quarta-feira, 6 de março de 2013

A Provocação do Dia


«A Ordem dos Médicos recusa a necessidade de criação de outras especialidades de enfermeiros nos centros de saúde e reforça a importância da enfermagem, “sob liderança responsável do médico de família”.
Sobre a legislação que enquadrará os enfermeiros de família, a OM defendendo que estes profissionais não têm competência para substituir clínicos». (In JN 6.03.2013)

Esta OM é mesma insidiosa e perversa.
Continua a insistir que os Enfermeiros não têm competência para substituir os Médicos”.
E tem muita razão ao defender a sua Classe Médica desta maneira;
Médico é Médico e clínico é doente acamado.

Concordamos com a OM (alguma vez tínhamos que estar de acordo) que os Enfermeiros não devem nem sabem fingir de Médico.

Mas por que carga de água é que os Enfermeiros hão-de fingir de Médico?
A OM insidiosamente está a sofismar de má fé uma questão para desviar a água para o seu moinho.
Com efeito, se Enfermeiro não tem competência para fingir de Médico;
Também Médico não tem condições para fingir de Enfermeiro.

Se Médico não tem condições para fingir de Enfermeiro, é porque não percebe de Enfermagem.
Se não percebe de Enfermagem, não tem que liderar Enfermeiros nem muito menos usá-los como muletas ou guarda-costas de consulta Médica. Os Enfermeiros não precisam das ajudas dos Médicos para executarem as suas tarefas, mesmo complexas.

A Enfermagem e a Medicina são duas paralelas que, como todas as outras, não se encontram, nem geometricamente, nem funcionalmente.
O que Médico e respectiva OM receiam é que Enfermeiro descubra e faça uso; “que a responsabilidade está acima da obediência” como determina qualquer código elementar ou básico,  de Ética e Deontologia.

O Enfermeiro não precisa de ser de família para ser útil, pois ele está acima da família; paira ao nível da comunidade, por isso; o mais correcto é chamar-lhe “Enfermeiro de Comunidade”, para os OM não continuarem a meter‑nos nojo com sofismas baratos e mal construídos, porque assentes em premissas fictícias ou distorcidas da realidade das competências de Médicos e Enfermeiros.
São tão auto convencidos, que ainda não perceberam que aumentar os cuidados de Enfermagem, gerais ou especializados nos centros de saúde, para não alimentarem pseudoconsultas médicas não é substituir os Médicos: é equilibrar as contas.

Pensam os pobres coitados que tudo que gira à sua volta é coisa  ou rés médica, porque a formatação da sua mente não consegue lobrigar mais além, do seu ego umbilical.

Estamos disponíveis para dizer a estes bacocos da OM que os desafiamos para lhes dizer o que é um Enfermeiro da era moderna, em Portugal e qual o seu património genético, desde João Cidade a Florence.
Podem escolher o local e os meios de comunicação, que até podem ser subsidiados pelos laboratórios ou pelos incentivos tipo USF.
Mas tentem perceber o que é um Enfermeiro e quanto tempo leva a formar para fazer o que é capaz de fazer.
Quando souberem isso, nem o abusam com consultas médicas, como muleta branca, a dar prestígio, ao coxo, nem receiam que venha a substituir os desperdícios.

Venham discutir connosco e não se arrependerão; até podem aprender algumas coisas que não sabem.
Um dia, o jornalismo, que temos, também vai perceber que entre médicos e Enfermeiros não há confusões, mesmo imaginárias.

Quanto às lideranças apliquem a receita a vossemecês, que bem precisam disso; os Enfermeiros têm líderes naturais e insubstituíveis. 
Vá, venham daí discutir connosco para deixarem de dizer asneiras em que só os bacocos acreditam e fabricam.

Sem comentários:

Enviar um comentário