[O cenário é o dos CS espatifados em vários átomos, uma coisa parecida com o que o pré-socrático Heraclito fez ao Uno. Ora esta coisa não pode dar certo, porque é um movimento anormal de afastamento da unificação, do Uno para o múltiplo, o diverso. Depois de atomizarem o Uno, em USF, houve um resquício de vergonha, que achou a atomização exagerada e lá criou a figura do ACES, baseada na ideia de espiga, cujos grãos são as Unidades apelando à unificação. Os Enfermeiros alhearam-se, habituados a respeitarem, sem cuidarem da recíproca, que é serem respeitados e deixaram-se enganar. Mas como a tendência universal é para a unificação, como os ACES já indicam, lá vamos chegar.
Mas, enquanto a unificação evolui, temos de estar preparados para reassumir o comando das operações dos CSP].
AFASTADOS tem alguns sinónimos: ausentes, distantes, retirados, arredados e até, desterrados. A questão está em saber se esse afastamento é voluntário ou imposto.
Se é voluntário, a coisa é mais grave;
Se é imposto, é mais fácil criar as sinergias, para retomar a posição, na administração a que os Enfermeiros têm direito, não por si, mas pela saúde, que precisa e merece essa prática unificadora, mas que o prec administratório, que invadiu os serviços de saúde, ajuda a marginalizar. Tudo é número; até eles, administrúnculos são uns números, embora furunculosos.
Ora, sem a sensibilidade enfermeira tudo é perigoso e inerte.
Surpreendeu-nos positivamente a Senhora Presidente da Secção Regional Centro da Ordem dos Enfermeiros (SRC OE), que começa por dizer no Diário de Coimbra de 7/03/2013:
«Os enfermeiros estão a ser progressivamente afastados das funções de gestão nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), não obstante serem a Classe profissional mais representativa no sector.
{não obstante faltarem lá muitos para operar a reforma que se impõe e não a do “mais-do-mesmo-para-pior}
«Os enfermeiros estão a ser progressivamente afastados das funções de gestão nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), não obstante serem a Classe profissional mais representativa no sector.
{não obstante faltarem lá muitos para operar a reforma que se impõe e não a do “mais-do-mesmo-para-pior}
A SRC, bem como as outras Secções Regionais estão a trabalhar numa proposta conjunta, para enviar à tutela, que recrie o papel (e a tinta) da direcção de enfermagem.
[Pelo fiasco que foi a criação dessa verruga no vogal de Conselho Clínico, não foi nada de positivo, como a experiência ja está a demonstrar].
[Pelo fiasco que foi a criação dessa verruga no vogal de Conselho Clínico, não foi nada de positivo, como a experiência ja está a demonstrar].
A SRC considera que atualmente se verifica um vazio em termos de hierarquia e que esta penaliza a qualidade e supervisão técnica dos cuidados de enfermagem. Lembrando que antes da reforma daquele sector da saúde a direção de Enfermagem estava garantida.
[Mas já havia uma escola a minar, reciclando, com adaptações, o papel que teve, em 1975 na preparação dos chefes para serem nomeados por concordância e conveniência, do tipo “ovos moles”].
Estamos perante um vazio legal nesta matéria, já que os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), entretanto criados não contemplam a figura de enfermeiro diretor. Os enfermeiros sendo a classe profissional mais representativa, não faz sentido que não sejam chamados a fazer a gestão dos seus próprios cuidados e, pelo contrário, tenham vindo a ser progressivamente arredados dessas e de outras funções de direção, contesta a responsável regional (nacional por inerência) da Ordem…». Isto é o que dizem e pensam os representantes da OE.
[Mas já havia uma escola a minar, reciclando, com adaptações, o papel que teve, em 1975 na preparação dos chefes para serem nomeados por concordância e conveniência, do tipo “ovos moles”].
Estamos perante um vazio legal nesta matéria, já que os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), entretanto criados não contemplam a figura de enfermeiro diretor. Os enfermeiros sendo a classe profissional mais representativa, não faz sentido que não sejam chamados a fazer a gestão dos seus próprios cuidados e, pelo contrário, tenham vindo a ser progressivamente arredados dessas e de outras funções de direção, contesta a responsável regional (nacional por inerência) da Ordem…». Isto é o que dizem e pensam os representantes da OE.
E o que diz e pensa a Ordem dos Médios?
«A Ordem dos Médicos recusa a necessidade de criação de outras especialidades de enfermeiros nos centros de saúde e reforça a importância da enfermagem ficar sob a liderança responsável do médico de família».
Perante esta dispersão impõe-se a pergunta;
Quem manda?
Na Ordem dos Enfermeiros o atrevido e desbragado bastonário da OM, tenta mandar, como se vê claramente, pelo que impõe aos Enfermeiros, ao não querer especialidades, nos Enfermeiros e ao pô-los sob a liderança do “familiado ”.
E na verdade os Enfermeiros têm-se deixado embrulhar neste conceito.
E na verdade os Enfermeiros têm-se deixado embrulhar neste conceito.
Mas o desbragado manda mesmo, perante a passividade dos semi-eunucos que andam por aí.
Senão vejamos: não consegue o cujo dito meter o vogal de enfermagem no conselho clínico (o acamado) e outros piores do que ele, não lhe iam fazendo a vontade, ao quererem vender‑nos, impingindo-nos um enfermeiro diretor, nesse “pomposo encargo de vogal de conselho clínico”, entre muitos outros, onde tem como função, reunir uma vez por mês, segundo o estatuto do órgão e, depois da reunião, volta à sua especialidade, que o bastonário da OM não deixa exercer, porque o familiado esgota esse conceito, nos P1.
Mas por não exercer as especialidades de Enfermagem entende-se não as pagar, mas exigindo até aos apelos à moral cristã a prática de actos não pagos convenientemente. É isto a "boa prática de gestão".
Mas por não exercer as especialidades de Enfermagem entende-se não as pagar, mas exigindo até aos apelos à moral cristã a prática de actos não pagos convenientemente. É isto a "boa prática de gestão".
Claro que alguém tem de ter tento e responsabilidade e devolvemos a proposta à procedência, exigindo respeito pelos Enfermeiros, incluindo os dos Cuidados Primários, e a criação urgente da direção de enfermagem, liderada por Enfermeiros e não por autoconvencidos.
Mas, atenção; lembram-se dos "ques" e dos “quems” andaram a prometer, em termos de chefias de enfermagem, por nomeação de favor e complementaridade e cumplicidade?
Algumas Chefes de carreira, sentindo-se ameaçadas, até se foram meter na boca do lobo, mudando de Sindicato. Agora torcem as orelhas!
Algumas Chefes de carreira, sentindo-se ameaçadas, até se foram meter na boca do lobo, mudando de Sindicato. Agora torcem as orelhas!
Lembram-se do apoio que algumas escolas de enfermagem deram ao fazer o figurino dessa chefia?
Como, em 1975 fizeram com as direções de escolas, etc…
Não culpemos somente os outros; há entre nós, quem ajude a destruir a enfermagem, por não entender a sua superioridade ou não a admitir, por vontade própria ou imposição fnamica. É por aí, que temos de começar a arrumar a casa. Sem limparmos esse joio, o trigo da seara não cresce, porque o joio, como erva daninha, que é, atrofia o desenvolvimento da planta boa.
O joio sabe do que falamos e do que andou a prometer à claque de apoio. Banalizar a enfermagem é abrir as portas à liderança de outros profissionais, que julgam os enfermeiros de bom comer, como diria o outro…
Promoveram uma carreira unicategorial, que, como é sabido, não tem direito a chefias próprias.
Vejam quanto temos de trabalhar para colar os cacos e restaurar a carreira. Mas antes temos de limpá-la dos daninhos.
Promoveram uma carreira unicategorial, que, como é sabido, não tem direito a chefias próprias.
Vejam quanto temos de trabalhar para colar os cacos e restaurar a carreira. Mas antes temos de limpá-la dos daninhos.
Acordem, Colegas; ajudem-nos a acabar com estas fantochadas, que tanto têm prejudicado a nossa Profissão.
Ao ataque!
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