«Ó SEP, mas será possível...?!
Há coisas que temos de ver para acreditar.
Amanhã, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), reunirá com o Ministro da Saúde no sentido de resolver o diferendo com os Enfermeiros especialistas (que vão suspender os cuidados especializados se não forem remunerados para o efeito).
Para tal, o SEP vai propor um suplemento de ...100 euros(!!!!), como forma de reconhecer o exercício dos especialistas (os que a instituição considera que estão em exercício, o que deixa margem para "simpatias" e subjectividades...).
É este o valor da profissão!? É este o valor dos cuidados altamente diferenciados?!
O Ministro da saúde tem visto no SEP a possibilidade de isolar a Ordem e o Sindicato dos Enfermeiros (mais reivindicativos para a profissão), ao negociar apenas com uma frouxa força sindical (notoriamente sem ideias, sem estratégia e com uma mentalidade operária)!
Recordo que o acréscimo de 5 horas semanais rendeu aos Médicos... 1000 euros mensais!
Prestar cuidados especializados de Enfermagem, 35 horas por semana, vale apenas 100 euros?!?»
Prestar cuidados especializados de Enfermagem, 35 horas por semana, vale apenas 100 euros?!?»
Foi por o preverem, de acordo com o carácter dos intervenientes (SEP-Ministro), que a FENSE decretou uma greve de zelo por tempo indeterminado.
Não esperem todos os interessados apanhar-nos nas banalidades utilitárias; como é um conflito político, é fazer política,com a situação.
Temos que evidenciar quem são os amigos e os inimigos dos Enfermeiros, mas tão-só, para os avisarmos, para não serem comidos, mais uma vez, por lobos vestidos de cordeiro; quem as tem feito, tem de as pagar, ainda que disfarçado de cordeiro.
Se isto é fazer política!
Não é!
Trata-se, apenas de fazer justiça, a quem nos tem valorizado e a quem nos tem comido.
E isto é demasiado evidente e coincidente!
Não tentem comparar a nossa luta, com outras, porque, sem falsa modéstia, a greve de zelo, está estudada, ao pormenor, e vai render os resultados, que esperamos. Se a entendessem não seria feita por nós.
Dada a enorme quantidade dos exploradores do trabalho profissional dos Enfermeiros, que nos levou anos a dignificar, é natural que as manobras dissuasoras sejam várias. Mas estão por nós previstas. A surpresa seria não as haver.
O desprezo a que o Ministro da Saúde tem votado as múltiplas solicitações da FENSE, essa é que é uma OPÇÃO POLÍTICA MINISTERIAL.
As nossas posições são só sindicais, em torno de objetivos que o Ministro da Saúde deve conhecer, se é que já leu os compromissos, que herdou e que interrompeu, em Agosto passado.
Quanto ao comportamento dos nossos Colegas do SEP, não o comentamos, porque é um contínuo de desvalorização profissional, largamente documentado, através dos anos, em que tiveram o exclusivo do comando da Profissão. E não tem margem de manobra para ser de outra forma. As limitações que têm e as obrigações que lhe exigem, levam a estes abusos de Colegas, que respeitamos e lamentamos.
De tão entretidos, que andam, com essa prática, nem o Ministro, nem muitos distraídos, se deram conta que as coisas mudaram.
E nunca mais as condições que nos trouxeram a este ponto de penúria, se voltam a reunir. A dinâmica é visível, no sentido e operacionalidade: o faz-de-conta morreu.
Colegas, adiram à greve e deixem os resto connosco, porque a vossa adesão há-de servir para atingirmos os objetivos preconizados.
"O que ri no fim; é o que ri melhor!"
P'la FENSE
José Azevedo e Fernando Correia
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