quinta-feira, 12 de março de 2015
AD DOS CSP NO QUEBEC [1]
CAPÍTULO I
Está na hora de os Enfermeiros dizerem não às perspectivas erradas, nos CSP e imporem a sua linha de conduta, que dê autenticidade aos verdadeiros CSP, tipo de assistência talhada ao estilo dos Enfermeiros. Não vai ser fácil; mas não é impossível.
Para podermos avaliar o tamanho da nossa regressão, vamos publicar em 4 ou 5 capítulos duma meia dúzia de páginas cada, o que foram os impulsos dados aos CSP, nomeadamente, no Quebeque - Canadá.
Quando vemos políticos, aparentemente conhecedores de assuntos de saúde do Povo, com ar aconvicto, dizerem que há tantos e quantos milhares de pessoas sem médico de família, como se esta fosse a meta da perfeição e satisfação das verdadeiras necessidades de cuidados de saúde, enfatizando a patologia, mesmo que tenha de ser inventada, deixando para um plano muito distante a promoção da saúde e a prevenção da doença, parcelas que não se podem aproximar do Médico, sequer, para as não perverter, com a invenção duma qualquer doença imaginária, criando mais um hipocondríaco saudável, fico muito triste por ver consumir recursos com caprichos bacocos e inúteis.
Já viram como seria simples acabar com essas necessidades fictícias de haver Médicos de Família, se fossem os Enfermeiros a mandarem, só os doentes, ao Médico, fora do Sistema e execendo em regime liberal?!
Quais listas de espera!
Quais doenças inventadas para alimentar estatísticas!
Tudo isso desapareceria como por encanto.
Mas há uma máquina, que é preciso alimentar!
Há Enfermeiros/as que têm de impor as suas normas e critérios e nem sempre o fazem.
As UCC, que já existem, são um bom exemplo a apontarem o caminho certo e seguro.
Quando vemos retirar uma Enfermeira dos cuidados prestados numa UCC, para ir assistir uma Médica de Saúde Pública, onde só há lugar para uma: ou Enfermeira, de preferência, ou Médica desnaturada da patologia, para que foi formada, faz-me pena, porque é, sem mais nem menos, um sinal das aberrações que os ignorantes mantêm, para enganarem a população, transformando a saúde, numa espécie de religião, onde o Cura é o Médico de Família, que retarda o regresso da alma ao seu Criador, parece que.
Há dias ouvimos Correia de Campos, um dos principais responsáveis destes erros crassos, garantir que os Enfermeiros têm mais que capacidades e habilidades para requisitar análises, etc.
Mas esqueceu que foi adaptando a lei dos CSP, até reduzir ao limite do razoável a influência dos Enfermeiros, para montar o esquema do Médico de Família, com o famigerado Dr. Pisco, seu Missionário de Missão distorcida, levando outros ignaros seguidores a cantarem os louvores ao Médico de Família, elegendo-o como meta, sem perceberem a sua ignorância, na avaliação das necessidades e prioridades. E até sugeriu as USF para implantar nos hospitais, pasme-se!
Para minimizar as culpas dos Enfermeiros/as, que também as têm, ao deixarem-se levar por estas teorias erradas, sem se lhes oporem energicamente, vamos deixar pontos de vista dos nossos colegas canadianos.
Ler dilata os horizontes de quem quer ver um palmo acima desses horizontes.
Com amizade,
José Azevedo
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