«A Ordem dos Médicos
recusa a necessidade de criação de outras especialidades de enfermeiros nos
centros de saúde e reforça a importância da enfermagem, “sob liderança
responsável do médico de família”.
Sobre a legislação que
enquadrará os enfermeiros de família, a OM defendendo que estes profissionais
não têm competência para substituir clínicos». (In JN 6.03.2013)
Esta OM é mesma insidiosa e perversa.
Continua a insistir que os “Enfermeiros não têm competência
para substituir os Médicos”.
E tem muita razão ao defender a sua Classe Médica desta
maneira;
Médico é Médico e clínico é doente acamado.
Concordamos com a OM (alguma vez tínhamos que estar de
acordo) que os Enfermeiros não devem nem sabem fingir de Médico.
Mas por que carga de água é que os Enfermeiros hão-de fingir
de Médico?
A OM insidiosamente está a sofismar de má fé uma questão
para desviar a água para o seu moinho.
Com efeito, se Enfermeiro não tem competência para fingir de
Médico;
Também Médico não tem condições para fingir de Enfermeiro.
Se Médico não tem condições para fingir de Enfermeiro, é
porque não percebe de Enfermagem.
Se não percebe de Enfermagem, não tem que liderar
Enfermeiros nem muito menos usá-los como muletas ou guarda-costas de consulta
Médica. Os Enfermeiros não precisam das ajudas dos Médicos para executarem as
suas tarefas, mesmo complexas.
A Enfermagem e a Medicina são duas paralelas que, como todas
as outras, não se encontram, nem geometricamente, nem funcionalmente.
O que Médico e respectiva OM receiam é que Enfermeiro
descubra e faça uso; “que a responsabilidade está acima da
obediência” como determina qualquer código elementar ou básico, de Ética
e Deontologia.
O Enfermeiro não precisa de ser de família para ser útil,
pois ele está acima da família; paira ao nível da comunidade, por isso; o mais
correcto é chamar-lhe “Enfermeiro de Comunidade”, para os OM não continuarem a meter‑nos nojo com sofismas baratos e
mal construídos, porque assentes em premissas fictícias ou distorcidas da
realidade das competências de Médicos e Enfermeiros.
São tão auto convencidos, que ainda não perceberam que
aumentar os cuidados de Enfermagem, gerais ou especializados nos centros de
saúde, para não alimentarem pseudoconsultas médicas não é substituir os
Médicos: é equilibrar as contas.
Pensam os pobres coitados que tudo que gira à sua volta é
coisa ou rés médica, porque a formatação
da sua mente não consegue lobrigar mais além, do seu ego umbilical.
Estamos disponíveis para dizer a estes bacocos da OM que os
desafiamos para lhes dizer o que é um Enfermeiro da era moderna, em Portugal e
qual o seu património genético, desde João Cidade a Florence.
Podem escolher o local e os meios de comunicação, que até
podem ser subsidiados pelos laboratórios ou pelos incentivos tipo USF.
Mas tentem perceber o que é um Enfermeiro e quanto tempo
leva a formar para fazer o que é capaz de fazer.
Quando souberem isso, nem o abusam com consultas médicas,
como muleta branca, a dar prestígio, ao coxo, nem receiam que venha a
substituir os desperdícios.
Venham discutir connosco e não se arrependerão; até podem
aprender algumas coisas que não sabem.
Um dia, o jornalismo, que temos, também vai perceber que
entre médicos e Enfermeiros não há confusões, mesmo imaginárias.
Quanto às lideranças apliquem a receita a vossemecês, que
bem precisam disso; os Enfermeiros têm líderes naturais e insubstituíveis.
Vá, venham daí discutir connosco para deixarem de dizer
asneiras em que só os bacocos acreditam e fabricam.
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