domingo, 7 de julho de 2019
DE PORTIMÃO CHEGA-NOS UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE
E UM INSULTO À NOSSA INTELIGÊNCIA E RACIONALIDADE
Agora já não são os Médicos-Parteiros que determinam a manutenção da abertura eficaz das maternidades:
Agora já são os Pediatras.
Sabem porquê?
Porque os Parteiros Enfermeiros não vão deixar encerrar as maternidades para os partos normais que são em média 80% deles.
Como essa ameaça está a tornar-se problemática para os angariadores de emprego para Médicos relacionados com a maternidade, por ser a zona mais sensível à manipulação pública, porque as Parteiras Enfermeiras são uma incógnita na reação de assunção das suas competências nos partos normais, impedindo os Médicos, legalmente, de se intrometerem numa função que é das Parteiras, viram-se para a pediatria como se essa fosse uma necessidade imediata de qualquer parto, ao ponto de haver idiotas, com poder besta, para mandarem uma mulher em período expulsivo, à procura de uma Parteira com Pediatra, como se este fosse indispensável, numa situação de parto.
Como foi possível deixarem criar esta falsidade!?
A este propósito vou referir umas afirmações de Correia de Campos enquanto Ministro da Saúde na entrega do Hospital de Brada aos Mellos:
«....A filha de um amigo meu está em Londres a doutorar-se e teve o seu parto em casa e a Parteira seguiu a criança até aos 18 meses idade em que teve o 1º contacto com o Pediatra.»
Esqueceu-se de dizer que a Parteira era uma emigrante portuguesa, integrada na sociedade inglesa.
Vejamos a irracionalidade da pressão feita para contratar pediatras.
Se a Mãe em período expulsivo vai andar tantos kilómetros quantos os necessários para impressionar a opinião pública acéfala, correndo riscos ( Mãe e Filho) impostos por criminosos impunes (onde incluo as Parteiras que se acomodam as estas situações criminosas, logo cúmplices nelas), onde é que está a capacidade administradora desta problemática e onde estão os responsáveis por ela, quer de quem a promove, quer de quem a devia desmontar?
É chegada a hora da senhora Ministra da Saúde conferir às Parteiras as competências, que a lei nacional e internacional lhes confere, desde já, dando a administração das maternidades a Parteiras, que garantam que os partos normais se não transformem, em partos de risco, como está a acontecer, com a direção médica das maternidades, para encherem, mais ainda, as maternidades de Médicos, coisa nunca vista, em lado algum.
Se vai contratar mais Pediatras está a alinhar ao lado do crime, porque é disso que se trata.
Às Parteiras, como a todos os Enfermeiros, lembro que A RESPONSABILIDADE ESTÁ ACIMA, MUITO ACIMA DA OBEDIÊNCIA.
A Ética manda-nos agir, tendo sempre em vista o BEM MAIOR. É este a bitola que mede a moralidade dos nossos atos.
Deixar sair uma mulher em período expulsivo da maternidade para ir parir numa qualquer bomba de serviço, às mãos inábeis de um bombeiro/a não é moral, porque o Bem Maior é combater o corporativismo besta, que é imoral, ao fazer correr riscos desnecessários, para conseguir empregos médicos que nem sequer estão corretamente dimensionados como posso demonstrar administrativamente, organicamente...
A prova da bestialidade disto: na maternidade não há um pediatra, que só teria necessidade de se mostrar em caso de qualquer anormalidade, uma hipótese; por isso manda-se a vítima parir numa bomba de serviço de combustíveis, onde não há nada de nada, a realidade e não a hipótese...
"Post Scriptum": esta nossa determinação firme vem do fundo da minha consciência profissional, enquanto Mestre em Ética para a Saúde e nada tem a ver com as greves dos EESMOS e as atitudes que alguns Médicos-Parteiros tomaram, na greve daqueles, pois as ameaças que os Médicos estão a projetar sobre a maternidade é ilegítima, porque pretendem transformar em partos médicos os partos das Parteiras.
José Azevedo
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