Indicadores das USF: Pedro Pita Barros defende definição de «valores de referência resultantes da melhor prática observada»
Numa altura em que se prepara a contratualização nos Cuidados de Saúde Primários e Unidades de Saúde Familiar (USF) para 2015, a Ordem dos Médicos, a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar subscrevem um manifesto reivindicando uma contratualização «mais inteligente, simples, mais realista, mais transparente, numa lógica win-win, favorecedora duma paz institucional responsável e motivadora e não um estado permanente de conflitualidade, stresse e burnout dos profissionais que se reflecte necessária e negativamente no contacto com os cidadãos».
No documento, as instituições alertam para vários pontos que desejam ver resolvidos, tais como a proposta de intervalo (racional) de metas a nível nacional, regional e local que «necessita do conhecimento e integração de factores de contexto, múltiplos e testados».
«O verdadeiro racional das metas deve definir-se enquanto padrão de desempenho desejável, baseado na melhor evidência científica e definido interpares, levando em linha de conta os meios disponibilizados», pode ler-se no manifesto.
Para estas entidades é vital «encontrar metas realistas e exequíveis, evitando o risco de foco exagerado nos indicadores seleccionados e permitindo manter a devida atenção na observação global do estado de saúde dos indivíduos e das populações».
Alerta a missiva que, de 2009 a 2013, «a contratualização tem sido muito centrada na repetição dos mesmos indicadores, escolhidos quase sempre sem critério explicitado e através de metas impostas (excepto na ARS do Centro) seguindo a lógica de "se este ano fizeste assim, para o ano tens de fazer melhor", mesmo que este "melhor" não represente qualquer ganho em saúde nem apresente qualquer tipo de fundamentação nas melhores evidências e orientações científicas».
Numa altura em que se prepara a contratualização nos Cuidados de Saúde Primários e Unidades de Saúde Familiar (USF) para 2015, a Ordem dos Médicos, a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar subscrevem um manifesto reivindicando uma contratualização «mais inteligente, simples, mais realista, mais transparente, numa lógica win-win, favorecedora duma paz institucional responsável e motivadora e não um estado permanente de conflitualidade, stresse e burnout dos profissionais que se reflecte necessária e negativamente no contacto com os cidadãos».
No documento, as instituições alertam para vários pontos que desejam ver resolvidos, tais como a proposta de intervalo (racional) de metas a nível nacional, regional e local que «necessita do conhecimento e integração de factores de contexto, múltiplos e testados».
«O verdadeiro racional das metas deve definir-se enquanto padrão de desempenho desejável, baseado na melhor evidência científica e definido interpares, levando em linha de conta os meios disponibilizados», pode ler-se no manifesto.
Para estas entidades é vital «encontrar metas realistas e exequíveis, evitando o risco de foco exagerado nos indicadores seleccionados e permitindo manter a devida atenção na observação global do estado de saúde dos indivíduos e das populações».
Alerta a missiva que, de 2009 a 2013, «a contratualização tem sido muito centrada na repetição dos mesmos indicadores, escolhidos quase sempre sem critério explicitado e através de metas impostas (excepto na ARS do Centro) seguindo a lógica de "se este ano fizeste assim, para o ano tens de fazer melhor", mesmo que este "melhor" não represente qualquer ganho em saúde nem apresente qualquer tipo de fundamentação nas melhores evidências e orientações científicas».
«O verdadeiro racional das metas deve definir-se enquanto padrão de desempenho desejável, baseado na melhor evidência científica e definido interpares, levando em linha de conta os meios disponibilizados», pode ler-se no manifesto.
Para estas entidades é vital «encontrar metas realistas e exequíveis, evitando o risco de foco exagerado nos indicadores seleccionados e permitindo manter a devida atenção na observação global do estado de saúde dos indivíduos e das populações».
Alerta a missiva que, de 2009 a 2013, «a contratualização tem sido muito centrada na repetição dos mesmos indicadores, escolhidos quase sempre sem critério explicitado e através de metas impostas (excepto na ARS do Centro) seguindo a lógica de "se este ano fizeste assim, para o ano tens de fazer melhor", mesmo que este "melhor" não represente qualquer ganho em saúde nem apresente qualquer tipo de fundamentação nas melhores evidências e orientações científicas».
«A forma de encontrar os objectivos para indicadores que irão alicerçar sistemas de remuneração tem diversas dificuldades»
Pedro Pita Barros, da Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa, não poderia estar mais de acordo.
Segundo o economista da Saúde, no post publicado no seu blogue «a forma de encontrar os objectivos para indicadores que irão alicerçar sistemas de remuneração tem diversas dificuldades».
Na sua opinião, está na altura de «encontrar mecanismos diferentes de ajudar a estabelecer esses objectivos». Um exemplo proposto é definir o que sejam valores de referência resultantes da melhor prática observada: «Digamos que se num determinado indicador, hipoteticamente, a taxa de melhoria das unidades que apresentam melhor desempenho é inferior a 2%, então exigir 10% de melhoria é absurdo para quem tem esse melhor desempenho, mas colocar em 0% poderá ser demasiado fácil». «A utilização de factores de comparação, definidos a priori, e imunes a manipulação por qualquer das partes, poderá ser um desses mecanismos», conclui o economista.
14ML47a
17 de Novembro de 2014
1447Pub2f14ML47A
Pedro Pita Barros, da Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa, não poderia estar mais de acordo.
Segundo o economista da Saúde, no post publicado no seu blogue «a forma de encontrar os objectivos para indicadores que irão alicerçar sistemas de remuneração tem diversas dificuldades».
Na sua opinião, está na altura de «encontrar mecanismos diferentes de ajudar a estabelecer esses objectivos». Um exemplo proposto é definir o que sejam valores de referência resultantes da melhor prática observada: «Digamos que se num determinado indicador, hipoteticamente, a taxa de melhoria das unidades que apresentam melhor desempenho é inferior a 2%, então exigir 10% de melhoria é absurdo para quem tem esse melhor desempenho, mas colocar em 0% poderá ser demasiado fácil». «A utilização de factores de comparação, definidos a priori, e imunes a manipulação por qualquer das partes, poderá ser um desses mecanismos», conclui o economista.
Segundo o economista da Saúde, no post publicado no seu blogue «a forma de encontrar os objectivos para indicadores que irão alicerçar sistemas de remuneração tem diversas dificuldades».
Na sua opinião, está na altura de «encontrar mecanismos diferentes de ajudar a estabelecer esses objectivos». Um exemplo proposto é definir o que sejam valores de referência resultantes da melhor prática observada: «Digamos que se num determinado indicador, hipoteticamente, a taxa de melhoria das unidades que apresentam melhor desempenho é inferior a 2%, então exigir 10% de melhoria é absurdo para quem tem esse melhor desempenho, mas colocar em 0% poderá ser demasiado fácil». «A utilização de factores de comparação, definidos a priori, e imunes a manipulação por qualquer das partes, poderá ser um desses mecanismos», conclui o economista.
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17 de Novembro de 2014
1447Pub2f14ML47A
«Devem ser incluídos limites temporais e técnicos» na decisão na aprovação e introdução de inovação, defende a OM
A Ordem dos Médicos (OM) manifesta a sua «total concordância» com a introdução em Portugal do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde (SINATS). Contudo, num parecer publicado no site da instituição (em resposta ao pedido do Ministério da Saúde, que enviou o Projeto de Decreto-Lei à OM), é reforçado o desejo de que este sistema nacional «seja utilizado do ponto de vista técnico-científico, em defesa da qualidade e dos doentes» e «não com objectivos essencialmente economicistas e racionadores, caso em que será alvo da oposição fundamentada».
Para evitar este risco, a OM considera que «devem ser incluídos limites temporais e técnicos para a decisão do Infarmed, no sentido de evitar atrasos injustificados e artificiais na aprovação e introdução de inovação em Portugal, os quais se têm verificado no passado».
A OM «sugere fortemente» também que «seja retirada a obrigatoriedade sistemática da limitação económica na aprovação de novas tecnologias e inovação terapêutica» e mostra-se ainda, preocupada quanto à «ausência de qualquer referência aos medicamentos órfãos, que devem ser considerados e respeitados nas suas especificidades únicas».
O parecer integral pode ser lido aqui
14ML47b
17 de Novembro de 2014
1447Pub2f14ML47B
A Ordem dos Médicos (OM) manifesta a sua «total concordância» com a introdução em Portugal do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde (SINATS). Contudo, num parecer publicado no site da instituição (em resposta ao pedido do Ministério da Saúde, que enviou o Projeto de Decreto-Lei à OM), é reforçado o desejo de que este sistema nacional «seja utilizado do ponto de vista técnico-científico, em defesa da qualidade e dos doentes» e «não com objectivos essencialmente economicistas e racionadores, caso em que será alvo da oposição fundamentada».
Para evitar este risco, a OM considera que «devem ser incluídos limites temporais e técnicos para a decisão do Infarmed, no sentido de evitar atrasos injustificados e artificiais na aprovação e introdução de inovação em Portugal, os quais se têm verificado no passado».
A OM «sugere fortemente» também que «seja retirada a obrigatoriedade sistemática da limitação económica na aprovação de novas tecnologias e inovação terapêutica» e mostra-se ainda, preocupada quanto à «ausência de qualquer referência aos medicamentos órfãos, que devem ser considerados e respeitados nas suas especificidades únicas».
O parecer integral pode ser lido aqui
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17 de Novembro de 2014
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A OM «sugere fortemente» também que «seja retirada a obrigatoriedade sistemática da limitação económica na aprovação de novas tecnologias e inovação terapêutica» e mostra-se ainda, preocupada quanto à «ausência de qualquer referência aos medicamentos órfãos, que devem ser considerados e respeitados nas suas especificidades únicas».
O parecer integral pode ser lido aqui
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17 de Novembro de 2014
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Número total de morte por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 e 2013
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a quinta causa de morte em 2013 e a diabetes representou cerca de 80% destes óbitos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O relatório, divulgado no site da Direcção-Geral da Saúde, salienta que, no ano passado, mais de cinco mil pessoas (5773) morreram vítimas de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representando 5,4% do total de mortes no País.
A diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.
Concretamente, a diabetes provocou a morte de 4546 mil indivíduos, 58% dos quais eram mulheres (2636 óbitos).
Em 2013, foram ainda perdidos 4683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas).
O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afectadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes).
O número total de morte por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1237 óbitos) e 2013 (4546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período.
O INE refere que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia.
14ML47c
17 de Novembro de 2014
1447Pub2f14ML47C
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a quinta causa de morte em 2013 e a diabetes representou cerca de 80% destes óbitos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O relatório, divulgado no site da Direcção-Geral da Saúde, salienta que, no ano passado, mais de cinco mil pessoas (5773) morreram vítimas de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representando 5,4% do total de mortes no País.
A diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.
Concretamente, a diabetes provocou a morte de 4546 mil indivíduos, 58% dos quais eram mulheres (2636 óbitos).
Em 2013, foram ainda perdidos 4683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas).
O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afectadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes).
O número total de morte por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1237 óbitos) e 2013 (4546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período.
O INE refere que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia.
A diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.
Concretamente, a diabetes provocou a morte de 4546 mil indivíduos, 58% dos quais eram mulheres (2636 óbitos).
Em 2013, foram ainda perdidos 4683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas).
O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afectadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes).
O número total de morte por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1237 óbitos) e 2013 (4546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período.
O INE refere que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia.
14ML47c
17 de Novembro de 2014
1447Pub2f14ML47C
ULS participa em estudo internacional sobre infecções
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste integra um estudo internacional que pretende identificar as infecções por bactérias multirresistentes, de forma a adequar os tratamentos às necessidades dos utentes
.O estudo, que decorre até 31 de Março de 2015, envolve cerca de três mil doentes de oito instituições de saúde do Norte do País, nomeadamente os hospitais de Santo António, de São João, de Santo Tirso, de Braga, de Viana do Castelo, de Vila Real e as ULS de Matosinhos e do Nordeste.
O objectivo do trabalho é desenvolver recomendações que possam ser aplicadas a todos os hospitais, em relação à prescrição de antibióticos.
Durante os próximos meses, vão ser identificados os doentes que são hospitalizados e que têm factores de risco de infecção por microrganismos multirresistentes.
Além de Portugal, a investigação decorre também na Austrália, em Israel e nos Estados Unidos da América.
Mais informações em http:// www.ulsne.min-saude.pt/
14ml46q
14 de Novembro 2014
1446Pub6f14ML46Q
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste integra um estudo internacional que pretende identificar as infecções por bactérias multirresistentes, de forma a adequar os tratamentos às necessidades dos utentes
.O estudo, que decorre até 31 de Março de 2015, envolve cerca de três mil doentes de oito instituições de saúde do Norte do País, nomeadamente os hospitais de Santo António, de São João, de Santo Tirso, de Braga, de Viana do Castelo, de Vila Real e as ULS de Matosinhos e do Nordeste.
O objectivo do trabalho é desenvolver recomendações que possam ser aplicadas a todos os hospitais, em relação à prescrição de antibióticos.
Durante os próximos meses, vão ser identificados os doentes que são hospitalizados e que têm factores de risco de infecção por microrganismos multirresistentes.
Além de Portugal, a investigação decorre também na Austrália, em Israel e nos Estados Unidos da América.
Mais informações em http:// www.ulsne.min-saude.pt/
O objectivo do trabalho é desenvolver recomendações que possam ser aplicadas a todos os hospitais, em relação à prescrição de antibióticos.
Durante os próximos meses, vão ser identificados os doentes que são hospitalizados e que têm factores de risco de infecção por microrganismos multirresistentes.
Além de Portugal, a investigação decorre também na Austrália, em Israel e nos Estados Unidos da América.
Mais informações em http://
14ml46q
14 de Novembro 2014
1446Pub6f14ML46Q
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