Quer isto dizer que na Saúde que este governo desgoverna de forma, ainda mais radical do que qualquer outro, não podemos comparar uma situação má, com outra menos má, que lhe sirva de refrencial, pois acontece, como na história dos sapatos, com pés e sem pés, nem sapatos; somente podemos comparar o mau com o péssimo.
Vejam esta:
Assunto: Situações consideradas graves no Aces Sintra
Exmo. Senhor ministro Dr. Adalberto Campos Fernandes
(Ministério da Saúde)
Por vezes tomamos conhecimento de situações que nos deixam perplexos. Ou não agimos e deixamos acontecer, ou apelamos a alguém com poder para, no mínimo, procurar inteirar-se e solucionar o problema.
Assim, passo à exposição das situações que considero, e algumas são, irregulares e graves no Aces Sintra/UCC Abraçar Queluz:
1- Existem apenas 2(dois) motoristas no Aces Sintra, logo os técnicos de saúde são obrigadosa conduzir.
2- Seguro obrigatório para a viatura, penso que o Aces não sabe o que isso é.
I.P.O.(inspecção periódica obrigatória) por vezes à uma substituição temporária das peças novas, sendo recolocadas as que não estão em condições após a inspecção
3- As viaturas existentes são insuficientes e não estão em condições de segurança (pneus carecas e com os arames à vista, bancos que não dão para regular por estarem avariados, portas e janelas que não fecham, cintos de segurança avariados, travões são uma miragem, entre outros).
4- Viaturas não têm manutenção e não são limpas.Algumas, quando chove, entra a chuva no seu interior ficando os bancos completamente ensopados.5- Os enfermeiros é que conduzem sendo motoristas uns dos outros e de muitos outros técnicos de saúde, têm de colocar gasolina e ver a pressão dos pneus, deixando de efectuar serviços de enfermagem que lhes compete.6- Quando alguns enfermeiros se recusam a conduzir são ameaçados com processos disciplinares, sabendo-se que esta função não faz parte das competências de enfermagem.7- Não existem enfermeiros, motoristas, informáticos, administrativos e outros técnicos,em número suficiente para os serviços a prestar
Não gosto desta parte mas há que ser realista
8- Na UCC Abraçar Queluz existe um casal de enfermeiros (desempenham funções no mesmo serviço) que utiliza as poucas viaturas para tratar de assuntos pessoais em tempo de serviço (como ir buscar as filhas à escola, ir levar a esposa a casa, entre outros), ficando alguns colegas sobrecarregados com tarefas, sem poderem executar o seu trabalho ou terem de cancelar actividades já programadas.
9- Este casal de enfermeiros tem tratamento privilegiado em relação aos restantes colegas (i.e. marcação de férias em todos os meses de verão, gozo de horas quando assim o entendem, escolha das actividades, entre outros) criando instabilidade na equipa e pondo em causa o trabalho dos colegas e até do cumprimento dos cuidados aos utentes10- Existe desrespeito, bullying laboral e discriminação (ouvido e presenciado por utentes da USF Massamá)11- Não são tidas em conta as problemáticas de saúde dos funcionários, sendo-lhes exigido executarem actividades em locais que colocam em causa a sua saúde12- Os superiores hierárquicos têm conhecimento de tudo isto e até ao momento nada fizeram e dizem não poder fazer nada(?) para alterar estas situações
13- Tome-se particular atenção ao facto de alguns enfermeiros terem saído deste serviço, apesar de gostarem e acharem importante este seu trabalho.
Envio em anexo fotografias do estado de algumas viaturas(não foi fácil a sua obtenção e ficam de fora as anomalias não visíveis).Face ao exposto, aguardo, que algumas das situações possam ser averiguadas e solucionadas.Com os melhores cumprimentos,
Atenciosamente
Eu subscrevo José Azevedo
Recado ao Sr.Ministro
Excelência, vá preparando as soluções, negociadas ou não, porque esta macacada brincalhona abusiva, com os Enfermeiros, vai ter de acabar, rápido, com ou sem OE.
José Azevedo
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