É com imenso pesar que anunciamos ter de recorrer ao Ministério Público, para pedir que actue nas violações da lei da greve, que uma fauna de insurgentes, investidos de poderes, que a lei lhes não confere e perturbam os não-grevistas de forma insultuosa e provocatória, na «esperteza saloia de os grevistas não substituem os não-grevistas», porque já terminaram a respectiva jornada e não precisam de ser substituídos no trabalho, que já executaram.
A partir deste sofisma, fogem do serviço e vão passear desresponsabilizando-se dos deveres, que têm,
perante a greve, que é coisa muito séria e não brincadeira de garotos "insurras".
A Enfermagem não merece estas bernardas, vindas de indivíduos disfarçados, primorosamente, de perfeitos bandalhos, que nos deixam dúvidas; se são enfermeiros ou, se se transmutam, tão completamente, para fazerem estes papeis deploráveis.
E o que é mais grave é que, em vez de captarem aderentes para a greve, conseguem dar-lhes uma imagem de sindicato que não se coaduna com o espírito associativo dos Enfermeiros.
Lamentamos, mas desta vez, tivemos de colher elementos, que vamos usar junto das autoridades, porque eles vão ter de respeitar a lei da greve; a bem ou a mal.
Tive oportunidade, em Coimbra, no pretérito dia 27 de Maio, de avisar pessoalmente, o Sr. José Carlos Martins, diplomado em enfermeiro, que devia corrigir os erros, nos pré-avisos de greve, de que se serve, desde há 30 anos, no Sindicato a que preside, que se prestam a abusos de alguns insurras, que fazem de piquetes de greve.
Como várias das vítimas provocadas por esses energúmenos, são coincidentemente, Associados do SE, vamos ter de ensinar a respeitar-nos, se querem ser respeitados, pois, aqui, pratica-se a reciprocidade.
A Enfermagem é uma Classe, que tem um espírito muito especial a que os, sem classe, não acedem facilmente, por isso, temos de agir desta maneira, para terminar duma vez por todas, com as violações da lei da greve, que não é exclusivo moldável por manipulações de qualquer partido político, desde o PCP ao PCP; a lei é nacional e igual para todos.
Temos muita pena, mas a palhaçada tem de acabar!
Com amizade e firmeza,
José Azevedo
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