'Holding' que
controla o BES admite vender toda a sua participação na Saúde
18/12/2013 - 09:32
A Espírito Santo Financial Group (ESFG), 'holding' que controla a maioria do capital do Banco Espírito Santo (BES), revelou esta terça-feira que está a deliberar a venda de toda ou parte da sua participação na Espírito Santo Saúde (ESS), avança a agênci Lusa, citada pelo semanário SOL.
"A Espírito Santo Financial Group anuncia que está a deliberar a venda de
toda ou parte da sua participação de 24,9% na Espírito Santo Saúde,
provavelmente, através de um 'IPO' [operação de dispersão do capital em bolsa]
sobre a ESS", lê-se no comunicado enviado pela ESFG à Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM).
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Segundo a ESFG, "os termos e a data desta possível venda ainda não
foram determinados, e estarão sujeitos às condições de mercado e aprovações
necessárias".
A intenção de dispersar parte do capital da ESS no mercado de capitais
tinha sido avançada em Setembro por João Pena, presidente da Rioforte, a
principal accionista da ESS. A Rioforte é a 'holding' do Grupo Espírito Santo
(GES) para a área não financeira. Na altura, o responsável apontou para a
dispersão em bolsa de uma fatia entre 25% e 40% da ESS, especificando que o
objectivo é cotar a empresa na bolsa portuguesa.
Depois, já no final de Outubro, foi a vez de Ricardo Salgado, líder do GES
e presidente do Banco Espírito Santo (BES) apontar para um encaixe de mil
milhões de euros com a venda de activos em 2014, entre os quais, a ESS.
"O valor resultante do conjunto das colocações em bolsa e outras
cedências poderá andar à volta de mil milhões de euros", avançou o
banqueiro, durante a conferência de apresentação dos resultados do BES nos
primeiros nove meses do ano.
A ESS tem a estreia marcada no mercado até final do primeiro trimestre do
próximo ano, revelou Salgado, explicando que, apesar de inicialmente pensada
para ocorrer ainda em 2013, a Operação Pública de Venda (OPV) da 'holding' de
saúde do grupo foi adiada por questões técnicas.
"A ESS tem lá PPP [parcerias público-privadas] e são precisos os dados
do Orçamento [do Estado para 2014] para traçar o 'business plan' [plano de
negócios] do hospital de Loures", justificou.
Já a Rio Forte, 'holding' do grupo Espírito Santo que detém a maioria do
capital da ESS, os hotéis Tivoli, a gestora imobiliária Espart, a agência de
viagens Top Atlântico e a Herdade da Comporta, entre outros activos, deverá
entrar em bolsa ao longo do próximo ano, "logo que possível",
sinalizou o banqueiro.
A ESS foi criada há 13 anos e é dona de oito hospitais privados, entre os
quais, o hospital da Luz, em Lisboa, a que se somam sete clínicas de consultas
externas e duas residências para seniores, além de participar num hospital em
parceria público-privada (PPP), nomeadamente, o hospital de Loures.
É considerada uma das maiores companhias privadas de saúde em Portugal.
NB: Comvém aos Enfermeiros e a quem nem sempre os tem representado como devia e merecem que a destruição do SNS passa pela privatização da saúde.
E que a privatização da Saúde para ter lucros precisa de atrair Médicos bem pagos e Enfermeiros mal pagos e esfomeados, para se venderem por qualquer preço:
O famigerado MDP a condicionar de forma estúpida a concessão das células era uma das estratégias;
A destruição da carreira e a sua transformação em monocategorial, como está, era outra, condição.
E o Ministério da Saúde a arengar sobre a sustentabilidade/insustentabilidade do SNS, mais não é do que tabelar os preços do trabalho Enfermeiro, muito por baixo, para facilitar a sua aquisição pelos privatizadores, acabando com o serviço público, que voltaria ao velho sistema da saúde pública e Caixas de Previdência.
Convenhamos que os verdadeiros culpados da nossa situação não agiram de má fé; a fé que os condiciona e inspira é que é das piores para o Enfermeiro, por isso a acção deles é boa; a fé é que é diabólica. E quanto mais fé tiverem mais prejudiciais são para a Enfermeira.
Se pelo menos estivessem quietos e meio-calados, já davam uma boa ajuda, para o crescimento da Enfermagem, que se impõe. Já que não sabem ou não podem, não atrapalhem, perceberam?
Feliz Natal
Natal do
Hospital deixa três mensagens ao ministro da Saúde
18/12/2013 - 09:38
Teve lugar no passado sábado, dia 14 de Dezembro, a 6.ª edição do Natal do Hospital no Seixal, uma iniciativa que pretende recordar ao governo que deve cumprir o acordo assumido em 2009, e iniciar o processo de construção de uma unidade hospitalar no Concelho do Seixal, complementar ao Hospital Garcia de Orta em Almada. Pelo palco passaram vários artistas, de âmbito local e nacional e foram centenas as mensagens deixadas ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, tanto pela população como pelos eleitos dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, avança o LOCAL.pt.
O Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, deixou três mensagens ao Ministro da Saúde que sintetizam a urgência na construção deste equipamento.
Teve lugar no passado sábado, dia 14 de Dezembro, a 6.ª edição do Natal do Hospital no Seixal, uma iniciativa que pretende recordar ao governo que deve cumprir o acordo assumido em 2009, e iniciar o processo de construção de uma unidade hospitalar no Concelho do Seixal, complementar ao Hospital Garcia de Orta em Almada. Pelo palco passaram vários artistas, de âmbito local e nacional e foram centenas as mensagens deixadas ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, tanto pela população como pelos eleitos dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, avança o LOCAL.pt.
O Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, deixou três mensagens ao Ministro da Saúde que sintetizam a urgência na construção deste equipamento.
Na primeira, lembrou que não se trata de um capricho mas sim de uma
necessidade premente da população e que para dar início ao processo é
necessário que o governo adjudique o projecto de execução do hospital. Este é o
primeiro passo, que terá um investimento muito reduzido e sem ele nada poderá
avançar.
Na segunda mensagem reforçou que se trata de um hospital de proximidade,
complementar ao Garcia de Orta, que custa cerca de 60 milhões de euros.
Trata-se de um valor considerado aceitável, uma vez que a população do Seixal
contribui num só ano com mais do dobro em impostos. Isto significa que, em 6
meses, o IRS pago pelos munícipes do Seixal seriam suficientes para construir o
hospital. Salientou ainda que cada vez se paga mais impostos e cada vez se tem
menos serviços em áreas de extrema importância como a saúde, a educação ou os
transportes públicos;
A terceira e última mensagem refere que a população e os eleitos dos três
concelhos vão continuar a lutar pela construção do equipamento, pelo que se
deslocarão novamente ao Ministério da Saúde, no dia 6 de janeiro, às 15:30
horas, para Cantar as Janeiras ao sr. Ministro, com rimas alusivas ao tema.
Serão também entregues nesse dia as centenas de mensagens que os participantes
na iniciativa Natal do Hospital no Seixal escreveram ao Sr. Ministro, uma vez
que o mesmo foi convidado para estar presente mas não compareceu.
Recorde-se que a 26 de Agosto de 2009 o governo reconheceu esta necessidade
como prioritária ao celebrar com o Município um acordo estratégico para
construção do hospital no Seixal, cuja obra estaria pronta em 2012. Este acordo
estratégico estabelecia as fases e a calendarização para o lançamento do
concurso público, com o projecto de execução a concretizar até ao final de 2009
e a conclusão da construção do hospital durante o ano de 2012. Determina ainda
que o Ministério da Saúde articule com o Município do Seixal a preparação dos
concursos públicos internacionais.
Estamos em Dezembro de 2013 e o Estado não cumpriu o compromisso que
assumiu com as populações de Seixal, Almada e Sesimbra. Este retrocesso
constitui uma penalização gravíssima no acesso à saúde para os munícipes. A
realidade é que esta obra prioritária deixou de integrar o plano de
investimentos do governo de Portugal que, por opção política, decidiu priorizar
outros projectos e áreas, em prejuízo da saúde e da vida dos munícipes.
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