NB: Com um exemplo destes a coisa entende-se mais bem.
Como é possível um psicólogo saber tanhtas coisas de prática clínica (sobre doentes acamados), a partir dos medos e stresses e ansiedades dos seus alunos, na cadeira de psicologia, que, nem sequer, é aplicada à Enfermagem, pois para o ser teria de ser adaptada por Enfermeiros, (dos que cuidam doentes) que, já que não são; ao menos para poderem fingir de professores Enfermeiros.
Não sei o que, na investigação de psicologia, com vista a um doutoramento, com muitas variáveis, a fazer inveja aos especialistas de generalidades, como os da doença familiar, que dá especialistas de medicina familiar; não sei, repito; o que, nessa área, quer dizer competências e dificuldades de contacto com os familiares dos doentes.
Esta mania de ir atrás da infalibilidade cientifica, em coisas do ser humano, nem sempre dá certo, dadas as variações comportamentais humanas, em que a psicologia de caca um determina impulsos imperativos, para agir e inibir, origina disparates destes.
É facilmente dedutível que, com investigadores destes, que chegam ao resultado imaginado, a priori, sem a respectiva experimentação, porque não estão lá para observar, os alunos, que saem dessa escola, aliás de nobres tradições, a merecer outro tipo de professores, não causarão espanto, ao comum cidadão doente e clínico (acamado), se não derem informações aos familiares.
Com outro exemplo fixa-se mais bem a ideia (notem que o comparativo de bem é MAIS bem e não melhor, porque este é comparativo de bom): Há dias, uma ilustre Enfermeira chefe N.W., eleita de braço no ar, pelos colegas para ser a responsável, sabe Deus de quê... perante um telefonema de um familiar duma doente acerca do estado actual da mesma, a dita (i)responsável, em vez de dizer o que sabia, ainda que lendo, foi chamar um Médico, que andava a passear no corredor, falando sozinho, não sendo o distribuído à doente, pediu o processo e leu, ao telefone, as notas que a Enfermeira de turno tinha exarado, em função do estado da doente.
É claro como água, que se fosse a dita enfermeira, feita chefe de braço aereo, ou o contrário, a ler a informação, ao telefone, aluno que andasse por perto, ficava a saber e, por consequência, com as competências todas, para emitir juízos de facto, sobre o estado concreto dos doentes, pois estão em posição de saber isso mais bem que o Médico, que passeia e fala sozinho, no corredor. Portanto; a falta de competências resulta do corte das apetências feito por pessoas que aprenderam (mal) a assumirem responsabilidades do que dizem e fazem com convicção. E isso não se adquire sentado numa secretária, nem através de professores a priori. Muito menos dos que renegaram o exercício da profissão e cantam de cor, como o galo de olhos fechados, para o real dos doentes clínicos e ambulatórios; todos os que criam problemas e sofrem deles.
A Enfermagem é uma arte que usa subsídios científicos, na sua prática.
Como qualquer autónomo, também o Enfermeiro deve pôr a RESPONSABILIDADE acima, muito acima, mesmo, da OBEDIÊNCIA.
Os professores de Enfermagem abstracta (a que se arrasta pelas cadeiras dos gabinetes onde "professor" da cuja alapa) decidiram deixar de serem modelos dos seus alunos e de lhes contarem histórias, que observaram (deviam observar) directamente dos doentes (se os assistissem), servindo os professores e as histórias de modelo (tipo arquétipo, como dizia o fisioterapeuta ensaísta, copiando o demiurgo platónico), aos alunos.
Como se transformaram numa espécie de treinadores de bancada, transmitem a sua insegurança própria aos alunos, a quem não ensinam convictamente a serem directamente responsáveis por aquilo que dizem e fazem, porque os formam para porem noutros as competências que deviam adquirir, pondo a responsabilidade à frente de tudo o que fazem.
A conclusão do doutoramento é de rir a bandeiras despregadas, justamente, porque não tem nada de psicológico, mas de orgânico (organológico) duma organização docente, agónica, porque não vai poder resistir por muito mais tempo a estes assaltos espúrios pseudocientíficos.
Apetece fazer uma pergunta:
Que dirão a isto os professores de Enfermagem bibliotecária abstracta?
Se não dizem nada é mau; mas se dizem o habitual é pior.
Aquela visionária, que tem andado nos pontos de responsabilidade máxima da representação Enfermeira, que inventou um sindicato elitista, tipo SNED, deve meter a mão na consciência, já que se está no âmbito da psicologia e envergonhar-se, se puder, com Gonelha, pelo erro crasso de ter suprimido a obrigatoriedade imperiosa de os teóricos "lentes" nas escolas de Enfermagem irem um total de 6 meses ao terreno prático, por razões óbvias.
Não só acabou com uma medida, que não chegou a começar, como acabou, com a obrigatoriedade de formação dos Enfermeiros de 120 horas, em 5 anos (comparar DL 305/81 com 178/85). É contra a formação necessária e adequada à dinâmica das coisas.
Hoje, é imperativo que os responsáveis pelo ensino de Enfermagem saiam das escolas para o mundo das operações, pois dói muito ver todo o bicho careta mais ou menos ignaro, em matéria enfermeira, a dar palpites, sobre Enfermeiros, alunos da disciplina a falar por nós de coisas que, por dever de ofício, sabemos mais bem do que outros, sobretudo aqueles que Cristo, no Gólgota, encomendou o perdão ao Pai que está no Céu!
ET: Pior desilusão de tudo o que já se disse da psicologia e dos psaicólogos, contra os quais não se tem qualquer vontade má de ruim, nem nos afectam, ao contrário do que disse o seu bastonário, quando se comentou a pronta assistência psicológica nas situações más e imprevistas, que nos acontecem na vida e, depois, nunca se vê a estatística dos resultados obtidos com a assistência psicológica...
Se é ignorância nossa, não é nada bom; mas se não existem mesmo, então a coisa é muito pior!
Voltando ao psicólogo da notícia, não querem saber que o nosso visado já foi enfermeiro dos pequeninos que renegam a profissão, a que não reconhecem tamanho adequado às suas concepções de ser e de estar na vida. Mais o pior de tudo isto, que já é muitíssimo, é terem a desfaçatez, do estilo sem vergonha, de se intitularem professores duma arte, que já não cultivam, se é que algum dia cultivaram!!!
Quando eu era pequeno, havia um actor Mário Moreno, o "Cantinflas", dos meus preferidos pelo efeito que sabia tirar das coisas simples para as eleger a conceitos de moral, do mais requintado recorte.
Contracenava com um personagem, que, sendo seu compadre, fazia de seu criado e acompanhava-o nas aventuras, mais hilariantes imprevistas. Numa dessas, chegados ao hotel, vestiu o criado com a casaca branca e ele, o patrão da fita, vestiu a vermelha, destinada ao mordomo.
O espanto do nosso herói Cantinflas era ver tratar o compadre por patrão e ele ser tratado por mordomo.
O bacoco gostava mais do vermelho que do branco; mas a convenção determinava que o vermelho era a cor de identificação da farda dos mordomos, enquanto a branca era convencionalmente, a dos patrões. Os diálogos que tinha com o compadre e mordomo, vestido de branco, na tentativa de encontrar uma justificação para a diferenciação de tratamento, entre eles, eram tão cheios de ingenuidade e de tanta ignorância sábia, que despertavam sadias gargalhadas nos espectadores, desde os mais ridentes aos mais sisudos.
Como pode ser coisa parecida com o caso dos pequeninos a quererem ensinar coisas grandes aos alunos, que depois acusam, de as não assimilarem. Se são "ensinados" por medricas...
É com este tipo de ingenuidade sábia, que classificamos os professores de Enfermagem abstracta, que trocam a cor branca do patrão pela vermelha do mordomo. Mas ainda se espantam, nos estudos preparativos para plutidoutor, da figura que fazem, sem sequer terem a ideia de se verem ao espelho, mas daqueles que não deformem as imagens.
Então, e para concluir, não querem saber; cometemos o erro de não desconfiar sequer, tal a perfeição do disfarce, que o tal psicológo doutorado em "Novos contextos de intervenção psicológica em educação, saúde e qualidade de vida", [que coisa tão estranha para tese!?...], tivesse sido um dos tais enfermeirinhos que não se sentem bem no caso branco do patrão e vestem o vermelho do mordomo.
O título da tese do doutorado é tão amplo e diversificado que se pretendessemos articular contextos novos de intervenção da psico, com o método de "educere" nos carris, os carentes de educação, saúde e qualidade de vida, [que pensarão disto os epistemólogos], como se fosse possível uma sem a outra, pois já dizia o Grego -"mens sana in corpore sano"- provavelmente tinhamos agarrado o "infinito", coisa que os gregos se viam gregos para tentar imaginar. Mas fiquemos por aqui, para que a comédia não se transforme em tragédia, mesmo das gregas.
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