TOTAIS DOS PROFISSIONAIS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE <prima aqui>
Sendo os Enfermeiros a estrutura onde apoia o SNS sem lhes ser feita justiça e promovida a equidade de acordo com o valor do seu trabalho, não há pacto possível, porque estaria assente em areia movediça e, como tal, quanto mais se movesse, mais se afundaria.
Gostaríamos de participar activamente no consenso almejado pelo PR, mas a desmotivação e descrença dos Enfermeiros, que já atinge os que, atrás do som fantástico trombetas anunciadoras das auroras comunistas corriam, não no-lo permite sem uma profunda reparação dos danos causados na Profissão Enfermeira.
E não é com merecidos elogios, nem com piedosas recomendações que os Enfermeiros pagam as contas, que lhes permitam uma vida, minimamente gratificante, da dureza do seu trabalho. Para conseguirem sobreviver têm de recorrer ao trabalho escravo e depois não têm tempo para viver, porque o tempo esgotou-se e o comércio fechou.
Sem uma reformulação urgente e profunda não há pacto possível, porque o material é escasso e a pluralidade não existe.
A total medicalização do SNS, que o afoga, a todos os níveis, enquanto não for revista;
Enquanto não for harmonizada a remuneração de cada sector profissional, pois é imoral que 25.000 Médico consumam 85% da massa salarial total do Ministério da Saúde e os restantes trabalhadores têm de sobreviver com os restantes 15%.
Como se pode falar em consenso numa situação de tanto anti-senso?
Ouvimos falar em reformas, mas não é com os autores do formato actual que se pode esperar deles reformas.
É de esperar um pacto ao nível da saúde, desde que não esteja assente nos escombros das condições de vida e de trabalho, dos Enfermeiros que já nem o controlo da informação de vozes dissonantes consegue disfarçar.
Sem comentários:
Enviar um comentário