A forma como foi traçada a estratégia entre o Ministério da
Saúde e a proposta do ACT dos Enfermeiros é tão bacoca, tão gato escondido com
rabo de fora que espanta!
E como foi possível o Primeiro-ministro, com ar solene, participar
com a honorabilidade que o cargo exige, numa farsa toscamente montada!
E dava tantas esperanças de o SEP sacrificar a sua
existência, para negociar um projeto que nunca existiu, como se pode ver pelas
pontas que despontam!
Razão tinha o Sr. Dr. Chefe de Gabinete do SES que jurou sob
palavra de honra que não havia nenhuma negociação agendada.
Depois veio o Dr. Alexandre Lourenço aliviar a carga
negativa da ACSS e seus dirigentes que publicaram uma circular informativa,
grau mínimo de compromisso e de legalidade, mentirosa a mandar marcar faltas
injustificadas aos grevistas, que segundo outro farsante, o Sr. Secretário do
Emprego, que teve a ousadia de descobrir irregularidades no decreto da greve,
havendo 6 anúncios da greve em tempo útil.
Quando as Administrações dos Serviços do SNS descobriram a
manobra dissuasora retiraram em silêncio, isto os que tinham marcado e ameaçado
marcar faltas.
Mas nem sequer faltou o famigerado Prof. Correia de Campos,
Presidente do CES com 1 voto a favor, que tem estado a reter a sua legal
participação na reunião do Tribunal Arbitral.
É esta Entidade a competente para dirimir os conflitos, se
os houvesse, mas que não há, pois o MS nem convocou esse Tribunal, se pretendia
considerar irregular a greve.
Descaradamente a mediocridade do MS nem se deu conta que os
patrões não podem legislar em causa própria.
A participação altamente generosa dos Enfermeiros nas
iniciativas de Norte a Sul, por nós programadas, demonstrou que a Classe
Enfermeira está viva e disponível para lutar, até conseguir atingir os
objetivos que traçámos.
Quanto mais tarde os governantes descobrirem a determinação
dos Enfermeiros na sua luta, mais se conspurcam, na prática política, e mais
nojo semeiam à sua volta.
A FENSE,
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