quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

HORAS NEGATIVAS - EXCLUSIVO ENFERMEIRO

Para qualquer ser ou coisa o factor tempo é uma coisa que discorre. Nesse discurso, vai crescendo e somando, aumentando a quantidade.
Para medir o tempo há: segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, milénios e fracções destas medidas.
Às ilegalidades cometidas nas escalas de serviço, chamam os teóricos da coisa: HORAS NEGATIVAS!
Para quem não conheça o disfarce pode pensar que se trata de "não tempo".
Assim, uma hora negativa é um conceito vazio de segundos e minutos.
Quem sabe quantos terá?
Por eternidade entede-se o tempo que discorre, mas sem fim, não obstante discorre sempre, não pára. Presume-se que páre no infinito que é uma coisa que não tem fim.
Pomos a nossa imaginação a funcionar para tentarmos imaginar como dará o sino de um campanário uma hora negativa.
O dilema é: se é hora, não pode ser negativa; se é negativa não pode ser hora.
Como se poderá identificar uma "hora negativa"?
O Frei Manuel Bernardes n'O Monge e o Passarinho: «cem anos à vista de Deus são como um instante que já passou».
É uma coisa muito rápida, tão rápida que o século se transforma num instante, que nem se chega a medir, porque quando se vai a medir já passou; mas passou.
Todavia a hora negativa não chega a passar.
Como contabilizam na escala de "SISCOAL-CISCOAL-SISCAL" as horas negativas que lá escrevem, como tal é um um fenómeno que morreu antes de ser o que não é.
Já que não temos bitola nem relógio para medir horas negativas, vamos estar atentos à forma de as conceber.
Ora se elas resultarem das alterações abusivas das escalas de serviço, então vamos ter trovoada e coriscos, pois vamos ser mais vigilantes e atacantes dos abusos que os economicistas (economistas perversos) engendram para prejudicarem sempre os mesmos: os Enfermeiros, porque este fenómeno é um exclusivo da Classe.
Com amizade,
José Azevedo

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