domingo, 3 de janeiro de 2016

TÍTULOS DE ESPECIALISTA E A ORDEM DOS ENFERMEIROS

TÍTULO DE PARTEIRA, (vulgo enfermagem de saúde materna e obstetrícia).

A Ordem está a dificultar a atribuição do título de "parteiras" a uma grupo de enfermeiras que frequentaram a especialidade numa escola superior de Enfermagem, credenciada e ainda dirigida por Enfermeiros.
E nós tentamos saber o ou os porquê(s) da recusa que ao que nos informaram vem do Douto Colégio da Especialidade acampado na Ordem dos Enfermeiros.
Ora se as especialidades são obtidas nas escolas de Enfermagem, contra a nossa opinião, como é sabido, de há muito tempo. Contudo os que iam fazer carreira no ensino teórico de Enfermeiros futuros, conseguiram essa proeza de influenciar os ministros para cometerem a burrice de as pós-graduações (logo não académicas) para as escolas onde os Enfermeiros que se querem especializar têm de desembolsar uma nota preta, para sustentarem uma fauna de oportunistas, que, infelizmente, tende a aumentar.
A bailarina do Sado, que fala a dançar, dançava os modelos de formação enfermeira sem qualquer nexo.
Nem copiar sabem.
Montaram uma supra estrutura de controlo da formação, onde falta tudo; desde a lógica do método até às verbas que iriam sustentá-lo.
Neste contexto, os formandos em Enfermagem, já não formam parcerias com as equipas médicas e respectivos internatos, a expensas do Estado e não dos próprios:
Porquê?
Aqui, nós sabemos as razões, que não dignificam, nada mesmo, os responsáveis e promotores.
Estes arautos da Enfermagem da Complementaridade, além de incultos são "cagarolas", pois têm medo de tudo e de todos; até de se chegarem  aos doentes.
E esta endemia nacional afecta os que se inspiram nos modelos, que seguiram, aquando da sua formação, sem que alguém ponha cobro a isto, para evitar a epidemia.
É este o micróbio mais virulento que corrói a Enfermagem dos nossos dias , com efeitos bem evidentes.
Se assim é; por que não se atribuem títulos de especialista a Enfermeiras que detêm um diploma duma Escola Superior de Enfermagem?
Será que os Doutos Peritos na "Arte de Partejar" que nem o "aquaparto"conseguiram defender, impondo-o, por não saberem nadar, e que vão perdendo o jeito, por inacção, na referida arte de partejar, estão a seguir o exemplo dos árbitros de futebol, que favorecem umas equipas para prejudicarem outras, ao que dizem?
É que este fenómeno só acontece num ACEE do Porto.
Que distingue este Agrupamento de Escolas, da Escola de Oliveira de Azeméis, por exemplo; isto para ficarmos, somente, acima do Mondego, onde o reconhecimento dos cursos da dita escola pelo Douto Peritório da Ordem é o; "deixa passar"?...
Será necessário ir pedir emprestadas as córneas dos Linces da serra da Malcata, para enxertar nos olhos deste "Peritório".
Não terão a percepção de que se mais ninguém estiver interessado na figura triste, que fazem, nós estamos, pelos incómodos e prejuízos, que causam aos Enfermeiros vítimas disto, que nem estupidez é, por falta de característica.
Quando havia os partos das faculdades, de momento suspensos, na Universidade de Coimbra, uma das condições para ter acesso ao diploma era a realização de 100 partos, sem os quais não havia parteira para ninguém.
Será uma norma deste género, que está a impedir esse reconhecimento de um curso, que é da exclusiva responsabilidade das escolas, que o ministram e sobre o qual emitem um diploma?
Não é isto que acontece com as licenciaturas legítimas e diplomadas pelas escolas de Enfermagem?
Os peritos da coisa também impedem o reconhecimento do curso e do diploma?
Não nos parece, que levantem problemas?
Não acham um exagero bacoco estarem uns paspalhinhos (forma atenuada de paspalho) a botarem faladura, sobre uma matéria, que é da responsabilidade das Escolas.
Se querem empertigar-se e mostrar sabedoria, ainda que teórica, acabem, primeiramente, com os cursos de especialização, nas escolas.
Estarem a rever planos de estudo e de curso das Escolas, para atribuição de um título, que já o é; é um atentado à autonomia das ditas.
Demonstram, também, estes "Peritórios", que não conhecem a essência do papel das Ordens Profissionais, nas Profissões, que representam, porque não possuem a leveza de asa suficiente, para se elevarem acima do horizonte e terem uma visão panorâmica, global, das "leges artis". São autênticas avestruzes do deserto, que só correm, sem destino.
É o que temos.
Nesta especialidade não parece, que vá haver mudanças, porque só vira o disco; a música é a mesma.
Se houver alguém que nos pudesse informar das causas destas coisas bestiais, ficava-lhes muito grato, pois neste caso especial; "burro velho quer aprender". Não basta dizer, carinhosamente, "o velhote disse", como fez, há dias um aficionado'a ignaro'a da Ordem.
Nem que seja a pontapé, digam ao velhote o que está por detrás desta anomalia. Ele só quer entender, para poder explicar logicamente às vítimas do Peritório Parteiro amigo.
Que bem assenta, aqui, o início do texto "Assim Falava Zaratustra", de Nietzsche.
Tal como o bom do velho eremita  de tão entretenido, que andava, a adorar a Deus, nem se tinha apercebido de que Deus morrera, na Sexta-feira Santa, também o "velhote", de tão ocupado que tem andado a dignificar a Enfermagem, não se deu conta, que a Enfermagem, essa que ajudou a implantar, morreu, para os super-homens, que a servem.
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Com amizade e votos de um 2016 pleno de sucessos, sobretudo profissionais,
José Azevedo


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