quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
MOBILIDADE ENFERMEIRA, MAIS UM OBSTÁCULO EM LOUVOR À IGNORÂNCIA
Discorria o ano de 1972 e resolvi fazer um estudo, usando o método estatístico criado por Florence Nightingale e verifiquei que, em 800 Enfermeiras/os a estadia média, naquele Hospital, foi de 2 anos e meio.
Estávamos em 1972.
Comparar os tempos atuais com aqueles, é útil, para se saber que a natureza da Profissão é bastante móvel.
As razões são diversas, mas as que mais nos preocupam e merecem a nossa melhor atenção, são as que envolvem as famílias e assuntos de carácter pessoal.
A desumanização da administração dos assuntos de Enfermagem, subordinada por administradores mal formados, que começam nos próprios ministros, não anteveem as vantagens, que há, em permitir a mobilidade de quem tem necessidade de se mudar de instituição, ou local de trabalho.
Preferem aguentar pessoas mal humoradas e desmotivadas, ao serviço, quando deviam olhar com mais atenção para esta característica muito própria da Enfermagem.
Depois, entra, na calha das dificuldades, a velha desculpa: " só dou parecer favorável depois de ser substituída".
Por esta desculpa, que não resiste a um comentário sério, pois para tapar um buraco, tem de se abrir antes: a mudada, só pode ser substituída, depois de sair. É uma estranha maneira e pouco inteligente de administrar um serviço, tanto mais que o maior impacto da retenção desaba sobre quem não viabiliza a mobilidade.
Se os administradores Enfermeiros soubessem analisar os benefícios do "quem muda Deus ajuda" eram os primeiros a abreviar as mobilidades.
Até eram capazes de se esforçarem um pouquinho, em benefício do pessoal, que chefiam.
A minha experiência diz-me que a "resistência à mudança", é sempre uma má aposta.
Colegas, discutam estes assuntos, porque fazem parte importante da vossa vida profissional.
Estamos sempre disponíveis para ajudar, quem nos solicite.
Com amizade,
José Azevedo
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