos 15%, onde se incluem os Enfermeiros, fingindo o MS, que cedeu, porque não tinha outra saída (e tem centenas delas, com diz o Dr. Goiana, acrescidas das que temos proposto e repousam na gaveta, sem veto nem deferimento) senão aumentar a percentagem dos 85% da massa salarial do MS, reduziondo nos 15% destinados a remunerar todos os outros, nós desmentimos essa hipótese.
Há uma incoerência nesta greve; se a maioria das instituições de saúde são administradas, bem e/ou mal por Médicos, cuja formação médica custou rios de dinheiro ao Estado;
Se o figurino actual foi desenhado por Médicos e uma grande parte pelo consentimento besta de Correia de Campos e de Filipe Pereira, com a sua obcessão pelos Directores de Serviço, ainda não perceberam que as reorganizações dos Serviços de Saúde passam pelos Enfermeiros terem um papel mais relevante na administração dos Serviços de Saúde, quer nos Centros de Saúde, quer nos Hospitais, quer antes e depois deles!
Ou estão a fingir que não percebem.
Reformar com os mesmos é para medicalizar ainda mais o que já está mal.
Venha a greve que, pela aragem logo veremos que vai na carruagem.
Como a Classe Médica não presta serviços essenciais, não vem mal ao mundo com mais ou menos dias de greve desnaturada com a intervenção da OM.


 

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