sábado, 2 de novembro de 2019

GRÁVIDAS, DOULAS, PARTEIRAS, GINECOBSTETRAS



GRÁVIDAS, DOULAS, PARTEIRAS, GINECOBSTETRAS
Sabem o que pensamos das necessidades de a Ordem dos Enfermeiros dar nas vistas, tantas vezes em coisas que não deve nem devia, porque, não tendo pés para andar, fica dependente dos andarilhos.
O semanário Expresso de 2/11/2019 diz, em título: «GRÁVIDAS VÃO PODER PESQUISAR OBSTETRAS COMPETENTES EM ECOGRAFIAS».
Este título ridículo, no mínimo; comercial, no máximo, puxou-me a pena para perguntar coisas simples de consequências complexas e fatais.
Temos dito que a Clara das Salinas é a responsável por aprovar os especialistas e atribuir o título só a partir da data em que entram com o massa, estupidamente cara e, ainda do tempo, em que a Ordem tinha de sustentar falidos, com empréstimos do saco azul turquesa, a fundo perdido, sem dar nas vistas.
Teoricamente, os Colégios servem para dizer com os seus saberes, quem deve ser considerado especialista naquela especialidade. E se não servem para isto não servem para mais nada.
A Salineira, pessoa de confiança do núcleo duro da Ordem, limita-se a ler os papéis do currículo escolar e a pôr um visto igual para todos, porque o carimbo é o mesmo, no título.
A função nobre dos Colégios e a sua razão de ser, não funciona como devia, por manifesta ignorância dos ignorantes relapsos e incorrigíveis, resistentes a todas as tentativas de sabedoria.
As Parteiras, que com os Psiquiatras são as especialidades mais antigas, passam momentos de afirmação, sobretudo as Parteiras.
Parteiras que estão ensanduichadas pelas Doulas, de um lado, e Ginecobstetras do outro, já lhes vão chamando “VIGILANTES”.
Triste sina!
Isto não tem nada a ver com o momento eleitoral da Ordem, onde nem sequer somos bem vistos e benquistos, como é do conhecimento geral, mas com a oportunidade, de mais uma vez, lembrar que as aberrações, como o comportamento dos Colégios estão a ficar caras, à Enfermagem carangueja.
As Parteiras têm uma Diretiva Comunitária decalcada das normas internacionais da OMS e, nem sequer, ainda conseguiram a comparticipação de receitas de medicamentos da especialidade, a que estão internacionalmente autorizadas.
Estão cada vez mais secundarizadas e algumas dão evidentes e perigosos sinais de, já nem saberem o que são, e para que servem os seus préstimos.
O Movimento ESMOS arrancou os Enfermeiros do marasmo: uns para aderirem ao Movimento, outros, para se porem contra ele, porque sentem a necessidade de estarem sempre contra qualquer coisa, que mexa. Sentem-se bem, imitando vulgares cagalhões, boiando ao sabor da corrente. Quando a coisa mexe, param para ver para onde atirar a areia.
Digo isto com muita mágoa, por ver destruir comodamente, por défice de arrojo, aquilo que temos e conseguimos por Lei e por Grei.
Ides escolher os Colégios de Especialidades.
Pelo que fizeram não vos devem restar dúvidas na escolha, de quem se sente mal com o comodismo e mexe, quando vê que as coisas não estão bem.
Mas não façam como o João Gonçalves Merda que, descontente com o seu nome, pediu ao Ministro para o autorizar a mudar de nome. O Ministro autorizou, pedindo que enviasse o nome escolhido e o João escolheu: “Joaquim Gonçalves Merda”.
Podia ter posto: Linho, Espiga, Trigo, Milho…
Mas “João” é que o incomodava, porque, lá na terra natal, João é sinónimo de “maluco”.
Se sentem a necessidade e vontade de mudar, têm condições para o fazer.
Se acham que o problema não está na merda mas no João, está bem assim.
Eu continuo a penitenciar-me pelos meus erros, que propiciaram outros tantos ou mais.
José Azevedo


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