Vale a pena ler esta manobra de interesse disfarçada de interesse público.
Há dias uma Colega Enfermeira, nossa Delegada Sindical, foi corrida a pontapé, da Póvoa de Lanhoso, para Vieira do Minha, estando colocada, na Póvoa de Lanhoso.
Qual foi o seu crime para ser transferida sem processo disciplinar, nem cuidarem de a indemnizar do acréscimo de despesa?
Foi não ser escolhida pelo bando.
Apesar de estarmos à espera que nos justifiquem por desrespeitam a lei (que garante aos Delegados e Dirigentes Sindicais não serem mudados de local de trabalho sem o seu consentimento e o do Sindicato a que pertencem, ninguém liga patavina, à revolta que estas atitudes gratuitas, concretizadas por boçais vão germinando no interior das vítimas.
Impõe-se saber por que razão vem uma Enfermeira de Vieira do Minho trabalhar para a Póvoa de Lanhoso e por que vai a de Póvoa para Vieira do Minho?
Comecemos por analisar o que faz e com colaboradores?
A que projectos está ligada?
Será por trabalhar com um Médico em regime de exclusividade na EDP?
Será que vem preencher a burocracia do seu colega médico?
Só por ter passado próximo desta estrumeira sofri um fedor nauseabundo.
O pretexto para excluírem duas colegas não foi por incompetência, porque são das mais se não as mais competentes?
Então que papeis de bando não estavam aptas a desempenhar?
Onde está a seriedade das possibilidades de os Médicos poderem ser funcionários mas com certas liberdades, que o seu estatuto liberal exige e a que vulgarmente chamam USF?
Que autoridade moral e até profissional tem esta gente para marginalizar colegas e porquê?
Quando é que o Ministério respectivo e as Administrações Regionais se debruçam sobre os critérios usados para escolher estes grupos que vão formar USF.
Esta charada começa com os seu abrigo ou médico de família e depois estendeu-se como erva daninha que exclui tudo por onde se desenvolve.
Está na altura de completar o trabalho iniciado pelo Tribunal de Contas.
Em Lanhoso bastou a ideia de formar uma USF, para excluir colegas Enfermeiras e mandá-las para longe, com uma safadeza clara e consentida.
Quanto à formação de USF, que serviu de desculpa para manter joguinhos cúmplices, afastando Enfermeiras competentes, de perfil pouco maleável ou dúctil, nem rasto. Não existe para lá da ideia. «Deus quer, o homem sonha, obra nasce» (Fernando Pessoa). Neste caso, algo falhou:
Ou foi Deus que não quis;
ou foi o homem dito cujo, que não sonhou;
Certo, certíssimo é que a obra não nasceu...
Foi a ideia da USF que penalizou as nossas colegas.
Lamento ter de baixar a este nível bastante sujo, mas a Enfermagem merece ser limpa deste novo tipo de abusadores.
Esta é mais uma razão de manter os Enfermeiros/as com baixos salários e más condições de trabalho e de escolha livre e consciente: são forçados a optar pela satisfação de interesses, que estão muito longe de serem os seus; pessoais e profissionais.
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