Aos poucos, poucochinhos, as pedras vão-se juntando e encaixando, no puzzle, para conseguirmos saber quem explora as mortes, nas urgências públicas;
quem entope e esgota quaisquer capacidades de atendimento;
quem mitifica o povo de que os profissionais de saúde, são infalíveis, mormente, os médicos, num sistema médico-centrico absoluto.
Claro está que o que alimenta esta inflibilidade são os muitos se-se-se com que é costume desculpar a morte.
Se, mais um se, os Enfermeiros não fossem os mais mal pagos da função pública e não tivessem de pagar, em muitos casos, para trabalharem, não seriam a causa principal, não única, desta não intervenção cirúrgica, que podia salvar, ou não, a vida do DD.
Os crimes de onde emergem estas anomalias, pois até os técnicos de diagnóstico e terapêutica, que nasceram dos Enfermeiros, já vão nos 1600€€, enquanto estes ficam nos 1200€, foram da autoria de Manuel Pizarro, que até tem, no seu currículo a antropofagia enfermeira: "os Enfermeiros, esses já os comi", disse o governante eufórico, arrotando, satisfeito, em 2009...
É nestes criminosos, que têm de procurar, com a máxima urgência, as causas do desinteresse profissional, de todos os elementos das equipas, quando a função é duma equipa.
Devem, depois, acrescentar ao algoritmo da triagem, que os Enfermeiros usam, mais um item: de onde provêm os doentes em estado terminal, para detectarem quais são as urgências privadas, que "despejam", nas urgências públicas os moribundos e, depois, culpam os profissionais de falta de infalibilidade, que não de falta de profissionalismo.
Anda tudo a dormir ou quê?!
Chefiei durantes 10 anos os não-médicos das Urgências do HSJoão. Conheço bem as suas limitações e possibilidades.
Deixem de brincar com fogo.
José Azevedo
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