terça-feira, 29 de outubro de 2013

GARANTIAS PÓS-TROIKA DIZ C.MOEDAS

Declarações de Carlos Moedas – Garantia pós-troika / Programa Cautelar
22.OUT.2013
 


O secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, disse hoje que Portugal está apostado em cumprir o seu programa de ajustamento.

·       «O que temos que fazer é concluir o nosso programa [de assistência] e depois, porque cumprimos, vamos ter o apoio dos nossos parceiros. Esse apoio pode ter várias formas, mas o apoio de que estamos a falar em Portugal é um apoio de acesso pleno ao mercado na forma de um seguro. É esse tipo de apoio a que se estaria a referir o senhor ministro da Economia» quando se referiu à preparação de um programa cautelar, disse Carlos Moedas.

·       «Quando falamos em formas de apoio, falamos em formas de ter um seguro e um seguro é muito diferente de um empréstimo. Um seguro é a garantia de que, se eu tiver necessidade de ajuda, vou ter capacidade de ter um apoio para esse acesso pleno aos mercados», acrescentou o governante à margem da I Conferência Antena 1/Económico, subordinada ao tema 'O Estado e a Economia - Um Orçamento Pós-Troika'.

·       «O que estamos a fazer é o cumprimento e esse cumprimento é a chave para o acesso pleno aos mercados. Agora, a forma desse acesso discute-se depois», disse ainda Carlos Moedas.

·       O que «tem sido dito por várias pessoas em Portugal, entre elas o governador do Banco de Portugal, é que há vários mecanismos de apoio a um acesso pleno ao mercado e que um desses mecanismos de apoio é um programa cautelar», acrescentou.

·       «O quer estamos a fazer é a olhar para países que estão à nossa frente [no cumprimento do respetivo programa de resgate financeiro], como a Irlanda, que estão a olhar para este tipo de mecanismos», afirmou, esclarecendo que «um esquema de apoio é o caminho que a Irlanda está a tomar, um segundo resgate foi aquilo que a Grécia teve».

Carlos Moedas sublinhou que o Orçamento do Estado para 2014 «permite a Portugal estar na Europa, dentro de um grande projeto que é o euro».

·       «Este Orçamento do Estado é de grande importância para o futuro de Portugal. Permite a Portugal cumprir o Tratado Orçamental, que exige que Portugal tenha a médio prazo um défice estrutural de 0,5%», acrescentou.

·       «O ponto em que estamos hoje é de grande esperança para o país», adiantou, sublinhando que «o que diferencia Portugal tem sido esta capacidade de cumprir e, logo, de poder contar com o apoio dos parceiros em tudo aquilo que podem dar», concluiu.

ENQUADRAMENTO
·       O ministro da Economia assumiu à Reuters a vontade do Governo de começar a negociar um programa cautelar, embora considere que Portugal não vai precisar de um segundo resgate.
O ministro da Economia, disse numa entrevista à Reuters não acreditar na necessidade de Portugal precisar de um segundo resgate, mas admitiu a vontade de iniciar conversas para o programa cautelar.
António Pires de Lima diz que a vontade é começar as negociações no início do próximo ano, mas para já o objetivo é sair do programa com sucesso.
O ministro da Economia está a fazer uma viagem por vários países para tentar cativar investidores para Portugal.

·       A ministra das Finanças já garantiu que a possibilidade de um programa cautelar não foi discutida para o caso português. Maria Luís Albuquerque sublinha que o Governo ainda não está a preparar nenhum programa do género nem se quer sabe quais são as exigências.

·       O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, disse hoje desconhecer a existência de um programa cautelar a ser negociado com Bruxelas.

Ø  "Essa notícia deve ser clarificada. Programa cautelar é uma definição que ainda não existe no espaço público e por isso não me quero pronunciar", afirmou Moreira da Silva aos jornalistas, à margem da conferência dos 25 anos da APREN - Associação de Energias Renováveis, que se realizou no Centro de Congressos do Estoril.

Sobre eventuais problemas que possam surgir à estratégia orçamental traçada pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2014, especialmente pela possível inconstitucionalidade de algumas medidas, o ministro disse apenas que este é um "orçamento exigente".

Ø  "A sua exigência radica da circunstância de termos de cumprir uma meta de 4% e de que o Governo criou condições para que essa meta fosse atingida num quadro de equidade de esforços e, na área da energia, foi a primeira vez que foi identificada uma atribuição extraordinária, precisamente para evitar que sacrifícios adicionais tivessem de ser solicitados aos cidadãos", concluiu.







 


AC/SA

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