Pelos vistos a segurança não andava por perto. E se andava não agiu.
Uma Enfermeira de serviço na noite de 15 de agosto, na sala a que chamam laranja, ficou entre outras pisaduras, com o nariz partido.
O agressor foi um viciado em droga dura, com 22 anos de idade e recorreu às Urgências do HSJ, pelos vistos, em mau estado.
A fera feriu mais 2 Enfermeiros que acorreram para salvar a situação, ajudando a Colega e, ainda, uma Assistente Operacional.
A frequência com que estas coisas estão a acontecer, já não são só os Enfermeiros de psiquiatria que devem ter técnicas de dominar doentes enfurecidos.
Vamos propor cursos de artes marciais para Enfermeiros, já que as campanhas contra os Enfermeiros começaram, de há muito, a produzir faltas de respeito pela Classe, quer por parte dos Doentes, quer por parte dos familiares.
Eu aprendi que o primeiro braço que o Doente tivesse são era para agredir o Enfermeiro.
Mas, agora, anteciparam a data das agressões, o que nos sugere medidas especiais adequadas.
Uma Enfermeira consciente da sua Profissão, quando lhe citei o princípio bíblico: « se te derem uma bofetada, oferece a outra face», mas não é para levar outra bofetada; é para avisar que vai retribuir a agressão, digo eu. Então a Colega respondeu: eu não vou fazer isso fardada.
Concordei e propus-lhe que se estava fardada para "levar", tira a bata, se isso a inibe, para retribuir o gesto, a agressão.
Enquanto os Enfermeiros não publicitarem uns bons murros nos olhos, nos queixos e nariz dos agressores e disso não fizerem a publicidade pedagógica que as circunstâncias impõem, continuam expostos a agressões injustas e lesivas.
Os moralistas de fim-de-semana devem entender um abuso meu, esta estratégia. Mas a esses, informo que, até Deus e a moral nos mandam ser bons, mas não exige sermos lorpas.
Conhecimentos de artes marciais é uma reivindicação que vamos fazer para serviços de maior risco e exposição, a agressões, como as Urgências.
E acautelem-se.
José Azevedo
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