domingo, 22 de dezembro de 2013

ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO É ENFERMAGEM NÃO É FISIOTERAPIA

HÁ CADA UM!

Este esforçado e epifenoménico intelectual, que se nomeia de Luís Coelho, deve viver em permanente sobressalto, por causa do nome, sobretudo em época de caça. Talvez por isso, percepciona ameaças de todo o lado.
Para mim, a julgar pelas novidades velhas que exprime no expresso (que também é um tipo de café, com borra), mais me parece um descendente directo do galo que cantou, quando Pedro negou a Cristo 3 vezes [antes do galo cantar, tu me negarás 3 vezes dizia o Condenado; e negou, segundo os santos evangelhos.].
Pois bem; este Coelho ou galarós é um inocente, que me recorda o primeiro postal, que escrevi, pelo Natal, à família, em Françoguês. O carinho com a que a minha santa mãe, que Deus haja, guardou aquele postal, no seu precioso espólio cultural (feliz dela que não sabia ler nem escrever), demonstrou-me, quando o reavi, que nunca teria sido lido, pois também a vizinha que lhe lia as cartas dos filhos ausentes, não entenderia aquele dialecto, que inventei, na circunstância. A minha ânsia de mostrar erudição estava bem patente naquele estúpido postal, que ainda conservo, para chicotear a minha arrogância, com uma boa dose de humildade. O erro foi-se, com os conhecimentos posteriores da lingua francesa, mas a lição ficou.
Ele é um inocente, pois não deve saber, que a culpa é do Expresso, que publica estas coisas.
E não está só, anda por lá um tal Henrique de Raposo, que também diz cada coisa da Enfermagem, que se apanha o Coelho faz dele uma boa refeição, para lhe chupar a sabedoria que evidencia, quando fala em holismo, epistemologia, fisioterapia, reabilitação, postura e postural.
Merece um bom ensaio, quando se intitula, sem modéstia, ensaísta que foi o nome que lhe agradou no catálogo ou catecismo do cientista.
Para dar a ideia de que sabe o que é epistemologia fala de Michel Foucault. Mas este usava o termo "episteme" como sinónimo de paradigma, para demonstrar que as palavras mudam e as coisas ficam, como muito bem esplica o texto que escreveu e que as "Edições 70" traduziram como "As palavras e as Coisas".
Vem mesmo a propósito pois episteme para Michel é forma de captar o real, segundo a possibilidade de captação, num tempo e num espaço. Serviu-se do exemplo de Dom Quixote, para demonstrar que tinha as epistemes ou paradigmas trocados, visto que via o real através do paradigma ou episteme da analogia, quando já se impunha o da "mathesis universalis". Por isso os rebanhos lhe pareciam exércitos e eram-no para o cavaleiro da triste figura; os moinhos pareciam-lhe castelos; os odres do vinho e do azeite pareciam-lhe gigantes... etc. No fundo, era o conflito entre o ser e o parecer, ditados pela episteme vigente, naturalmente.
Justamente este Coelho, Luís de seu nome, que de estúpido não tem nada, mas de esperto, também não é o que pretende, brincou com "as palavras e as coisas" de M.Foucault, lendo outra obra desse ilustre filósofo/epistemólogo, com o que ficou muito próximo do Cavaleiro Quixote, o da triste figura.
Por via disso vê; holismo, nas massagens e nos raios abaixo do vermelho, ou acima do violeta e nos ultrassons, que também servem para chamar cães, sem incomodar os vizinhos, ou nos sacos de gelo e de água quente, comptetências que, segundo estes ilustres e ilustrações, estariam vedadas aos enfermeiros como dizia o lidador da Maia, na Póvoa do Varzim, alargando o feudo.
Porque lhe dá jeito, no ensaio, empurra os Enfermeiros para a medicina, sem cuidar saber por que os fisioterapêutas se chamam paramédicos e, nos hospitais, estão hierarquicamente, entregues aos directores clínicos...
Não precisa de inventar ou ensaiar besteira (já temos tantos a frazer disso...); basta pegar num desses dicionários baratuchos e verificava que FISIOTERAPIA é um vocábulo composto de 2 termos gregos: physis = natureza + therapeia = tratamento; juntando as peças facilmente se depreende que estamos perante tratamentos da natureza humana por meio de agentes físicos e naturais; o sol, a água, a temperatura de ambos, ou as suas imitações; nada de químicas, só agentes físicos e naturais.
Outro dos argumentos delirantes é o da "postura", posturalidade, postural, (posturologia de que não se lembrou e que tanto pode ser mictório como candeeiro da ponte, mas sempre tratado da coisa ou "res - ei", de real, coisa - ver res+pública-). Ora, postura vem do latim "positura" e quer dizer "posição do corpo", vivo ou morto, aspecto físico, cosmético para o rosto.
Aqui não há distinção possíovel, entre o fisioterapeuta e o cangalheiro, pois ambos tratam do corpo por meios naturais; ambos tratam da compostura, que é acção de compor, arranjar, contrafacção. A única diferença é que um arrnja-o para mover mais bem, o outro, é para não mexer mais. O tratamento físico de um é temporário, o do outro  é eterno. Mas ambos consertam a coisa, com mais ou menos aprestos ou apetrechos.
Voltemos à reabilitação, que é a arte de restituir algo que se perdeu, regenerar.
O fisiatra trata de dar mobilidade a um membro, por meio de agentes físicos; quando estes não actuam fica quieto a tentar encontrar uma explicação, para a sua ineficácia;
A Enfermagem inventou o suplemento ou muleta, para que o resto do corpo vá aonde tem que ir, pois compete ao Enfermeiro ensinar o padecente a ultrapassar as suas incapacidades e limitações.
A culpa de tudo isto, que confunde o "ensaista qualquer coisa", é, efectivamente, das Enfermeiras, em Portugal.
Foram, por conta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa especializar-se, em reabilitação motora, aos EUA, onde esta especialidade existe com esse nome (reabilitação), para tratarem doentes no Alcoitão, que ia iniciar a  sua actividade.
Com o rolar dos tempos foram aperfeiçoando o método, nem sempre com sucesso, como foi a criação de um ajudante que tomasse conta dos agentes físicos e respectivas fontes, para aliviar a pressão sobre as Enfermeiras fundadoras. E, também, a entrada de Médicos, na rede. Como seria de esperar, menos pelas incautas, tudo se modificou e perverteu.
 A Enfermagem é uma atracção, para estes oportunistas, antes de lhes ser fatal.
Por isso, se o herbívero Luís fosse às suas origens, não precisava de fazer ensaios para torcer a palavra holismo [doutrina que defende que o todo não é a simples soma das partes e que tem propriedades que faltam aos elementos individuais que o constituem, tudo isto em relação ao ser vivo composto de corpo e alma e mais qualquer coisa: o espírito]. Todavia a especialidade da compostura/descompostura, que tanto pode ser manter um tipo em sentido, como mandá-lo muito para baixo de Braga, é um ramo restrito do saber, em saúde e não apenas para estes "fisioterapeutas", mas para todos os parciais ou especialistas, que são o oposto do holismo, enquanto teoria e prática.
Mesmo para imitar as palavras que Cristo disse a Lázaro, [levanta-te e anda -"tollet lectum tuum et ambulat"] depois de ter sido repreendido pela irmã deste, pois se o Mestre Divino não tivesse ido para a farra e deixado o Lázaro às portas da morte, ele não teria morrido; precisam de sair do reino da physis e recorrer ao especialista da psyché ou alma, o psicofisiologista que é o especialista que trata da ciência (psicofisiologia) que estuda as relações entre os fenómenos (o que aparece) psicológicos e fisiológicos.
Até, na PSICOFÍSICA, que é o estudo desenvolvido por Fechner sobre as relações, entre estímulos físicos e as sensações, como estados psíquicos que lhes fossem correspondentes, sem atender a intermediários fisiológicos, deve fazer pensar o ensaista e o raio do nome, que escolheu e o manco que o pôs no Expresso, para expressar expressões bestiais, no rigor do termo.
Se, como sapateiro, não fosse além do sapato ou chinela, não teria caído, no ridículo de dizer que os Enfermeiros são o que ele pensa que são, ou queria que fossem. Anjinho, se for visto de cima para baixo; anjola, se for visto de baixo para cima.
Um dia ainda pode perceber o que significam os 3 níveis, que dão corpo próprio ao Enfermeiro: PREVENÇÃO, CURA, REABILITAÇÃO com a vertente reinserção social, com a qualidade de vida possível.
Aqui, está o Homem, no seu todo, a cargo do Enfermeiro, que tem de recorrer ao holismo, essência do seu agir profissional, não por capricho besta, ou por sede de poder, mas que proporcione reacções sinérgicas, que potenciem o todo, que não é simplesmente a soma das partes, estas sim, a cargo dos fisiós, para que se entreajudem, gerando sinergias, no campo do holismo, já que há fenómenos neste contexto da Arte Enfermeira, que são mais do que a soma das parcelas, simplesmente.
Se a Arte Enfermeira não fosse isso, na sua essência; cuidava mais bem da sua defesa dos intrusos que a querem espoliar de pequenas parcelas do seu saber e agir, em função de saberes próprios e globais. Desconhece que Higia, que dá nome à higiene e conforto, um dos elementos da técnica Enfermeira que nenhum porco cobiça, era uma deusa, enquanto Hipócrates, era moço de pastor, na Ilha de Cós, onde aprendeu umas coisas com o velho pastor.
E já que estamos a ir às origens das origens, se houvesse alguém que dissesse ao lunático ensaista (segundo ele), que todos os paramédicos nasceram dos Enfermeiros, por mão dos Médicos amparados, [paramédicos], a partir da altura, em que os Enfermeiros os puseram fora do ninho e os abutres os apanharam, se ao menos perdesse algum tempo a ver os programas televisivos, que falam dos animais e respectivos comportamentos, com os ensaios, que faz para fingir que tem asas, veria como se comportam os cucos, na sua génese e criação.
O cuco só existe, como tal, devido à distracção das outras aves, que nem se apercebem do intruso e das consequências.
Até era capaz de ensair a peça: quem é que ameça quem; o hospedeiro ou o parasita?
O que está a acontecer com o escravelho das palmeiras é um bom exemplo dos que vieram depois, sem se notar, perturbando a existência dos que já cá estavam.
Só faço uma recomendação útil e prática a este ensaiador; vá estudar epistemologia, evidência e holismo, para não fazer figura de sábio da ignorância, que é parecida com a que fiz com o meu postal a falar "francês", e hoje me faz sorrir com pena de mim próprio; como fui capaz de fazer aquela figura tão triste, que não o foi mais, porque escrevi uma coisa, que não sabia, à minha santa mãe, que também não sabia ler, porque se soubesse, a minha sem vergonha era maior.
Descobri este atrevimento e safatez, quando fui aprendendo a língua francesa.
Quando não se sabe uma coisa, é fácil sentir insegurança e reagir a esse sentimento.
Ensaie-se em epistemes de Foucault e em holismos especialistas e não fará, estou certo, a figura de asnático, nem dará mais coices em quem lhe deu vida, que está a desmerecer.
Os culpados somos nós, Enfermeiros, ao pormos, no mundo, estas aberrações.
Ninguém é perfeito, a não ser o Nascituro, mas mataram-no por ser perfeito de mais.

Feliz Natal!

Não arrisco vaticinios para o Novo Ano, pois ainda há a evocação dos Santos Inocentes, de permeio (28 de Dezembro), que, dada a sua tenra idade e inocência podem fazer-nos chichi, nas canelas, como fazia o cão-guia  do cego e, nesse caso, termos de usar a técnica da bolacha, como fazia o cego, depois de mictado.
Com amizade e compaichão, para com os que erram, porque "errare humanum est", aqui fica uma tentativa "misericordiosa" de correcção,
José Azevedo

{Mas um velho de aspecto venerando,/
Que ficava nas praias, entre a gente,/
Postos em nós os olhos, meneando/
Três vezes a cabeça descontente,/
A voz pesada um pouco alevantando,/
Que nós no mar ouvimos claramente,/
C'um saber só de experiências feito,/
Tais palavras tirou do experto peito:/

- «Ó glória de mandar! Ó vã cobiça/
Desta vaidade a quem chamamos fama!/
Ó fraudulento gosto que se atiça/
C~ua aura popular que honra se chama!/
Que castigo tamanho e que justiça/
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,/
Que crueldades neles experimentas!} (in Lusíadas - canto 4º - estrofes 94 e 95)

_________________________________________________________________________________


Enfermagem de Reabilitação e Fisioterapia: perceção de uma ameaça

Luís Coelho* (www.expresso.pt)

19:46 Terça feira, 11 de dezembro de 2012

Decorrido, entre os dias 6 e 8 de Dezembro, o mais recente Congresso da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação, e tendo aflorado na Comunicação Social algumas notícias sobre a importância e novas oportunidades relativas à atividade em questão, vozes de contestação por parte de colegas fisioterapeutas fizeram-se soar ao ponto de uma antiga querela, de uma antiga polémica, parecer agora renascer com força amplamente recrudescida. Não obstante a minha visão dura e flagrantemente crítica dos fisioterapeutas e da sua realidade, não posso deixar de me solidarizar com as referidas vozes; é que, no caso em questão, os fisioterapeutas têm toda a razão na sua contestação, ainda mais porque somente neste nosso país do "cada um por si" os decretos legais poderiam concretizar a possibilidade de existirem duas atividades cujos objetivos e planos de intervenção são potencialmente confundíveis e interpoláveis.

Não concordo com vozes acaloradas por parte de colegas que se sentem - justamente - injustiçados, ainda que as compreenda. Os enfermeiros - esses sim - são mestres nesse tipo de reações irracionais, típicas de uma classe cuja insegurança "psicodinâmica" requer uma reatividade em "alcateia". Também não vejo que a apresentação de estudos relativos à nossa intervenção resolva a questão "de quem tem razão" ou "deixa de o ter"; os enfermeiros também os possuem, se bem que os fisioterapeutas contêm um tamanho incomensuravelmente maior de investigações potencialmente justificativas de uma intervenção do tipo "Evidenced Based Practice" (a comparação seria até ridícula, com a profissão a ser identificada com um mundo incalculável de publicações e de linhas imensas de investigação); de qualquer modo, possuo sabidamente uma desmedida desconfiança relativamente a este tão propalado mundo de estudos que não perdem o seu mero carater "estatístico-probabilístico" (para não falar das incontáveis limitações dos ditos estudos, assim como as fraudes existentes neste tipo de investigações...). Por outro lado, dispenso justificações legais por parte dos proponentes das duas profissões, pois que ambas são baseadas em "decretos legais" aparentemente transparentes. Assim como também dispenso a lógica do "ovo e da galinha", até porque tanto a Enfermagem como a Fisioterapia foram inicialmente criadas no contexto da medicina (o que não significa que não possam afastar-se desse mesmo contexto e ganhar o direito à autonomia; assumir que tal não é possível é o mesmo que assumir que os filhos de determinados pais não possuem o direito a sair de casa e a ter os seus próprios filhos). É certo, isso sim, que a nível internacional, tais divergências legais não existem, e a profissão de Fisioterapeuta parece ter um nível de reconhecimento crescente, com as atividades de "enfermagem de reabilitação", "técnico auxiliar de Fisioterapia" e "médico fisiatra" a não existirem ou em amplo processo de "extinção"...

Recentemente publiquei no site do Expresso um artigo intitulado "Médicos, enfermeiros e afins: poder e capitalismo" (http://expresso.sapo.pt/medicos-enfermeiros-e-afins-poder-e-capitalismo=f744055) onde apresento o essencial do que defendo (o que vai muito para além da consideração óbvia de que as lutas entre os profissionais de saúde são, como tudo ou quase tudo o que acontece ao nível do animalismo humano, lutas em nome do Poder, o que, em última análise, já foi o grande desiderato da obra filosófica de Michel Foucault) e que é o seguinte: Acredito, sobretudo, que a autonomização das profissões de Enfermagem ou de Fisioterapia passa essencialmente pela afirmação de um modelo próprio, autónomo da Medicina, consistente numa perspetiva holística de um "Todo" do doente, em que, ao invés de o vermos como um conjunto de peças ou sistemas desarticulados, o passamos a conceber como uma Totalidade interdependente (um pouco como o paradigma da Reeducação Postural - e também os modelos neurológicos -, que há muito defendo, preconiza), o que significa, em última análise, que a autonomização das profissões em questão depreende necessariamente o abraçar de um Modelo Epistemológico renovado que, mesmo existindo na Teoria, está longe de se verificar na Prática (visitem-se as diferentes Clínicas de Fisioterapia do nosso país, assim como muitos outros contextos em que a Fisioterapia mantém o seu modelo médico-prescritivista, porque ainda fortemente praticada segundo um modelo de Códigos). Acredito, igualmente, que o abraçar desse novo modelo exige uma nova Cultura, uma nova atitude, um renovado interesse pelos modelos filosófico-epistemológicos (que os meus colegas muitas vezes acusam de nada servirem, não obstante o facto de há muito defender a sua importância e de "picar" os colegas para se agarrarem aos livros e aos Clássicos e não somente à prática da Fisioterapia propriamente dita), que, como já disse, são a única porta de acesso à merecida autonomização profissional. Acredito, também, que a Fisioterapia se encontra numa posição privilegiada para abraçar esse mesmo modelo Holístico, até porque a natureza psicomotricista e posturológica da sua Intervenção é ímpar no que respeita à preconização de uma prática específica e verdadeiramente autónoma (e que só pode resultar se for de facto "autónoma", pois sendo a intervenção do tipo totalizante e metamórfica/fluídica, não pode ser reduzida a prescrições e/ou a outras inconcebíveis limitações).

Ora, perante tudo o que se apresenta, e atendo as práticas, as experiências e a tão grande formação do Fisioterapeuta em termos de um quase inexprimível potencial de avaliação e intervenção neuro-musculo-esquelética, é quase ridículo pressupor que um Enfermeiro possa realizar uma prática semelhável à do Fisioterapeuta. Até porque, por mais que a Enfermagem também se considere holística e autónoma, parece óbvio que a dita profissão está muito longe de alcançar o já apresentado modelo Totalizante do doente. É que, mesmo que a Enfermagem se conceba como biopsicossocial, não possui a tal visão de um "Todo neuro-músculo-esquelético" que somente um Fisioterapeuta pode ter e que as (suas) formações específicas do tipo neurológico e reeducativo necessariamente enriquecem. Trata-se, portanto, de uma diferença essencialmente de Natureza Epistemológica, em que o Corpo de um Todo interdependente e em constante transformação (como já defendi nos meus livros e em artigos recentes: http://www.hospitaldofuturo.com/profiles/blogs/para-uma-fisioterapia-pos-moderna-em-portugal) está longe de ser adequadamente compreendido pelo enfermeiro (principalmente, porque a formação e intervenção do enfermeiro continua a ser essencialmente "médica", na sua perspetiva basilarmente epistemológica).

Ora, a reforçar a minha noção de que a Enfermagem continua a possuir uma natureza essencialmente "Prescritivista-Patológica-Médica" vem o conjunto recente de "ambições" da dita classe profissional: pretendem ter o poder de prescrever exames e medicamentos. Ora, a visão de um Fisioterapeuta é (ou deverá ser) necessariamente Não prescritivista, porque se vê o corpo como um Todo não fragmentado (recomendo o artigo do Expresso.pt: http://expresso.sapo.pt/capitalismo-e-medicina-o-corpo-fragmentado=f726745), o que, mesmo não estando completamente presente na atual e não-ideal intervenção do Fisioterapeuta, pode e (acredito eu) virá a estar presente, pois que, pela sua formação e especificidade, o Fisioterapeuta possui a Natureza Epistemológica e Profissional ideal e necessária.

Admitir que uma Especialidade (por mais tempo que ela dure) torna um Enfermeiro capaz de possuir a visão e a Potencialidade de um Fisioterapeuta é admitir que um Enfermeiro é capaz de deixar de o ser para se tornar um Fisioterapeuta. Ora, se é de uma mudança profissional que se trata, é preferível que o dito Enfermeiro mude simplesmente de profissão, aconselhando-o a tirar uma nova licenciatura. Ou vamos assumir que uma Especialização poderá dar ao enfermeiro a riqueza de visões e até de métodos que possui um Fisioterapeuta? Saberá o enfermeiro de Reabilitação o que é o PNF, o método Bobath, a Reeducação Postural, entre tantos outros? Compreenderá o enfermeiro que todos estes métodos são passíveis de se entrosar num Corpus que somente o Fisioterapeuta - pela sua formação tão abrangente e multiparadigmática - poderá adequadamente compreender? Não perceberá o enfermeiro de Reabilitação que uma adequada intervenção terapêutica requer uma compreensão de múltiplos modelos, que somente um profissional adequadamente tocado pela riqueza e até as lutas entre Métodos e Paradigmas poderá tentar "dominar"?

Ora, é indiscutível que a única coisa que interessa ao Enfermeiro de Reabilitação é a tentativa de se "safar" neste nosso mercado e país em crise, independentemente de estar ou não a respeitar uma determinada Ética, ou de estar ou não a ser minimamente cortês para com outros profissionais de saúde (que, aliás, muitos enfermeiros desconsideram, pois que muitos deles têm por certo que um Fisioterapeuta não é um profissional de saúde...). Por outro lado, é já por si mesmo ridículo que um enfermeiro de Reabilitação possa achar que é um Terapeuta capaz de ter a riqueza de visões que somente os Terapeutas (Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais e Terapeutas da Fala, entre poucos outros) podem ter, e isto inclui a ideia de que os enfermeiros de "Reabilitação" também operam ao nível da Prevenção (afinal de contas, o enfermeiro de "Reabilitação" reabilita ou é também um mestre dos "Cuidados primários"?).

Não gostaria de cair aqui nas limitações egomaníacas e lobistas das "especializações profissionais", até porque podemos conceber perfeitamente a intervenção em Equipa, e, dentro desta, a eventualidade de um modelo transdisciplinar (por mais que a Realidade persista em não o admitir), em que os diferentes profissionais partilham e entrosam as suas capacidades e papéis. Mas é preciso igualmente ter uma adequada noção de Especialização, tal como a consequente noção de respeito pelas capacidades e potencialidades de cada profissão (a nível Sociológico, poderíamos apontar a limitação relativa à existência de diferentes papéis sociais, mas igualmente poderíamos referir a incontornabilidade da sua existência, pois que sem a "especificidade" não há Organização Social possível, pelo menos nos termos da Sociedade moderna em que vivemos). Neste contexto, é notório que estes Enfermeiros não se encontram disponíveis para respeitar um terreno rico, mas específico, que é dos terapeutas. Isso não indica somente Egomania, desprezo, ignorância e desonestidade intelectual. Indica uma profundíssima capacidade de cortesia, uma verdadeira tendência infantil para querer tudo Ser e, sobretudo, tudo Ter!

[Assim falou Zaratustra]

*Fisioterapeuta e ensaísta, www.reeducacaopostural.blogspot.com

Palavras-chaveEnfermagemreabilitaçãofisioterapiamedicinaMichel Foucaultmodelo Holísticocuidados primáriosCartas dos leitoresCorreio

[post scriptum: isto só é possível por causa da inexperiência de professores que transformam o seus alunos, enquanto tal, em ratos de consulta bibliográfica, que ficam convencidos que sabem ler a realidade, mas nem soletrá-la sabem - (José Azevedo, eu)]

{Com o devido respeito, parece-me que o que falta a quem escreveu o ensaio e aos enfermeiros de reabilitação, é visitarem algumas clínicas de Lisboa na posição de doentes e avaliarem os médicos fisiatras, os enfermeiros de reabilitação e os fisioterapeutas. As considerações destes quando comparadas com a avaliação dos critérios encontrados pelo doente em cada clínica e em cada técnico na mesma clínica, deixar-vos-ia de boca aberta. Toma-se a parte pelo todo. Há uma tendência para uniformizar os procedimentos: o que é bom para um é bom para todos. Acredito nos conhecimentos técnicos de cada um dos intervenientes, mas há muito trigo misturado com o joio. Uma grande parte das clínicas mais parece a loja do chinês. A ideia que preside, modo geral, é ganhar dinheiro fácil. Às massagistas que proliferam nestas clínicas como complemento dos outros técnicos, chamo-lhes: esfregadoras de costas. É confrangedor assistir a este estado de coisas e ler depois estes tratados de conhecimentos teóricos.


Tem de se fundamentar melhor

Rui Pedro Silva (seguir utilizador), 1 ponto , 22:18 | Terça feira, 11 de dezembro de 2012 }

Caro Luis Coelho:

Antes de mais, os meus parabéns pelo texto! Está de facto bem escrito e até concordaria com o seu ponto de vista se a Enfermagem fosse o que descreve...

Sendo Enfermeiro de Reabilitação, Confesso que julguei que ficaria irritado com o seu texto, mas antes pelo contrário, concordo consigo!

Nunca um Enfermeiro de Reabilitação poderá ser um Fisioterapeuta, nem quer!!!

Nem tão pouco os Enfermeiros querem ser médicos!

Nem a formação atual em Enfermagem é bio-médica!

Cada um de nós tem o seu lugar no contexto da Saúde, com o seu saber, a sua competência e a sua decisão autónoma. Sem atropelos, sem empurrões, sem gastos desnecessários de energia.

Daqui a 10 anos falamos!!!

Rui Pedro Silva


Re: Tem de se fundamentar melhor

TripleM (seguir utilizador), 1 ponto , 14:13 | Quarta feira, 12 de dezembro de 2012

Re: Tem de se fundamentar melhor

carla castro (seguir utilizador), 1 ponto , 15:09 | Quarta feira, 12 de dezembro de 2012

.

Mara Andrade (seguir utilizador), 1 ponto , 20:14 | Segunda feira, 25 de novembro

Trabalho de Equipa

Rykartho (seguir utilizador), 1 ponto , 21:06 | Quarta feira, 12 de dezembro de 2012

Este texto está repleto de disparates.
Nem a visão do articulista sobre a Enfermagem corresponde à realidade, nem eu creio que a classe dos Fisioterapeutas se identifique maioritariamente com este tipo de discurso de guerrilha.

Sem perder mais tempo, só faltou dizer que no filme Titanic, DiCaprio era fisioterapeuta…


ahaha

Mara Andrade (seguir utilizador), 1 ponto , 20:15 | Segunda feira, 25 de novembro

Lobo vestido de cordeiro

GabrielMartins (seguir utilizador), 1 ponto , 23:09 | Quarta feira, 12 de dezembro de 2012

Caro terapeuta Luís Coelho:
Confesso que pensei muito, antes de considerar perder algum tempo a responder ao seu ensaio, se é que assim lhe podemos chamar. Digo isto porque se identifica como fisioterapeuta e ensaísta, embora eu fique na dúvida sobre qual dos dois redigiu tal artigo. É que se foi o primeiro, compreendo e é lícito o que escreve. Se foi o segundo, então temos um problema grave de isenção e de desinformação, para não lhe chamar mesmo um preconceito. Sou, obviamente, enfermeiro de reabilitação! Compreendo o que escreveu numa perspectiva coorporativista, embora desinformada e tendenciosa. E essa é a minha única crítica. A ignorância é atrevida, mesmo quando se manifesta camuflada de erudição. E depois, não vejo a diferença entre promover uma profissão com organizações de eventos ou com cartas publicadas no Expresso. São ambas discutíveis. As críticas que tece aos ER, são sobreponíveis à sua própria ilusão de grandeza, quando chega a argumentar a intangibilidade do fisioterapeuta, advogando a própria extinção do médico fisiatra. É algo que não observa em nenhum ER, tal como disse muito bem o Rui Pedro Silva no comentário que fez. Sinceramente, já me cansam estas pseudo disputas, mesmo quando vêm mascaradas sob a forma de "ensaios". É que, de ensaios está a Saúde farta e precisam-se urgentemente de actos concretos. Talvez os mesmos passem pela extinção de uma das profissões ou quiçá de ambas. Basta um lobby mais poderoso actuar. O futuro o dirá!


...filtrar informação

carlosbarok (seguir utilizador), 1 ponto , 1:12 | Sábado, 11 de maio

Lobo vestido de cordeiro II

GabrielMartins (seguir utilizador), 1 ponto , 23:25 | Quarta feira, 12 de dezembro de 2012

E em acrescento, permita-me dizer-lhe que, para cada artigo cientifico publicado pela disciplina de Fisioterapia, eu arranjo-lhe pelo menos 3 de Enfermagem. Mais, um ER é um profissional com 6 anos de formação académica superior. Um fisioterapeuta detém 4.
Poderia gastar todos os caracteres disponíveis a desmontar os seus argumentos... Mas na realidade, confesso que só lhe respondo pela qualidade global do seu texto. Apesar de tendencioso, obviamente! Gosto de pensar que o nível intelectual de ambas as profissões, permite discussões profícuas, ao invés das banalidades insultuosas a que frequentemente assisto. Agora não creio que as correntes de gestão actual sejam muito vantajosas aos fisioterapeutas. É que não se esqueça que um ER, antes de ser um especialista na área de Reabilitação, é um enfermeiro. E isso, goste ou não, faz toda a diferença. Não peça muito levianamente para que se faça uma escolha! O resultado , neste momento, pode ser muito mau para o lado dos fisioterapeutas, até porque estão em minoria (gostei daquela da reactividade em alcateia). Eu sugeria uma coexistência pacífica e até simbiótica. Todos ficariam a ganhar, em especial os utentes. Cumprimentos e continue a escrever bons textos!


Re: Lobo vestido de cordeiro II

coelholewis (seguir utilizador), 1 ponto , 0:20 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

Re: Lobo vestido de cordeiro II

coelholewis (seguir utilizador), 1 ponto , 0:40 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

Re: Lobo vestido de cordeiro II

GabrielMartins (seguir utilizador), 1 ponto , 1:17 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

Re: Lobo vestido de cordeiro II

coelholewis (seguir utilizador), 1 ponto , 1:39 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

É preciso filtrar estas infirmaçoes...

carlosbarok (seguir utilizador), 1 ponto , 1:06 | Sábado, 11 de maio

Usurpação de Competências

TripleM (seguir utilizador), 1 ponto , 12:37 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

Nisto tudo,

se a enfermagem de reabilitação é tão autónoma e tem tantos conhecimentos porque raio andam a utilizar técnicas desenvolvidas por fisioterapeutas para fisioterapeutas?

Na tão aclamada cinesioterapia respiratória pelos ER porque não utilizam somente técnicas desenvolvidas por enfermeiros?

Na neurologia, só ainda não aplicam Bobath porque o curso só é permitido a médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais e da fala!

Já agora, que tal dar uma bola anti-stress a todos os doentes que sofrem de espasticidade?

Cps


Re: Enfermagem de Reabilitação e Fisioterapia: per

terenadeze (seguir utilizador), 1 ponto , 23:55 | Quinta feira, 13 de dezembro de 2012

Depois de tanta conversa qual a diferença entre um enfermeiro de reabilitação e o fisioterapêuta? Para mim fazem a mesma coisa... O primeíro faz parte da equipa de enfermagem e muitas vezes acumula funções de adjunto do chefe e trabalha essencialmente num serviço ( Medicina , ortopedia... ) o segundo faz parte da equipa de Fisioterapia e desloca-se aos serviços onde presta os seus cuidados... Para mim utilizam tecnicas muito parecidas ou iguais... A pergunta que se devia fazer? Era necessario haver enfermeiros de Reabilitação? As Especialidades na Enfermagem sempre foram ( 99% dos casos) utilizados pelos enfermeiros para concorrerem a enfermeiro chefe e os que estão nos serviços são aqueles das especialidades recentes... noutros tempos fazia sentido porque havia poucos fisioterapeutas , neste momento sinceramente acho que não... Mas vão dizer isso as escolas de enfermagem...cumps.


Então e os Dentistas e estomatologista

Ursodesoxicólico (seguir utilizador), 1 ponto , 23:25 | Quinta feira, 4 de julho

Qual a opinião do autor deste longo texto em relação à co habitação de profissões como: dentistas e estomatologistas; oftalmologistas e optometristas; psicólogos e psiquiatras; engenheiros civis e arquitectos; fisioterapeutas e ... terapeutas ocupacionais, fisiatras, massagistas, ergoterapeutas, cinesioterapeutas (não quero falar dos muitos curiosos que dizem ser fisioterapeutas). Esquece-se também de referir que em muitos países a reeducação funcional respiratória é uma área de atuação transversal e em que é tida como uma especialização onde entram enfermeiros ou fisioterapeutas… Há experiências para todos os gostos! Mas a realidade prática da fisioterapia em Portugal está longe do que refere, mas há bons e maus profissionais em todos os lados! Mas nunca se esqueça que a fisioterapia não é reabilitação (é uma visão redutora, conservadora e corporativista)! Os enfermeiros também não são a reabilitação, mas podem ajudar! Tal como muitos outros profissionais…a reabilitação é transversal a muitas áreas e disciplinas na saúde!


Enfim.

Mara Andrade (seguir utilizador), 1 ponto , 20:12 | Segunda feira, 25 de novembro

Enfim, estas disputas irracionais já metem dó, se houvesse mais trabalho de qualidade e menos atritos andava o mundo melhor. O autor deste texto ainda tem mesmo muito a aprender, a crescer e a trabalhar em equipa interdisciplinar. Para criticar tanto a enfermagem das duas uma, ou tem inveja e é muito frustrado no que faz, ou realmente teme muito.


Discordo do texto

ElodieSilva (seguir utilizador), 1 ponto , 20:30 | Domingo, 15

A meu ver, caro autor, o senhor só vem demonstrar que se sente inferior em relação aos ER e que tem medo que os utentes reconheçam e dignifiquem mais o trabalho dele do que o do Fisioterapeuta.
Caso não se lembre ou não tenha conhecimento a reabilitação " é um processo de consolidação de objetivos terapêuticos, não caracterizando área de exclusividade profissional e sim uma proposta de atuação multiprofissional voltada para a recuperação e o bem-estar biopsicossocial do indivíduo, onde a cada profissional componente da equipe deve ser garantida a dignidade e autonomia técnica no seu campo específico de atuação, observados os preceitos legais do seu exercício profissional" (wikipédia). Como vê reabilitação não compete só a terapeutas ou fisioterapeutas mas sim a todos os profissionais que têm uma visão holística do doente que é o caso da enfermagem, pois reabilitar não é só na parte física, não é só ter conhecimentos em "neuro-músculo-esquelético" como refere de essencial na reabilitação, há a parte psicológica (talvez me diga que um psicólogo também não tenha conhecimentos suficientes para reabilitar...). Quero com isto dizer que cada um tem as suas competências e a suas autonomias, devem ser respeitadas e utilizadas para complementar um trabalho de equipe e para resultar num melhor cuidado ao cliente. E já que tem tanta pratica e experiência devia saber que nem tudo o que vem escrito nos livros se adequa a todos os casos na pratica!


Discordo do texto II

ElodieSilva (seguir utilizador), 1 ponto , 20:40 | Domingo, 15

Deixe-me também dizer-lhe que se os ER aplicam na pratica os conhecimentos que adquiriram na especialidade é porque assim é legal e lhe reconhecem competências para isso. Se não está contente com as leis do nosso país pode sempre emigrar para um que lhe dê o valor e autonomia que tanto tem medo de não ter cá.
Meu caro, este tipo de picardia só lhe fica mal e se quer "provar" que são melhores os fisioterapeutas que os ER trabalhe mais, seja melhor profissional, digne a sua profissão e deixe de publicar este tipo de textos, que não o levam a lado nenhum. Dedique-se à investigação, venha mostrar a evidencia de novos casos isso sim, é de valorizar e com certeza mais útil a sociedade e aos profissionais portugueses. Com todo respeito.


1 comentário:

  1. tanta guerra....para nada, só vemos os maus casos de ER e FT que andam em disputa, ou que acham que são melhores que o outro, certo é que na lista de "funções" que o enfermeiro pode realizar, foram para áreas que não vos pertencem e, nesse sentid, provocaram os colegas. TO, TF, FT....já agora também psicologia e mais umas tantas, não?
    respeito os enfermeiros, até porque tenho o curso feito, neste momento estou a tirar fisioterapia, sem pretensões de voltar a enfermagem porque acho que cada um tem as suas competências, quando falam de 6 anos de curso, enganam-se, porque o mestrado, ou a especialização só tem 2 anos, os restantes anos que eu também tive não são relacionados com a reabilitação por mais que digam que sim (falo disto, com conhecimento de causa).
    em alguns sites dizem que FT veio roubar o lugar a ER e que são "paus-mandados" dos fisiatras, mas como foi dito tanto por ER como FT e pela experiência que tive nos estágios de enfermagem, os dois profissionais quando pensam no bem estar do doente e gostam do que fazem, não se limitam às indicações do médico/fisiatra, mas fazem o que é melhor para o doente, nem que tenham de "fugir" um pouco à prescrição.
    em relação ao que dizem de em portugal ser assim ou assado, do que ouço falar, fora de portugal, a reabilitação é maioritariamente feita por FT.
    eu gostaria de comparar o programa de 2 anos de ER com o de 4 anos de fisio e ver o que é ou não dado, e depois diria se A ou B é mais competente para realizar que tarefas, até porque, segundo o documento legal, em que o enfermeiro pode realizar tarefas na área de TO ou TF...eu pergunto e se FT começasse a aprender a realizar aspiração de secreções ou entubação nasal? será que a enfermagem iria ficar "calma" estando do lado do "invadido"?
    esta é apenas a minha opinião, de alguém que tem a visão dos dois lados, e eu acho que enfermagem anda a abusar um pouco e que não deve queixar-se de lhe estarem a tirar vagas, mas sim tentar ver as suas áreas de atuação e falando para todos os profissionais de saúde, vamos olhar para os bons exemplos de cooperação entre ER, FT, TO, TF, entre outros e ver o que podemos melhorar, para tentar prestar cuidados com cada vez mais qualidade.
    respeito a opinião dos outros, e admito estar errado se me mostrarem e provarem que estou a falar mal.
    dito isto, bom trabalho para todos e de que área forem, não se deixe reger pelo médico/fisiatra/etc, pode dar trabalho e alguma discussão, mas o doente merece que lutemos pelo que é melhor para ele.
    cumprimentos a todos. :)

    ResponderEliminar