sábado, 17 de outubro de 2015

MEMÓRIA DE ELEFANTE


Estava eu a contemplar aquele reclame da televisão em que o elefante usa a tromba para chegar os óculos à velha, que se esqueceu de tomar os comprimidos, para avivar a memória, pois procurava-os tendo esquecido o local,  onde os pusera e, eis que surge a Imperatriz Catarina - a Deslumbrante,  a decretar o fim da Coligação de Pedro e Paulo, a partir daquele momento. Tão imperativa, que estava a Imperatriz, que até parecia uma cena de teatro, do além. Nem Dante e a sua Divina Comédia superavam a divina imperatriz Catarina!!!
E acrescentou: só não governava porque não tinha votos para isso, mas não abdicava das suas responsabilidades relativas aos poucos que teve; porque se tivesse os votos da Coligação, penso eu, por indução, que era ela a governar, com outros argumentos, onde nem Costa, El Campeador Medieval, chegava.
Sem saber porquê, veio-me à memória o Acordo Colectivo de Trabalho, que cheguei a assinar, com Pedroso Lima, representante do Ministério da Saúde, sendo Primeiro Ministro, outro Pedro, o Santana Lopes, abatido num GOLPE DE ESTADO PALACIANO, levado a cabo por um tal Jorge o Sampaio, filho de um grande casal e nobre casal, sendo o pai, Arnaldo Sampaio, o homem que ajudou a salvar muitas vidas, rodeado de um grupo de heroicas Enfermeiras, que implantaram a vacinação em Portugal, sem fanfarra nem folclore; naturalmente.
Mas como é que tão generoso e honrado casal gera um filho que teve um fim tão ignóbil, vergonhoso, de que ninguém fala, porque quem devia falar está tão comprometido como ele?
Dizem que foi por causa da MÁ MOEDA, que Pedro Santana Lopes mandou cunhar. (Devem referir-se aos impostos que lançou, onde o havia - na banca - e com essa, a léria da  MÁ MOEDA,  acabaram com o curto mandato do Primeiro Ministro mais socialdemocrata que houve, em Portugal,  depois do 25 de Abri 1974.
Estávamos no ano de 2005, onde o da BOA MOEDA, que se seguiu, Sócrates, o Português de Parada do Pinhão, herdeiro em 3º grau das minas de volfrâmio do Vale das Gatas - Sabrosa.
Coisas do destino.
Santana pretendeu andar depressa de mais (aprendeu isso com Sá Carneiro de quem foi a pessoa de maior confiança, juntamente com Conceição Monteiro) e começou por exigir mais impostos aos bancos e Sampaio, Presidente da República (chega a parecer das bananas), só ele sabe a mando de quem, abateu-o, dissolvendo o Parlamento, no qual o Governo de Pedro Santana tinha MAIORIA ABSOLUTA. 
E esta e este hein?
Não envergonha as consciências dos politicamente corretos e feitos de carbono puro, onde cristaliza em diamante?
A minha memória lembra-me de quando esse agora herdeiro da Rainha D. Amélia, a Lutadora contra a Tuberculose, era do MES, esse fenómeno político, feito por e para conveniência de momento, tipo Catarina Imperatriz, onde todos eram Lenines e só tinham um trabalhador, por sinal Enfermeiro, que lhes curava a s bebedeiras. Bons tempos de mudança da mudança, que os levaram a transformar-se em GIS e outras metamorfoses, mais imaginosas ainda.

O Costa e o seu conjunto absurdo, hodierno, que promete a estabilidade reunindo os instáveis, treinados perto de Paredes, na casa, que foi do Zé-do-Telhado, onde se ensina  a tirar aos ricos para dar aos pobres, mas não é para acabar com eles, porque então, lá se ia a motivação política, motivação e discurso; e a vitória com os vencidos da coisa pública, não passa de uma corte de anjos e arcanjos, cotejados com os tempos de Sampaio político do MES. E, quando fez o que fez a Santana não pensem, que se arrependeu, ou pediu desculpa pelo golpe, que deu. E golpe é golpe, venha de onde vier e seja contra quem for: é sempre golpe.
Por que se admiram alguns do cenário atual, de este pobre coitado, derrotado e humilhado, pretender ganhar, na secretaria o que  perdeu, no campo da luta?
 Nesta estirpe, o gene da traição está-lhes na massa do sangue!
São os mais eficazes servidores do que dizem combater (ver a boa e a má moeda).
Mas não confundam o PS com esta cambada, porque tem lá muita gente boa, convém realçar.
E bandalhos podem crescer à sombra de qualquer partido.
Não é preciso citar exemplos; basta tomarem  os comprimidos da memória, para que eles desfilem, nas vossas mentes.
Com amizade,
José Azevedo

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