UM CASO PARADIGMÁTICO DE MÁ CHEFIA

PERGUNTA:

PODE O SERVILISMO DA CHEFE TRANSMITIR-SE AOS SUBORDINADOS?

RESPOSTA: SIM, PODE E TRANSMITE-SE FREQUENTEMENTE.

VEJAMOS UM CASO CONCRETO

A.P.D. É uma Enfermeira, que carrega com um filho vítima de incapacidade, produzida por uma vacina em que a mãe acreditava. E correu mal, pois imunizou também a massa cinzenta da vítima.

Foi destacada para uma US-M, de um Centro de Saúde.

O seu horário é o legal:

Jornada contínua das 8H15.

Mas eis que foi destacada uma administrativa de funções, que exige entrar às 8H30.

Depois das 15H, há uns Médicos, que andam, só eles sabem, por onde, e para transformarem a Enfermeira A em apoiante de consultório inventaram, habilidosamente, uma consulta de equipa, para ter a Enfermeira a medir tensões e peso dos clientes da consulta do Médico, que entra às 16H30 e sai, às 18 horas.

Neste contexto, surgem as mexidas, no horário da Enfermeira A, assim:

1 - Não pode meter o dedo no olho da Administração, porque a porta da US, só abre às 8H30, se a administrativa de funções estiver, para tanto, disponível, embora o horário legal das US seja, como é sabido, das 8H-20H;

2 - Não pode fazer jornada contínua, para dar cobertura, à consulta dita de equipa...

E a criança sofre mais estas agressões, que a mãe procura atenuar.

Oficiamos ao CA as violações da lei e da falta de respeito pela nossa Associada, Enfermeira A, pois se a hora de entrada é às 8, é a administrativa de funções, que, tendo a chave da casa, deve condicionar o seu horário pessoal, ao da lei, que determina a hora de abertura;

Por sua vez, a consulta dos Médicos, mesmo que lhe chamem, habilidosamente, de equipa, para terem a apoiante a preencher-lhe os cabeçalhos das receitas (caricatura atualizada), fazem a consulta mais cedo e pedem-lhe ajuda, PF. porque não são apoiantes de consultório e as solicitações do Médico estão escritas e protocoladas no "recipe - Re" ou "receba" da receita médica, e só; não há mais.

O que me magoa é esta gente não sair da sua zona de conforto e sacrificar, por comodismo funcional, puro e duro,uma Colega, a única que tem condicionalismos sérios e acautelados pela lei, ameaçando-a, quando devia ser a única a ser respeitada, nas suas limitações humanas.

Quando é que esta gente aprende?

Ó Vizinho do andar de cima, vê lá se, com os teus poderes absolutos, dás uma ajuda a esta gente, porque vês mais alto e longe.

Com amizade,

José Azevedo