segunda-feira, 28 de julho de 2014

DILEMAS DO SNS

Há afamados "saudólogos" que terão de pagar no céu e ou no inferno o diferencial, entre o bem e o mal que fizeram, ao SNS, com certas invenções como a do RRE (Regime Remuneratório Experimental) e USF (Unidade de Saúde Familiar) do tipo A,B,C...que até quiseram estender aos hospitais (vide Correia de campos).
Isto, apesar de; só os Médicos, se abotoarem com 85% da massa salarial total do MS...
Um já confessou o seu crime, na saúde:

Veja-se -


Para este político, que começou no MES, os Sindicatos dos Enfermeiros não existem: 
Que faria se existissem!
São estes elitistas disfarçados, que estão a proteger as elites Médicas e não só;
irmão de Médica da MAC e cunhado do Anacleto, bem podia virar-se mais para o Povo.
Como diz o Tomás: olha para o que ele diz e não te distaias do que ele faz..





[Para desanuviar um pouco esta tragédia vou introduzir o valor duma confissão:
P- Filipe, pergunta a professora - quem escreveu os Lusíadas?
R - Eu não fui responde o Filipe. E a professora aplicou-lhe duas lambadas.
Filipe queixou-se ao pai das lambadas, não obstante a resposta estar correcta.
À noite, no café, o pai de Filipe encontrou-se com um amigo da PIDE, com quem costumava conversar e desabafou; a professora do meu filho perguntou-lhe quem tinha escrito os Lusíadas e ele respondeu que não tinha sido ele e ela bateu-lhe.
Pergunta o agente PIDE; tens a certeza que o rapaz não mente?
Responde o pai; não mente, tenho a certeza.
Vou ver o que posso fazer para te ajudar nesse problema muito aborrecido de o teu filho apanhar duas lambadas da professora, estando inocente.
Oito dias eram passados e os amigos voltaram a encontrar-se e o Agente da PIDE informou o pai do Filipe acerca do resultado da pesquisa que fez: Olha meu amigo; 2 já confessaram e o 3º está quase a confessar.]

Depois deste intervalo, vamos aos dilemas gerados, no SNS, a partir da marginalização dos Enfermeiros, que são a estrutura do SNS e este réu confesso, ao não dar atenção à estrutura, começou pelo telhado e mal a construir uma série de asneiras, a que os beneficiários directos e indirectos emprestam sabedoria que não tem, para legitimar os erros que cometeu, transformando-os em virtudes do Sistema.
Acerca dos Enfermeiros confessa: {Quase se não mencionam os enfermeiros e as enfermeiras. Grave lacuna, repito. Estiveram discretos, durante meses (?) e só mostram a sua força silenciosa, quando a greve simbólica dos sindicatos próximos do pc, em Dezembro, registou valores consistentes, em todo o território, de cerca de 33% de adesão, enquanto a adesão nos médicos não ultrapassou nunca os 9%.
O meu espaço e tempo foram pouco invadidos pela enfermagem, por razões de que sou responsável.
Falei pouco com eles e elas, estudei mal os seus problemas, aguardava mais tempo para poder compreender o balanço de poder dentro dos serviços hospitalares e para formular uma política que permitisse uma direcção interna forte, coesa e multi-profissional. Só não tive mais problemas por não ter havido tempo para eles surgirem. Se não lhes prestasse mais atenção estaria condenado a ter de fazê-lo mais tarde, como parece estar a acontecer com o Governo seguinte.}

Quando um várias vezes ministro da saúde, só nota a presença dos enfermeiros, porque têm um sindicato afecto ao PC, que conseguiu uma percentagem de 33% de adesão a uma greve, num Dezembro qualquer, prova que não exageramos, quando o classificamos de pouco sabedor da saúde, pois limita-se, como a lista de apoiantes/apoiados demonstra, onde só está uma Enfermeira, porque não tinha nenhum apaniguado para pôr na Ordem dos Enfermeiros, que listou, é muito grave e só revela que há coisas, que ainda funcionam, porque o elã vital as mantém.
Mente ao confessor, quando diz que não sabia os problemas da Enfermagem, fingindo que não foi amanuense do INSA, onde estava a central dos problemas da Enfermagem.
Não quer confessar que entregou os Enfermeiros, como moeda de troca, aos seus apoiantes médicos, para os transformarem, no que se está a constatar. Por isso diz que os problemas não surgiram antes, porque o puseram fora do ministério, onde havia de voltar. Mas não se pode deixar de confessar que foi marginalizando os Enfermeiros, à medida que entregava a direcção das unidades aos médicos.
Não é preciso citar essas leis feitas por ele, as quais foi reformulando, nesse sentido.
Agora, andam a tentar tapar os problemas que as USF provocam, desde logo, entre médicos e médicos e enfermeiros e enfermeiros.
Os Centros de Saúde estão longe de atingirem os níveis reais (noves fora a estatística forjada), que apregoam.
A forma como empurram os colegas (enfermeiros e médicos) que não aderem as USF e o recrutamento que fazem, fora dos CS, criando problemas de mobilidade sérios, que convinha analisar, com mais cuidado, pois, até nós, só chegam os mais aflitivos...
Também vão ter de nos merecer alguma atenção os critérios, que são propostos e a forma como se realizam, nas várias USF, segundo uma avaliação alheia e isenta.
Em nossa opinião, a IGAS devia dedicar mais atenção, à forma como são tratados os Enfermeiros, que os formadores de USF marginalizam; com que direito e com que motivação. Por falta de competência não é.
Seria bom para a saúde do SNS, que se verificassem as tendências que motivam e mobilizam a procura de aderentes a USF, fora dos CS e a eficácia dos cuidados, que prestam, numa área, que lhes é estranha, comparativamente, com os da área!
Será bom que se aprofunde a resposta à pergunta,
Porquê?
Há critérios legais para resolver determinados problemas, sem ter de recorrer à montagem de esquemas, que não dignificam o ambiente, que se inquina e degrada, progressivamente.
Mas nem tudo vai mal.
Quando, meio a brincar, os jornalistas diziam, em nome da população da zona de Vila Pouca de Aguiar "que o PM inaugurou mais 7 quilómetros de maternidade", ao ligar Chaves a Viseu, por via rápida, antecipavam uma realidade, que vai ganhando adeptos.
Os médicos da família, com a sua especialidade em generalidades, nem sempre têm obstetra de referência comissionado;
Também não há parteiras, nos Centros de Saúde, hoje ninhos de USF, onde cada um puxa a sua sardinha para a brasa, que as quais tenham condições, mesmo quando existem, de seguir as grávidas (não sabem disto?!), muito menos de fazer os partos. Nem sequer os aquáticos, porque o Sr. de Pombal, ouvidos os astros obstetras do seu feudo (apesar das parteiras já existirem muito antes do Hipócrates, este registou a patente da arte de partejar, hipoteticamente, primeiro), decretou que partos, na água, só para golfinhos.
Mas eis que, com todas estas dificuldades comerciais, a Natureza Mãe surge, pujante, a entregar os partos normais, aos bombeiros, reagindo desta forma, às epidurais (que matam, sabiam disso?), às cesarianas, (que marcam, sabiam disso?), demonstrando que o seu decreto é mais eficaz e mais económico, que o dos "cesarianistas" e "epidurólogos" do feudo do Sr. de Pombal.
Se as parteiras resolverem desempenhar o seu papel integral, contem connosco e com o meritório exemplo dos bombeiros, dado que a Natureza está a chamar por vós.
Não percamos o sentido de humor, pois motivos para uma boa risada não faltam. Riamos provado que está, cientificamente, que rir faz bem à saúde e dispensa a comparticipação dos medicamentos.  
Além disso, defende-nos daqueles que, até as anedotas transformam em coisas sérias, sisudas.
Quem é que não conhece um exemplar destes?
Voltaremos amanhã aos dilemas do SNS, que a marginalização dos Enfermeiros alimenta.

Com amizade
José Azevedo

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