terça-feira, 22 de dezembro de 2015
O ANEURISMA PROVIDENCIAL MAS JÁ METE NOJO, NÃO METE...!
ANEURISMA PROVIDENCIAL [ I ]
ANEURISMA PROVIDENCIAL [II]
NB:
Independentemente da morte do infeliz DD, que morreu de aneurisma, rebentado, que se lamenta, devemos ver com serenidade suficiente o outro lado do fenómeno, que está a ser politizado ao extremo, sem qualquer respeito pela vida e pelos doentes:
1 - Ninguém pode garantir as consequências do rebentamento de um aneurisma, por muito doutor e experiente que seja. A minha dúvida segura é se para o defunto não foi mais bem morrer e descansar em paz do que viver, vegetando, e sujeito às mais diversas tentativas de recuperação improvável, senão de todo impossível.
2 - Os pormenores que meteram na cabeça ignara da familiar do DD, para repetir, com a televisão oportuna a captá-los, eram de mau presságio, pela intencionalidade televisiva e um forte odor a aproveitamento circunstancial.
3 - Depois não faltou o lembrete de que a causa destas mortes imprevistas, é de várias equipas de ilustres neurocirgiões, não irem dormir aos hospitais nos fins de semana, para garantirem que os mortos de AVC, se eles lá estivessem não morriam, mesmo a dormir, não morriam. Só morreriam se o mal fosse mesmo de morte.
4 - Tenho algumas dificuldades em seleccionar quem é mais criminoso:
4.1 - Se o aneurisma que mata;
4.2 - Se quem se aproveita da dor de quem perde entes queridos, para impingir certezas que não tem, de garantir a imortalidade humana, com soldas e enxertos.
5 - Ao Sr. Dr. Adalberto saiu-lhe a sorte grande com esta providencial demissão colectiva, que lhe deixa aberto o caminho para os seus prosélitos, na sua arte de "bem administrar".
6 - Conclusão: todos lucraram com este providencial aneurisma, que vai garantir a imortalidade neurocirurgica, com a presença física dos artistas da coisa;
A família livrou-se do peso morto de um ser vegetativo;
O ministro da saúde conseguiu libertar o caminho de três administradores de três unidades importantes, no SNS, para colocar os "seus", que não são poucos e que vão; desde o 10% (agora 30% na família Santos) até ao c. u. do Judas.
A minha mente recebeu um bom treino e melhor exemplo, com este aneurisma providencial, para se tornar, definitivamente perversa incorrigível, na interpretação destes fenómenos, que da desgraça passam para a política a demonstrar os usos indevidos da coisa.
Daí que, não sei o que é mais ignóbil:
Se por um neurocirurgião, em cada esquina, ou seja; desde os SAP, SASU e coisa parecidas;
Se prometer às pessoas, que vai ser decretado o fim dos AVC e a cura infalível, quando eles acontecerem; (Não cito aqui o nome de Médicos ilustres, por respeito pela sua memória e mérito, que morreram de AVC e que não puderam beneficiar destas manobras políticas, na saúde, que, em vez de integrarem, naturalmente, a morte na vida, prometem a imortalidade, desde que haja artistas infalíveis, por perto, francamente: haja maneiras... );
Se garantir-lhes a imortalidade, desde que esteja médico por perto;
Se informar, correctamente, a gravidade das situações e a impossibilidade de remediá-las;
Quem encomendou o folclore televisivo e jornalístico desta situação natural e normal, para dela se aproveitar, para fins mais que evidentes, não é honesto, nem dignifica o SNS, através dos autores e aproveitadores do azar do DD.
E já agora; não me recordo ter lido o pré-aviso de greve aos fins de semana mal pagos, destas equipas que os estavam a recusar, por serem parcas e parvas as recompensas financeiras, por esse trabalho. E são.
Mas qual vai ser o castigo pela desobediência ilegal, ou greve ilegal, digamos...?
Ou não estão sujeitos ao dever de obediência, como todos os outros?
O(s) aproveitador(es) não sabe(m) que as horas extraordinárias, que resultam do acréscimo imprevisto de serviço, são obrigatórias e quem se recusar a trabalhar nelas, para suprir o dito acréscimo, deve ser punido?
Ou será que, na perspectiva "Orwellica" da situação, há animais, que para atingirem os seus interesses, estão dispensados de certos condicionalismos legais, por serem "mais iguais", que os outros?
Sr. Ministro bem saúde, ponha lá os neuras, ao fim de semana, mas, para este bem comum da saúde ter melhor tratamento, mande, por terra, à Holanda e à Austrália, pois são países, que estão no topo do "ranking" , um mensageiro, de preferência saído dos interessados, para se informar como tratam, lá, situações similares;
encha-lhes os bolsos de dinheiro;
Mas não permita que a publicidade, descaradamente, politizada, bem pior do que a dos ossos "calcitrimmados" da Simone, continue a escandalizar-nos, insultando, a nossa racionalidade e conhecimento. O Infarmed da cirurgia neura, também devia declarar esta publicidade enganosa, como está a declarar a do "calcitrim", penso eu...
Não abuse mais dessa via, porque quando a esmola é grande... e os efeitos podem ser consciencializados, logo contrários. E, oxalá que sim!
Ora o que para alguns não passou de um acidente, e uma das muitos possibilidades de morrer, está a transformar-se naquilo que é: um aproveitamento político para mostrar "vis, viris"!
Não precisam de me lembrar que há alguns, que vão dizer não entenderem o que estou a transmitir e outros tantos, ou mais, que vão fingir que não entendem, o que entenderam bem de mais...
Haja Deus e menos aproveitamento natalício das vergonhas: fale(m) da vergonha do orçamento extemporâneo, para alternar!
José Azevedo
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