para os mais entendidos fica o estudo completo em anexo.
Portugal, IH - 10,5%
1. Portugal apresenta uma taxa de infecção hospitalar superior à média europeia — 10,5% (2012), face a 5,7% da União Europeia.
2. Portugal tem uma taxa de consumo de antimicrobianos em meio hospitalar de 45,4%, muito acima da média comunitária de 32,7%.
3. Portugal está no grupo dos dez países europeus onde se consome mais antibióticos na comunidade.
4. A taxa de adesão às medidas de higiene das mãos em hospitais e unidades de cuidados continuados: médicos (52%); enfermeiros (75%), assi stentes operacionais (61%)(2011/2012).
5. Em 2011, morreram nos hospitais portugueses 11.357 doentes que tinham infecção associada.
6. As infecções hospitalares em valores superiores aos expectáveis acontecem em cirurgias do cólon, da vesícula biliar e da prótese do joelho.
Perante este cenário preocupante o secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, médico de formação, não achou melhor para comentar que os riscos associados à "gravata nos cavalheiros, os estetoscópios que se insiste em transportar por todo o lado, as batas com que se almoça e janta nos refeitórios e com que, a seguir, se vêem doentes".
"Portugal - Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos", link
NB: Nem tudo são desgraças; como diz o ditado: "Não há mal que bem não traga!".
Mas para que assim seja, temos de fazer por isso, pois que dito de outra maneira: "Não há mal que não acabe nem há bem que sempre dure!"
Na dinâmica da vida, que podemos comparar à nora ou engenho, segundo as terras e os seus vocábulos e costumes, os alcatruzes, botifarras, botarras ou sapatorras, vão encher-se de água, ao fundo do poço, onde ela repousa, depois, transportam-na, até à superficie do poço, onde um caleiro espera e recebe essa água, que encaminha para as plantas, a regar.
Olhando o modo como funciona a nora ou engenho, os alcatruzes ou botifarras (nome devido ao formato), nunca estão todos em cima, nem todos em baixo; enquanto uns enchem, com a água, e sobem, impantes a abarrotar, outros despejam-na, no caleiro e descem vazios.
Pois bem, como não podemos estar pior, o nosso melhor vem a caminho, com a nossa ajuda possível.
Vamos falar de micróbios esses minúsculos incómodos a que uns chamam "praga" e outos dizem que são obra da Mãe Natureza, para limpar o que está a mais e perturba a perfeição.
Quem é F.Nightingale?
Se nightingale significa "ROUXINOL", estamos perante uma Florencia Rouxinol de candeia na mão, à procura dos locais, onde se pudessem aninhar micróbios, que, segundo os seus formatos, recebiam dos cientistas o nome de bactérias ou bacilos, de onde deriva o imbecil, que à letra, pode considerar-se um puro, ou purificado, pois não tem bacilos.
No seu caminhar nocturno, a voz de Nightingale foi classificada como o canto do rouxinol, pássaro, que também canta e encanta, de noite.
Pois foi esta insigne Enfermeira, que lembramos, em 12 de Maio, de cada ano, que reduziu a morte, por infecção (gangrena e erisipela ou fogo-de-santo-antão), de 42% para 2%.
Ora, se as infecções aumentam, como se pode ver acima, na reportagem reproduzida, só nos ocorrem duas hipóteses:
Hipótese 1 - Alguém está interessado, na presença, engorda e actividade da microbiada, para, em colaboração com as forças do mal, segundo Mathias Rath - Médico alemão, dar sumiço aos antibióticos tradicionais e a tornar, com eles, os ditos micróbios, resistentes aos referidos antibióticos, a tal ponto de rejuvenescerem com eles; para abrirem a porta à geração última dos antibióticos nova vaga, embora um tudo-nada mais caritos, mas com a possibilidade de apanharem distraída a microbiada.
Hipótese 2 - Recorrer ao método da Enfermeira Rouxinol, de candeia na mão, à procura dos ninhos de micróbios. Pois se, até hoje, foi a única, que conseguiu uma redução tão drástica, das infecções hospitalares, quando ainda, não havia, sequer, as "forças do mal" e as suas patentes registadas, no dizer de Matthias Rath, não nos parece que os micróbios tenham evoluido tanto que os mesmos métodos, usados por Florence, não possam conduzir aos mesmos resultados.
Podemos estar perante uma das duas hipóteses, acima aventadas, enquanto se entretêm a procurar os micróbios: nos aneis, nas gravatas, no coiso ao pescoço, para distinguir Médico de outro profissional, esquecendo que, nem sempre, os Médicos se chegam tão próximo dos doentes, de molde a transformarem-se em porta-micróbios. E, quando o fazem, vamos ser claros; desinfectam-se, através dos meios em uso, no local.
Lembro, a propósito, um escrupuloso que tirava as moedas do porta-moedas, com a parte interior da bata, presumindo-a limpa, para as não consporcar.
O segredo de Florence, que não é segredo, estava nas condutas de ar puro e fresco, vulgarmente denominadas janelas e portas. A sua estratégia consistia em abrir e fechar essas entradas/saídas de ar fresco, substituto do ar inquinado. (Ver o hospital de D.ª Estefânia, em Lisboa, que, nesse ponto, foi projectado por Rouxinol).
Por este motivo, e não só, cojecturamos acerca do que poderia dizer a candeia de F. Nightingale se focasse a localização das Unidades de Cuidados Intensivos, onde não há janelas, substituídas, que são, por condutas de ar condicionado, onde os pardais e outras aves fazem, tranquilamente, o seu ninho, porque já sabem, por observação directa, que ninguém as incomoda nessas condutas.
Nos serviços dirigidos pelo encarregado do estudo das infecções hospitalares, diziam os Enfermeiros desses serviços, quando era meu dever ouvi-los, directamente, que: doente internado aí, ao fim de 3 ou 4 dias, estava resistente aos antibióticos das 1ª e 2ª gerações.
Vinham os da nova vaga e, com eles, as hemodiálises, por causarem a disfunção renal.
Que diria a candeia de Nightingale, nestes casos?
Não diz nada, pois sendo os Enfermeiros exímios caçadores de micróbios, com as técnicas que herdaram da precursora da Enfermagem actual, o Sr, Director Geral da Saúde não teve autorização do grupo, ao que consta, para meter candeias, no grupo.
Se teve ou não autorização; não é o mais importante.
Importa saber se há, mesmo, interesse em reduzir a infecção hospitalar e a percentagem de mortes, por causa dela;
Se interessa reduzi-la; com que meios e com que pessoas pensa quem tem poderes administradores, fazer esse combate.
Não somos nós, que anunciamos o fracasso da estratégia actual; são os próprios autores, que se confessam incapazes de melhorar os resultados, na notícia, que reproduzimos acima.
Ora, se assim não dá; por que não mudar-se de pessoas e de candeias?
Enquanto isso não acontece, demos, humildemente, honestamente, largas ao nosso orgulho e brio profissional, tão desperdiçado, na cultura bacoca dos nossos dirigentes, que nem sabem nem podem imaginar o que está a acontecer, porque, como o D.Quixote, interpretam o real, através dum paradigma perdido e ultrapassado.
Por isso, o que vêem não é real; é o que o seu paradigma gasto e substituído, permite que vejam.
Tal como o outro, até os moínhos são castelos e os rebanhos de ovelhas são exércitos!
Com amizade e dedicação,
José Azevedo
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