REINVENÇÃO DO ZORBA, O GREGO

Estava eu a ver uma das muitas telenovelas, que ainda são uma boa parte das hipóteses de higiene mental, que temos. E fiquei preso de um pensamento impressionante.

Trata-se duma carta que o Governador de São Tomé e Príncipe escreveu ao Rei D. Carlos I.

Essa carta ficou na história, por uma singularidade muito especial: foi escrita por um homem, que se matou, após tê-la escrito, dirigida a outro homem, o Rei, que morreu assassinado, antes de a poder ter lido.

O Costa (não o do castelo) está a tentar demonstrar a triangulatura do circulo, até conseguir o zero perfeito ou absoluto.

Convém lembrar que foi a descoberta do zero, que tornou possível qualquer sistema decimal, até o da estupidez.

Tem sido, para mim, e para muitos, suponho; uma surpresa, como é que um especialista, em quadraturas de círculos redondinhos, consegue, em vez de jogar a sueca, com a manca, propõe-se adaptar o triângulo, mete-lhe um eixo no centro geométrico, põe-no a andar à roda, e, enquanto o homem da marreta vai britando ponto por ponto, da sua existência, a ninfa Catarina Caty, de cabelos ao vento, dominados pelo lenço de 3 pontas, vai, vai gemendo:

"Mais depressa lhe digo,então, morrendo/

Enquanto a Caty sinais do mesmo dava/

Mística pevide fomos comendo." (Que me perdoe o Bocage o mau uso da sua despoesia)

"Mais depressa, 

lhe digo, então, morrendo...

Enquanto Caty sinais do 

mesmo dava, mística p.

Fomos comendo." (Manuel Maria Barbosa du Bocage)

Nota: é um beijo técnico muito usado no teatro e, não só?!

Mas o que esta costeirice (agravamento da doença do Costa) tem de especial é a forma como se aproxima da construção do engenho, que Zorba engendrou, para descer os toros, monte abaixo, e a sua alegria, quando um dos toros destruiu o engenhoso método, completamente...

É, depois desse sucesso, que Zorba, cheio de encanto e beleza, solta um ah de espanto, porque conseguiu a destruição mais perfeita que alguma vez imaginara: é então que abre os braços (mais ou menos com o Cristo Rei da outra banda) e começa a dançar e a cantar a música que o imortalizou, através de tanta arte demolidora.

Costa, com a sua teatralidade vermelha conseguiu com que o defensor emérito, Jerómino, o da marreta, das causas justas dos trabalhadores, que trabalham e não trabalham, (especializados em lerpa, sete e meio, sueca e bisca lambida), esmagasse ponto por ponto a herança marxista, tentando imitar os que estão destruir os restos de civilizações passadas, coisa bárbara e impensável, no homem da marreta pneumática.

E agora, António, quem vai reerguer a CGTP/in, das cinzas, qual fénix...

A Catarina, que não é Eufémia, de tão feliz com o êxito da sua comédia, e actuação, que converteu os beatos em PRD da moda, elogiada por todos os bons apreciadores de teatro, desde a extrema E, à extrema D, quase entra em transe orgásmico, como sugere a foto, acima exposta, tal a habilidade digital de contactos do Costa, ladeado pela figura imponente de César, que me faz lembrar o vice-rei dos Açores, que levou à falência o estaleiro de Viana, como diziam os responsáveis do dito, na visita guiada a que assisti, ao demonstrarem a rejeição do barco(s) se deveu à diferença de um nó a menos, em velocidade de competição.

E ainda por Manuel Pizarro, que além de ter comido os Enfermeiros, a quem destruiu a carreira, transformando-a milagrosamente em pluricategorial com uma só categoria - a de Enfermeiro, também come as catotas, que o seu nariz bactericida produz, enriquecendo as suas defesas imunológicas, através de...

Foi visível, na reunião do órgão diretor do PS, em 12 do corrente esse gesto natural de papa-catota, em que só o camaramen da TVI parece ter reparado e gravado; os outros estavam embasbacados com  a eloquência e encanto do discurso do comandante Costa.

Para não jurar falso, nem cometer exageros pus a reprodução da imagem no "frame to frame", onde se pode apreciar a delicadeza do gesto, na passagem de imagem a imagem (como fazem no futebol, para ver se a bola entrou ou não, na baliza.

Assim, Costa o inclassificável, porque já excedeu todos as classificações terrenas possíveis, promete o cúmulo da estabilidade, através dos instáveis mais perfeitos, dando mais do que prometeu dos bens, que não possui, nem sabe, onde os ir buscar , apoiado circunstancialmente pelos mais consagrados farsantes, esses 2 comparsas, que fingem ser o que não são, e dar o que não podem dar, para alimentar os pobres, que têm de fingir, que a fome, que têm, não passa de uma miragem da imaginação criadora da sua mente doentia, em delírio, no deserto; eis o cúmulo da estabilidade, por Costa Comandante, El Campeador, inventado a partir do nada, onde nasce e morre, sem honra nem glória, que ainda não tinha sido inventado, nesta era de incertezas.

E Zorba canta e dança deslumbrado com a destruição completa, que nem o Tripas conseguiu.

Parabéns!

JCA.


 E julgava-me eu um definidor próximo da realidade antes de ler Arnaldo de Matos, que em tempos ido chegou a ser considerado primo do Júlio. Veio a verificar-se que não é. (José Azevedo)

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