domingo, 11 de janeiro de 2015

EIS A HORA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS DIZER BASTA



NB: O que está em causa é instalar mais médicos, nos quais se misturam os filhos de pessoas importantes, no país, que cursaram medicina, em Pragas e noutras Pragas, por não terem conseguido 19 em matemática, em colégios, já bem conhecidos, nomeadamente, na FMdaUP.
Portanto, em nome do caos, bem concebido, aliás, uns fingem que há falta de Médicos, nas urgências e, não só, nas urgências;
Outros fingem acreditar, que há mesmo, falta de Médicos e aldrabam meios de os meterem, com apoio do Povo iludido, quanto ao conceito de saúde/doença, no SNS, nem que seja pela porta do cavalo, que nos trata, como burros, a todos, onde não se excluem os Enfermeiros. 
E criam um grupo de estudo, que já leva os resultados disfarçados de novidades, mas constituídos por mais do mesmo, mas para pior, ainda.
É assim que a bolha, como, na batota, cresce, rumo à utopia, que nem para inspirar crédulos serve.
A curiosidade é saber quando vai rebentar. Nós estamos a aquecê-la em lume brando, às vezes atiçado...

Eis os sábios peritos, que em historietas, relatam, ou "relatoriam" em relatórios sábios, q.b.p

Quando os Paiva e os Campos, (ver o jornal  SOL), cada qual a seu jeito e modo, acabarem os relatórios do absurdo, da treta, é altura de os Enfermeiros fazerem também os seus relatórios, da realidade, que os escraviza e aliena.
Esta, de especializar Médicos, em urgências, para começar, nem a um tinhoso puro lembraria, e não é nova; depois é um disparate do tamanho de quem o propõe: cresce para baixo e para dentro; mais dinheiro, para lhes abrir as inteligências médicas e mais canetas, para encaminharem os doentes, para os especialistas da área atingida. (Ainda hoje, o Médico psiquiatra José Gameiro, dizia à Antena 1 que a diminuição dos "ansiolíticos" era devia à redução de passeios de "estudo científico" à India, à Indonésia, aos Incas.
Qualquer racional, minimamente apto, se apercebe que este "emergencista" (assim lhe chamaram) seria um Médico a fazer uma segunda triagem, a secundar a dos Enfermeiros, de situações para enviar para os especialistas, como fazem os da Medicina Familiar.
Um doente foi às urgências de S. Sebastião - Santa Maria da Feira - com uma amigdalite.
Esperou a noite inteira, até ao dia seguinte, a fazer monte e a cruzar vírus, com outros amontoados, porque o seu caso só ia ser resolvido pelo Médico em Gargantas especialista, o chamado otorrino, em abreviatura, otorrinolaringologista para os mais exigentes.
Receitou-lhe um antibiótico e nem sequer lhe fez uma desinfecção local, com um método, que os Enfermeiros dominam e que se chama zaragatoa, com tintura de iodo, que retiraram, por reduzir ou evitar o consumo de antibióticos, em que, por exemplo, o DR. Paiva é especialista, sobretudo nos de largo espectro (ele sabe a que me refiro e porquê).
É com gente desta que o Ministro "verbólogo" da Saúde pretende reformar as urgências?
Só pode estar a brincar, com a tropa, como se diz em gíria de caserna.
Podiam ter-lhe recomendado o Dr. Costa Maia, especialista em transplantes hepáticos, para lhe fazer um relatório do que viu, nas urgências, nos hospitais australianos, aos quais foi enviado como observador pelo CA do HSJ, sendo eu Enfermeiros Director, onde não havia amontoado de doentes, porque também não havia amontoado de Médicos, em presença física. São chamados pelos Enfermeiros, que fazem as triagens, se for caso disso; ou recebidos nos seus consultórios, em tempo oportuno.
Só que, na Austrália, ninguém entra ou sai do hospital sem a autorização da Enfermeira, que é quem controla as vagas. Não há lugares reservados para doentes privados de Médicos com dupla ligação: consultório pessoal-hospital.
E não há macas nos corredores, a dar nas vistas, para contratar mais Médicos e mais bem pagos, para empatarem mais doentes, para serem mais bem pagos, num circulo infernal, que só em Portugal funciona, comandado pelas duvidosas competências de Pavias e afins, para resolver assuntos, que não dominam, senão com os olhos da barriga.
Vejam a eficácia do ESPECIALISTA MÉDICO DE FAMÍLIA a que os peritos do Colégio chamam especializado em medicina familiar. Não é, efectivamente, ele que ajuda a instalar o caos nas urgências?

Ou já se esqueceram que os SAP e os SASU não passam de placas giratórias por onde circulam os hipocondríacos, que vão entupir as urgências? (Salvaguardando as excepções que caucionam a regra, obviamente).~

Que raio de especialistas são estes e que raio de cegos são os que nos regem?
O que eles fazem é uma triagem para os especialistas de cada área doente: olhos, garganta e nariz e ouvidinhos, pés e pezinhos, vesículas, vias urinárias e, etc.
O resto é o encharcamento com medicamentos e exames complementares de diagnósticos que, depois, são repetidos pelos especialistas, porque estão incompletos, ou nulos, ou bestiais.
É um especialista destes, da familiar, agora "emergenciar", que querem criar, nas urgências?
Um especialista a secundarizar  as triagens, que os Enfermeiros, já fazem, com melhores resultados.
Não é por acaso que, já andam a marrar com essas triagens de algoritmo Manchester!...
Não basta ver os Médicos de Família repetir o que os Enfermeiros fazem, já fizeram?
Pelos vistos, não!
E este especialista vai retirar a maçaricada, que anda, por lá, a estagiar e a fingir de Médico, com o porta-micróbios ao ombro, que substitua os Médicos, que, entretanto, podem estar nos seus consultórios ou clínicas privadas e regressam, ao fim do dia, para passarem revista às tropas, acumuladas e estacionadas, em macas, em qualquer canto, com luz ou sem ela?
Há, sempre, algumas excepções a confirmarem as regras...

Claro está que os Enfermeiros,  também têm muitas culpas ao suporem que estas coisas não são maioritariamente, da sua responsabilidade, e permitirem esta bandalheira criteriosamente orientada e tolerada por Ministros, que, ou não sabem ou não querem saber, porque entregaram a chave ao ladrão.

Para serem as Enfermeiras Australianas a curar estes males, de que também sofriam, foi preciso fazerem uma greve, para demonstrarem que, sem os membros o estômago não come, como diz a fábula.
Convém lembrar que a Austrália pertence à coroa inglesa e é de lá, que lhe vinham os abastecimentos para a área da saúde e, não só, que localmente as Enfermeiras adaptaram e agilizaram.

Ora, se o método dá resultado ali, na Austrália, por que não manda o Sr. Ministro da Saúde, não um especialista, em pesca submarina, como é o DR. Artur Paiva, mas um grupo constituído por Médicos e Enfermeiros, porque as equipas são constituídas por diferentes, que se agrupam para fins comuns, enviando-os a essas terras para verem, no local, como resolveram os problemas, que temos. Isto se não quiserem validar os estudos e relatórios, que já existem cá.
Claro que há, nessas paragens, compromissos de os especialistas locais, das várias especialidades médicas ou cirúrgicas comparecerem, no máximo, de uma hora, que é o tempo de os Enfermeiros demoram, em média, a pedirem os exames e prepararem o doente, para a intervenção do Médico. Mas, cá, esperam mais, não é verdade?
Não é o que dizem?
Quem estuda as causas destas esperas?
Não são certamente para reterem as macas dos bombeiros para estes não acartarem mais esperantes e ou expectantes, enviados pelos especialistas em triagens do tipo Saúde Familiar ou sinaleiros de placas giratórias de sugestionados hipocondríacos, consumidores do "farmaco-químico" e acessórios, que o cartel oferece!
Vão lá, ver como eles fazem e não agravem os erros vergonhosos. Há formas mais racionais de gastar dinheiro.
Ou pretendem que decretemos greves, não das banais, para conseguirmos o que conseguiram as nossas Colegas Australianas?
Ou ainda não perceberam que o entupimento das urgências não está no que os Médicos vêem ou não, mas no que os Enfermeiros fazem, ou podem fazer,  para as desentupir. 
Mas estes não estão lá, para as desentupirem. E dos que estão, ninguém repara neles, porque sendo as chefias apadrinhadas pelos Médicos, escandalosamente, em muitos casos, numa promiscuidade mórbida, são os Enfermeiros que, entre fogos, ardem e se consomem nestes infernos, que alimentam com mais ou menos competências, das que já têm. Ensinam os estagiários de medicina e cirurgia a suturar, mas...
Em vez de criarem condições para "despacharem" os doentes, compram mais macas, para os armazenarem.
E a erradicação dessas aberrações, dessas condições, está na mão dos Enfermeiros.
Basta, numa primeira fase, aperfeiçoarem a triagem e, em vez de mandarem as pulseiras coloridas para salas de convívio sinistro e contágio eficaz, mandem-nas para Médicos capazes e avençados e comprometidos seriamente, com as urgências e com possibilidades de concorrência e escolha.
Ainda não viram que foi assim, que outros, mais resolutos do que nós, resolveram estes problemas?
Dói tanto ver ampliar as asneiras comprovadas e os erros evidentes!
José Azevedo





NB: Mais uma vez, a Ordem dos Médicos está a pensar discutir estas coisas das urgências, cujas culpas da anarquia e caos são geradas pela incapacidade com fins não visíveis para leigos, mas que, para nós, são perfeitamente claros e construídos, a propósito.
Depois vão aparecendo as conveniências de resolver os problemas da Classe Médica, no estilo do chega para lá para conseguirem lugar para mais uns quantos, que no contexto actual, só vêm atrapalhar mais ainda.

Essa das equipas exclusivas é mais uma manobra que não pondera as consequências, nem para os Enfermeiros, nem para os doentes.

É altura de a Ordem dos Enfermeiros dizer a esses senhores governantes e governantes médicos, que eles não estão sós e não fazem nada sem os Enfermeiros, por isso, qualquer alteração, que haja a fazer, não são os médicos, que a vão decidir, à sua velha maneira, de donos e senhores do mundo.
As coisas mudaram e se a OE não assumir o seu papel assumimo-lo nós.
Decidirem seja o que for, sem acordo dos Enfermeiros, vai dar azar ao sistema, porque chegou a altura de deixarem os ossos, só para os Enfermeiros.
E está em causa o vencimento, não só dos Médicos como dos Enfermeiros;
A formação, não só dos Médicos, mas dos Enfermeiros;
A formação das equipas, não só dos Médicos como dos Enfermeiros.
E nós sabemos o que queremos para eles.

Senhores do mundo, se não quereis ter surpresas na manobra, é melhor começardes a pensar em equidades, nas condições que ides propor, porque os Enfermeiros podem neutralizar as vossas pretensões, com mais facilidade do que pensais.
Cada vez mais, eles sabem quem os explora e desvaloriza o seu trabalho.
É só dar o sinal de partida...

Exigimos acção, à OE, mesmo que os seus dirigentes estejam a fazer mais política pessoal do que a cuidar dos assuntos para que foram eleitos, se é que assumem isso...
Se uns e outros pretendem, que vos conte a fábula dos membros que se recusaram a alimentar o estômago, para lhe demonstrarem que, sem eles, o dito não comia e morria à fome.
É uma fábula interessante, podem crer; e muito ajustada, às actuais circunstâncias.

Com amizade e exigência,
José Azevedo

Sem comentários:

Enviar um comentário