RESULTADOS DE INVESTIGAÇÃO A PRECEITO
No passado dia 20 foram apresentados, na sede da Ordem dos Médicos, os dados preliminares do “Estudo dos Custos e Consequências das Unidades de Saúde Familiar (USF) na perspetiva da reforma dos cuidados de saúde primários (CSP) do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, um estudo adjudicado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) à Escola Nacional de Saúde Pública.
O estudo demonstra ainda que as USF de modelo B melhoram gradualmente a sua despesa com medicamentos faturados por paciente do SNS (baseado no PVP), na medida em que ao longo dos anos se verifica uma redução da mesma, bem como na prescrição de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT). Em comparação com as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), foi apurada uma poupança potencial com medicação em cerca de 105 milhões euros e de 16 milhões com MCDT.
A investigação analisou dados produzidos entre 2013 e 2015, em relação ao impacto nas urgências hospitalares, bem como de 2010 a 2015 de todos os indicadores contratualizados a nível nacional: controlo hipertensão e diabetes, rastreio do cancro (mama, colo do útero, cólon), vigilância de recém-nascidos, despesas com medicamentos e MCDT, entre outros (12 indicadores no total).
Além disso, este estudo veio pela primeira vez provar que o modelo USF reduz as idas ao serviço de urgência hospitalar em 6%. Se houvesse um alargamento do modelo USF a toda a população, existiriam menos 360 mil episódios de urgência em Portugal, o que se traduzia em cerca de 30 milhões de euros de poupança no Orçamento de Estado.
“Perante mais estes resultados, é mandatário que o atual Ministério da Saúde reveja a sua posição e proponha ao Governo acabar em 2018 com as quotas para as USF de modelo B, criando-se assim condições para se evoluir para a cobertura nacional em USF”, referiu em comunicado oficial a Direção da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN)
NB: Com que então os gastos com meios complementares da doença chamada diagnóstico e as prescrições terapênticas variam em função dos ganhos médicos ao fim do mês!
Quer dizer que um Médico da USF/B recebe de incentivos fixos, se tiver 1500 fixas de utente, 4370€€/mês+ os adicionais pela recente legislação...+o vencimento base.
Em termos científicos daquela "ciência", os outros Profissionais das UCFP têm de recorrer às comissões que os Médicos destas UCSP têm de conseguir, através de excessos de pedidos de exames complementares e de terapêuticas desnecessárias.
1 - Como se conclui: quem é que garante, por exemplo; que a mudança de UCSP para USF/B suprime o método dos excessos em meios complementares da "doença diagnóstico" e respetiva terapêutica infinitiva?!
2 - Se estes vícios estão diretamente relacionados com os vencimentos ao fim do mês
1 - Como se conclui: quem é que
garante, por exemplo; que a mudança de UCSP para USF/B suprime o método dos
excessos, em meios complementares da "doença diagnóstico" e respetiva
terapêutica infinitiva?!
2 - Se estes vícios estão diretamente relacionados com os
vencimentos ao fim do mês, aos quais são
inversamente proporcionais (quanto menos vencimento+meios complementares, neste
caso, e + terapêutica, pelos vistos,
desnecessária, porque o seu fim é
aumentar rendimentos médicos e não ganhos, em saúde dos Utentes.
3 - Estas deduções, altamente científicas, atiram às urtigas a minha já
tão debilitada e gasta inocência, aumentando a minha fé, no Além, pois até
Cristo dizia: «a tua fé te curou!»; «Vai lá e não voltes a pecar, sê
moderado!»
Com estes contribuintes, para a
ciência, não admira que o Ministro, que temos, na Saúde, tenha falta de tempo
para atender os Enfermeiros!
Compreendem, agora, a partir destas
"conclusões científicas", para Ministro meditar, por que dizemos que,
nos CSP, só há lugar para um licenciado e esse; é o Enfermeiro, obviamente.
E o óbvio não tem discussão.
Com amizade,
José Azevedo
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