domingo, 22 de março de 2015

SIM À EXCELÊNCIA, NÃO À NEGLIGÊNCIA

De:Enfermeiros de Pneumologia
Enviada: quinta-feira, 19 de Março de 2015 8:02
Assunto: SIM À EXCELÊNCIA

Bom dia,

Conscientes de que todos, sem excepção, partilham de um sentimento de tristeza na utilização de macas nos serviços, um grupo de vários colaboradores elaborou e assinou um documento onde faz sublinhar esta ideia como fator potenciador do risco e prejudicial à nossa qualidade.

Unidos nos sentimentos e objetivos, como Colaboradores HGO, continuaremos a nossa entrega pela 
grandiosidade desta instituição.


Foi Há umas décadas que na Austrália este fenómeno de camas e não camas, macas e não macas, corredores abaixo e corredores aclima, atingiu o zénite, que é o ponto onde os Enfermeiros devem dizer BASTA, BASTA!
Vão fazer pouco de... e de...
Querem saber o que aconteceu?
Os Enfermeiros/as fizeram uma greve, à maneira, nada parecida com aquelas do faz-de-conta, a que alguns "greveirolas" nos habituaram, cá e tinham, lá como reivindicação:
Nenhum doente entra no hospital, se não tiver uma cama disponível;
Nenhum doente sai com  alta médica, sem a alta enfermeira , ou seja; sem o visto da Enfermeira chefe.
Hoje esse fenómeno, que está a assustar a população por imaginar correr o risco de ir para a um corredor e estar lá o tempo que for preciso, para que os meios da comunicação social façam as suas fotografias e os seus vídeos, tem dois fins em vista:
1 - Demonstrar que há médicos a menos, porque não pode haver desemprego na Classe Médica;
2 - disfarçar que é o excesso de médicos, nas urgências dos hospitais, que provoca o congestionamento dos serviços de urgências.
Não é o Borda-d'água que ensina: "quantos mais são menos fazem" de bem; dizemos nós, mas mais fazem de mal.
Também, aqui, a lição dos Australianos, ao dispensarem os médicos da presença física nas urgências, é magistral.
E vão lá verificar se a bagunçada q.b.p., à lusitana, existe!

 Mas não se pense que a erradicação de fenómenos do tipo lusitano foi pacífica!
Quando a monarquia inglesa decidiu fazer um serviço nacional de saúde, no qual limitou muito os poderes da Medicina, Clínica e Ambulatória os mais intolerantes emigraram; uns para a Austrália, outros, para a África do Sul.
Ora, como não há, por lá, tantos bacocos, que acreditam que o "olhar médico" é meia cura; como não têm necessidade de inventar doenças, pois já existem bastantes para se entreterem, foi fácil, relativamente, meter os ditos, na ordem.
Foi o primeiro país a punir adequadamente quem não denunciasse doença contagiosa, só para dar um pequeno exemplo, de que lá, não se brinca com a saúde.
Um dos nossos objectivos é conseguir aumentos para os sala´rios enfermeiros, que permitam organizar uma excursão de pelo menos 300 Enfermeiros e alguns Médicos, que nos queiram acompanhar, para verem como se ultrapassam dificuldades.

Com amizade,
José Azevedo



 

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