No que concerne ao pedido apresentado por V. Exa. de dispensa de trabalho nocturno, com o fundamento de que se encontra «(...) grávida de 19 semanas (...), serve o presente para notificar V. Exa. que o mesmo foi indeferido, por despacho da Vogal do Conselho de Administração, datado de 16/01/2015, nos seguintes termos:
«Por a declaração médica não evidenciar que a dispensa pretendida é necessária para a saúde da própria ou do nascituro, nos termos da alínea b) do artigo 60º do C.T., indefere-se o pedido considerando o deficit de HCN de enfermagem disponíveis e a tutela do direito do acesso a cuidados de saúde no âmbito do SNS.»
Aqui está um exemplo concreto a desafiar a nossa capacidade para impor respeito pelas Enfermeiras no seu direito a serem mães como qualquer mulher!
O Sindicato dos Enfermeiros - SE foi implacável na luta pelos direitos da Enfermeira Mãe, ainda no regime de Salazar (1960). A nós e à Associação da Profilaxia Social a diligência para a lei permitir às Enfermeiras serem funcionárias de Hospitais públicos e poderem casar legalmente. Até então podiam ser mães, mas não podiam casar.
As consequências desta ignomínia:
1 - Se querem ter filhos têm de cuidar deles sem prejudicar o serviço;
2 - Se querem casar não podem trabalhar em hospitais públicos.
Esta decisão dos nossos dias é tão barbara como o foi a lei de Salazar.
O medicocentrismo unicitário faz com que os Enfermeiros sejam os grandes sacrificados retirando-lhes os mais elementares direitos, como é o caso.
Tenho muita pena que os métodos que estão a usar certos directores Enfermeiros, de nome e com participação em Associações de Classe, como Ordem e ou Sindicatos exibam com certa exuberância um grau tão elevado de crueldade.
O Correia de Campos acabou com o método de eleição dos Enfermeiros Directores;
deixou-os pendentes das escolhas do presidente de Conselho de Administração, em muitos casos Médico, com o estúpido argumento de que ser bom Médico ou desiludido da medicina é igual a ser bom Administrador: a estupidez da decisão está à vista. Obviamente escolhem não os mais capazes mas os mais maneirinhos como é fácil constatar; basta olhar para as pessoas e para a sua obra. E as excepções são raras, muito raras e servem, apenas para confirmar a regra.
Mas se a escolha for feita pelos partidos políticos, a coisa ainda é pior, pois ficam dependentes de quem não deviam estar.
Com amizade,
José Azevedo
O medicocentrismo unicitário faz com que os Enfermeiros sejam os grandes sacrificados retirando-lhes os mais elementares direitos, como é o caso.
Tenho muita pena que os métodos que estão a usar certos directores Enfermeiros, de nome e com participação em Associações de Classe, como Ordem e ou Sindicatos exibam com certa exuberância um grau tão elevado de crueldade.
O Correia de Campos acabou com o método de eleição dos Enfermeiros Directores;
deixou-os pendentes das escolhas do presidente de Conselho de Administração, em muitos casos Médico, com o estúpido argumento de que ser bom Médico ou desiludido da medicina é igual a ser bom Administrador: a estupidez da decisão está à vista. Obviamente escolhem não os mais capazes mas os mais maneirinhos como é fácil constatar; basta olhar para as pessoas e para a sua obra. E as excepções são raras, muito raras e servem, apenas para confirmar a regra.
Mas se a escolha for feita pelos partidos políticos, a coisa ainda é pior, pois ficam dependentes de quem não deviam estar.
Com amizade,
José Azevedo
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