Caros Colegas.
Quem não faz greve terminado o seu turno deve abandonar o serviço, porque a lei proíbe substituir os grevistas, a partir da entrega do pré-aviso de greve (ler os textos que abaixo falam de greve).
Os Enfermeiros não grevistas, têm, como os grevistas, uma escala de serviço, que, uma vez cumprida, e que não pode ser alterada; a meio, no principio ou no fim da mesma escala, os cumpridores devem abandonar o serviço, como diz a Lei (DL 104/98 art.º 11º nº 2, b)). E não têm que dar satisfações a quem quer que seja, porque nem a administração tem poderes para os impedir ao abandono do serviço, cumprida a jornada.
A greve é feita, na função e no local, onde cada um está a trabalhar.
Colegas do SEP, que se julgam donos disto tudo que cheira a greve, e do exclusivo da sua interpretação, deviam começar por dar o bom exemplo e reflectirem por que se fazem greves... em vez de abandalharem as greves e desmerecerem a memória dos que deram a vida pelas lutas genuínas e puras do sindicalismo, nomeadamente as greves, sem abandonarem os locais de trabalho, guardando-os, às vezes, pagando com a própria vida, essa permanência no local de trabalho, para que outros não banalizassem a greve; para que ninguém possa desempenhar a sua função (deles grevistas), conferindo à greve os malefícios que dela se esperam.
Estes Colegas do SEP, ainda não conseguiram perceber, entre outras coisas, aquela de empurrarem os não-grevistas para os substituírem a serviços completos, porque não estando de greve, não se podem ocupar dos serviços mínimos, que são próprios dos grevistas.
Decretar uma greve, onde nada falte, aos doentes, ou serem ainda mais bem tratados do que em situações normais, lembra os Enfermeiros Chilenos que, há 30 e tantos anos decretaram uma longa greve que teve como consequência, a redução de 25%, na mortalidade.
Mas estes SEPs fazem figura, à custa dos não grevistas e nem têm olhos para verem que essa atitude denuncia as verdadeiras intenções da greve, que não são laborais. Se fossem laborais, teriam a presença dos grevistas, a guardarem os postos de trabalho, que, sem por em risco a vida dos doentes, (daí os serviços mínimos), devem causar-lhes o maior transtorno e desconforto possível. Mas se entregam essa tarefa aos não grevistas; é má prática, porque pode anular os efeitos próprios das greves. Há várias razões, do decreto das greves, mas a principal é para impor a vontade dos trabalhadores, quando os seus direitos estão a ser desrespeitados, violados.
Mas as greves destinam-se a causar transtorno e um dos deveres do grevista é não abandonar o local de trabalho para impedir que outros tapem as falhas que a greve deve provocar, obviamente.
Ora, quando um grevista chega ao serviço e se vai embora, porque está lá um não grevista a terminar o seu turno, presta um mau serviço à greve, porque pode estar a permitir que o não-grevista neutralize os efeitos da greve, se é que esse grevista tem a mínima noção do que é e para que servem as greves e a direção e filiação do SEP demonstram não conhecer isto.
Por outro lado, é o Sindicato que decreta a greve que tem de fornecer a lista dos prestadores de serviços mínimos e não o Sindicato que não entra na greve.
Depois, outra coisa que o SEP não parece ter dado conta é que o piquete de greve não atua, nos que devem prestar serviços mínimos, muito menos nos não-grevistas, que são todos os que estão escalados, pois não é na escala que está a questão, mas na quantidade e qualidade de serviço. (mínimo).
E este pessoal continua na dependência das administrações, embora piquetes de greve mal formados e informados continuam a cultivar a ignorância besta, perturbando quem não é da religião sem deus deles. Bastava lerem a lei da greve e mandarem às malvas um protocolo, que publicaram, como bíblia e que está cheio de erros.
Havemos de fazer um apanhado das burrices, que esta gente pratica, destruindo com elas, a eficácia da greve e perturbando quem é mais inteligente e operativo do que eles e elas (vide comportamento da Fátima Oliveira SEP/HSJ). Se vos ameaçar(em) com processos disciplinares e outros deixem vir eles que nós cá estamos para defender as vítimas desta gente, que nunca mais cresce nem aprende, porque lhes dá jeito serem pequeninos e pouco espertos e, sobretudo ignorantes.
Mas, se não têm quem os ensine, nós, no SE, em nome e conforto dos nossos Associados, que estão expostos aos coices destas alimárias, ensinamo-los, de graça, a ler a lei da greve, tal como ela está escrita...
Com amizade,
José Azevedo
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