sábado, 12 de março de 2016
NOMEAÇÕES EXTEMPORÂNEAS
Sabia que alguém da oposição iria falar das nomeações que o governo está a fazer para diversos cargos de maior ou menor poder e influência.
Claro se torna que uma boa parte delas se destinam a preencher cargos que terminaram a sua vigência.
Mas quanto aos novos havia de ser bonito o governo nomear os encartados de partidos da oposição, sobretudo do PS, obviamente.
Os autores da gracinha deviam consultar a história do seu(s) Partido(s) e verificar como se comportaram, em circunstâncias idênticas. Assim escusam de atirar pedras aos outros, com os telhados de vidro, que têm.
Já sabia que isso ia acontecer.
Basta esperar sentado, para ver a falta de imaginação e vergonha.
Por isso tomei a iniciativa de publicar uma conferência que Max Weber, grande observador destas situações e que tem por título "a política como vocação", que podem encontrar neste mesmo blogue.
Por esse texto, de 1920, podem ver que a dinamização de um partido político está directamente dependente do seu poder de colocar os seus militantes.
Mas é um exercício de seriedade, que analisem os respectivos comportamentos, em circunstâncias, iguais a primeira preocupação dos responsáveis pela governação PS, foi apearem os não militantes socialistas.
Recuemos a 2005 e ao Hospital de São João.
Correia de Campos, Ministro da Saúde, começou a fazer o abate dos não socialistas, diz ele que por fragilidade sua e obediência ao partido, que não dignifica, confessa.
Até teve de indemnizar o presidente do CA, porque não tinha, ainda, uma ano de nomeação.
Para mim as desculpas que conseguiu aldrabar foi ser sindicalista e membro de um CA.
O democrata não sabia nem sabe, que no meu Sindicato os membros da Direcção nunca deixaram de desempenhar os seus cargos, porque são pessoas que não misturam os seus compromissos.
Já o democrata, vindo a correr da extrema esquerda, onde se filiou, em 25 de, como reacção ao seu patrono Coriolano Ferreira, grande homem e grande professor de Administração da Saúde. Mas como o MES não dava e o do seu cunhado Anacleto, ainda vinha longe, foi para o PS, que tem critérios muito pouco exigentes para estes emigrantes políticos, ao que se nota.
Ora esta lembrança histórica para os desconhecedores da matéria, só tem a ver com o ditado popular: «O bom juiz, por si julga os outros». E não lhe passa pela cabeça, que possa haver pessoas que não misturam os estatutos.
Mas esta desculpa esfarrapada do Campos, é para os exteriores.
O que é espantoso é gente desta ter a audiência que tem. Mas a questão é bem mais séria e não vou falar dela aqui, neste momento.
Veja o que aconteceu com a minha substituta: Foi candidata pelos Beatos a uma junta de freguesia lá para o Padrão da Légua, mostra a mais completa incapacidade para o cargo e o Governo PSD/CDS, mantiveram-na, apesar de ter sido nomeada pelo famigerado Correia Campos de.
Um dos argumentos que esse famigerado usou para alterar a lei da eleição do Director Clínico e Enfermeiro Director, por escolha dos pares, eleição, portanto, foi o sindicalista, eu, ter sido eleito com 70% dos votos. Quer dizer isto duas coisas:
- Que não fui proposto por qualquer partido político;
- Que essa escolha foi uma das principais causas de ter atingido resultados que estão escrito na estatística de que tantos gostam e de que nunca mais foram conseguidos...
Apenas recordo que os governantes passam e os os Sindicatos ficam para lhes traçar os epitáfios.
Com amizade,
José Azevedo
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