Sindicatos dos
enfermeiros desmarcam greve
Ministro da Saúde comprometeu-se a
iniciar negociações para rever acordo colectivo de trabalho, dizem dirigentes
dos sindicatos que apoiam protesto de enfermeiros especialistas.
21 de Julho
de 2017, 18:28
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ADRIANO MIRANDA
Os
dirigentes da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermagem, que é composta
pelos dois sindicatos que apoiam o protesto dos especialistas em saúde materna
e obstétrica, desmarcaram a greve que tinham convocado para
a semana entre 31 de Julho e 4 de Agosto, depois de terem estado reunidos com o
ministro da Saúde num encontro "surpresa" na quinta-feira à tarde.
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A
decisão é anunciada pelos dirigentes dos dois sindicatos - o Sindicato dos
Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros - nas suas páginas da
Internet. Fernando Correia, do Sindicato Independente dos Profisisionais de
Enfermagem, explica que no encontro de quinta-feira à tarde ficou acordado que
o Ministério da Saúde vai “desenvolver um processo negocial” já a partir de
segunda-feira, dia para o qual ficou marcada uma reunião.
Há “um
acordo de cavalheiros”, sublinha pelo seu lado o presidente do Sindicato dos
Enfermeiros, José Azevedo. Na segunda-feira, diz, arrancam "as negociações
do acordo colectivo de trabalho" em que serão revistas várias matérias,
nomeadamente a "introdução dos enfermeiros especialistas nas
carreiras" e a consequente revalorização salarial. Por isso, explica, os
dirigentes sindicais decidiram “suspender tudo o que estava a ser feito para
pressionar” a tutela, nomeadamente a greve que ia começar no final do mês.
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O
Ministério da Saúde divulgou precisamente na quinta-feira à tarde um parecer do Conselho Consultivo
da Procuradoria-Geral da República que sustenta que os enfermeiros que se
têm recusado a exercer as suas funções especializadas desde o início deste mês
em várias maternidades de hospitais públicos podem ser responsabilizados
disciplinar e civilmente e incorrer em faltas injustificadas. “São pareceres,
não uma lei”, desvalorizou José Azevedo.
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Sublinhando
que os profissionais continuam a assegurar os cuidados gerais, o porta-voz do
movimento de enfermeiros especialistas já anunciou que o protesto será
mantido enquanto se aguarda pelos resultados da reunião de segunda-feira entre
os dirigentes sindicais e o Ministério da Saúde. Também a Ordem dos Enfermeiros
já reafirmou o seu apoio a estes profissionais.
Pedido de correção desta notícia
no que se refere ao termo da greve e/ou greves.
Prezada Alexandra
Campos; há uma diferença na notícia assinada pela Alexandra que pedimos, se
possível fosse clarificada:
Assim, se o início
das negociações corresponder à conversa entre FENSE e Ministro da Saúde, aliás,
cordial franca e comprometida corresponder às nossas expectativas pode
acontecer que levantemos ou suspendemos as greves de zelo e a de abandono de
serviço.
Só que isso só vai
acontecer depois de assinado o documento que estamos a preparar para ser assinado
por nós e pelo Governo.
Antecipadamente
gratos pela atenção,
P’la FENSE,
José Azevedo
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