{Pois
assim estamos. Em breve será um qualquer gestor de recursos humanos ou
de qualquer outra área a fazer os horários dos Enfermeiros o que será
certamente melhor pois terá maiores competências do que o Enfª Chefe,
maior poder negocial com a administração, maior sensibilidade para lidar
com os Enfermeiros como pessoas, saberá melhor o número de horas de
cuidados necessárias, fará melhor gestão dos cuidados de enfermagem,
garantirá melhor os recursos materiais. Excelente será certamente. O
Enfºs Chefe acabarão em breve e a Enfermagem ficará muito melhor, não
duvidem. MORTE A TDOS OS ENFERMEIROS CHEFE, OS ENFERMEIROS ADORAM DAR
TIROS NOS PÉS...MAIS UM. em Parafraseando o L.F.Scolari: E O BURRO SOU EU...SOU EU!?}
Há uma pequena história, que tem um cheiro "sui generis", que não agrada, porque regra geral, cheira mal e, há quem não o suporte.
Não obstante, e correndo o risco, pela segunda vez, de não agradar a todos, nem é esse o nosso objectivo, lá vai o título; «Nem todos os que te põem na merda são teus inimigos; nem todos os que te tiram dela, são necessariamente, teus amigos».
A história é simples e relata a desgraça de um passarito, que ficou enregelado, na neve.
O pastor, que pastoreava as suas vacas, ao ver o passarinho, naquele estado, aproveitou a bosta recente duma vaca, quente e macia e, meteu nela, o pobre passarinho.
Naquele ambiente, recuperou energias e a alegria de viver e, para dar largas à sua alegria, pôs-se a cantar.
O lobo esfaimado, que procurava alimento, abeirou-se dele e comeu-o.
Por isso, o título, que podia ser "nem tudo o que parece é", porque, se fosse, não parecia: era.
Escolhi aquele.
Moral da história: quem o colocou na merda, foi amigo; quem o tirou e comeu, foi inimigo.
Esta história vem a propósito da leitura, que Maria Antunes fez do que se escreveu do mau chefe, que não sabe ultrapassar dificuldades, que foi coisa que se esqueceu de pôr, no rol do rol de caterísticas do seu comentário, que não se rejeitam...
Mas criticar um chefe, que não sabe o que anda a fazer, não é apoiar a destruição das chefias de Enfermagem. Considero-as essenciais, se cumprirem o cargo com zelo e competência.
Mas, cuidado com as generalizações; os chefes não estão isentos de críticas, só porque são chefes, quando agem mal. Poupá-los à critica oportuna e fundamentada, como é o caso, porque não entendem que administrar é carregar nos ombros o peso das dificuldades e responsabilidades do serviço, que administra e não pô-las nos ombros dos seus subordinados, é má prática. E não ter os Enfermeiros para fazer escalas adequadas, é pôr a sua responsabilidade, nos subordinados.
Quem destroi as chefias não é quem as critica, com motivo;
quem as destroi são os que demonstram a sua inutilidade, alapados no gabinete, em cima dos problemas, que outros têm de resolver.
Posso dar-lhe um pequeno exemplo:
Chefiei o Serviço de Urtgência dos Hospital de São João de 1966 a 1976.
Criei um sistema de horário que se aguentou décadas e a chave era: 2 tardes de 8 horas (16-24 horas); 2 manhãs (8h-16) e 2 noites, (0 -8 horas); 2 folgas a que seguiam as 2 tardes.
As equipas eram 4, homogéneas e 7 ou 8 Enfermeiros cada uma.
O 3 dias e meio que estavam ausentes do serviço era o sinal do respeito que o chefe tinha por eles e pela sua condição humana.
Portanto, aqui, o Zé, sabe do que fala e nunca permitiu que outros resolvessem os problemas, fáceis ou dificeis, da sua responsabilidade de chefe.
Ainda hoje, há quem me chame chefe, que são as pessoas que trabalharam comigo essa aventura, em tempos bem mais difíceis e exigentes, que os de hoje.
Portanto, não se trata de dar tiros nos pés, trata-se de tirar as maçãs podres do cesto, para que a Enfermagem, não seja apodrecida por elas, não lhe parece, Maria Antunes. Nem tudo que aparece, é!
Com amizade e compreensão,
José Azevedo
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em 30-08-2014
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