sexta-feira, 24 de maio de 2013
OS CUBANOS A TURISMAR E O ZÉ A PAGAR
Para bom entendedor, meia palavra basta.
Se a organização dos Cuidados Primários e não só fosse outra;
Se os Enfermeiros estivessem como estão nos países evoluídos e poupados a gerir os cuidados de saúde, separando a necessidade duma consulta médica do cuidado de enfermeiro sem os misturar nem os confundir, não tínhamos de estar a fazer despesa com reservadores de vagas para futuros Médicos, antes que alguém com poder e imaginação estude a lição e tenha o bom senso de auscultar as nossas alternativas, vão lá longe buscar Médicos, para habituarem o cidadão à falta de Médicos;
Dizem que os Enfermeiros querem ocupar os lugares dos Médicos, mas para isso precisam de um suplemento formativo;
No fundo, tudo faz parte da tolerada pouca vergonha que é a organização do nosso SNS, de que tantos de orgulham, mas ainda se orgulhariam mais, se não fossem legal e racionalmente toleradas estas manobras de diversão.
Entretanto, os Enfermeiros, que podiam ocupar o seu lugar nos Cuidados de Saúde Primários, sem necessidade de recorrerem aos Médicos Cubanos, Colombianos, Moicanos e outros, emigram aos milhares; mas os que ficam, também não têm colocação, porque a casa do nosso SNS tem o telhado suspenso, na ignorância e na exploração.
Esta dos Médicos Cubanos ganharem o mesmo salário que os de cá e terem cabana de borla, a fazer parte do contrato, enquanto os de cá, ou emigram ou ganham o mesmo que eles, mas têm de alugar barraca à sua conta!
Tudo isto, é para fingir necessidade extrema de Médico, que nunca existiria, se o SNS estivesse montado e organizado, em torno do "Acto Enfermeiro" e não à volta do "Acto Médico", que é uma coisa indefinível, que não se sabe bem, onde começa e, onde irá acabar...
Era tão fácil fazermos boas cópias, não inquinadas por "corporativomanias".
Era tão fácil imitarmos os países, onde os interesses sociais se sobrepõem aos de Classe ou de grupo, que correm o risco de serem desacreditados, o que não é nada bom; ou serem classificados mais ou menos injustamente, como braços alongados do cartel quimiofarmacêutico.
Santa Luzia lhes dê a visão de que precisam!?
ENFERMEIROS PARA A DIÁSPORA
Pobres e mal agradecidos; é o que nós somos.
Tivemos a felicidade de ter a juventude a interessar-se pela Enfermagem, coisa que não acontecia nos anos 50, 60, 70.
A partir de 1981 com uma nova carreira e uma revisão adequada da tabela salarial a evolução da Enfermagem foi galopante.
Também não descurámos a evolução académica. Por isso de marginalizados do ensino oficial, entregues a escolas das Misericórdias e ou Públicas, igualmente sujeitas à Direcção Geral da Assistência, com direito a homologação de diploma e tudo o mais, fomos integrados nos Sistema Educativo Nacional em 1988, com horas e horas de formação que dariam para licenciar o quíntuplo dos Enfermeiros, que começaram por ser bacharéis, equiparados a licenciados com ou sem complemento e, finalmente, em 2000 saíram os primeiros licenciados de base.
As encomendas eram mais que o habitual e as escolas do tipo "champignon" , nasciam para abastecer o nosso SNS que se ia deformando, à medida que se formavam mais Enfermeiros.
As consultas médicas eram e ainda são o prato forte, que autarcas e governantes servem aos cidadãos.
Aos Médicos foi garantida a empregabilidade total, enquanto aos Enfermeiros, se proporcionava a desempregabilidade quase total, para além das más remunerações e a insegurança de emprego, mais para criar medo do que para executar.
O resultado é desolador: Em 4 anos emigraram mais de sete mil Enfermeiros, diz o Sol nos excertos acima expostos.
Mas a fazer fé nos números, e não temos razões para duvidar, só em 2012, ou seja; no ano que passou, emigraram 2.814 Enfermeiros para países vários, que vieram buscar uma mão de obra altamente qualificada e indispensável, em países com governantes mais avisados, que os nossos e menos "doutófilos"!
Enquanto isto ia acontecendo; vai acontecendo, o Sr. Bastonário dos Médicos continua a pretender eternizar a reconversão dos Cuidados de Saúde Primários; os autarcas, que entretanto, entram na gestão do SNS, através dos Centros de Saúde, a mudarem de nome, segundo as conveniências dos Médicos, desconhecem os Enfermeiros, regra geral, e as excepções só servem para confirmar essa regra. Se não dão conta da existência dos Enfermeiros, também não se apercebem do seu papel essencial, que não é tão apelativo, num país de "doutófilos", mas é indispensável, como demonstram os que transformam os Enfermeiros, em emigrantes.
Quando é que este país acorda para a gravidade da situação?
Quando é que se volta a valorizar os Enfermeiros, para que eles sintam que vale a pena ficar?
Ao longe a bruxa feia vocifera: "sossega, jacaré, porque a lagoa vai secar"!
A CULPA PROCURA NOIVO
Mesmo em tempos de crise, esta não chega a todos ao mesmo tempo: para uns, chegou antes de chegar; para outros, não chega antes de partir!
Há previsões de que até 2016 vão continuar a prestar a Assistência Primária, com Médicos, aumentando a atrofia da qualidade dos cuidados, privilegiando as consultas médicas, enquanto não se vê tendência para seguir a voz da razão, empregando nesse sector, muitos mais Enfermeiros.
Se a proporção de Médicos, a continuarem vinculados a "funcionários", for de 4 ou 5 Enfermeiros para um Médico, é mais que evidente que as consultas não são objectivos a atingir e a fingir qualidade, porque a qualidade altera-se, naturalmente e, só será consultado pelo Médico quem estiver a precisar disso; tudo o mais fica a cargo dos Enfermeiros.
Quanto mais cedo for alterada a lógica errada da USF e substituída pela UCC, mais depressa se conseguem melhorar em quantidade e qualidade os Cuidados de Saúde Primários, porque são essencialmente cuidados de Enfermagem, que começam na promoção da saúde, avançam para os preventivos; prosseguem na continuidade de cuidados, depois da alta ou antes do internamento e terminam nos paliativos.
Claro está, por tudo quanto se vê e ou indus; que o problema é a política errada, na formação de profissionais, Médicos e Enfermeiros, muito acima das necessidades. O resultado seria de prever.
Agora estamos a abastecer outros países com os Enfermeiros, que nos fazem falta, mas não são contratados, porque, desde os autarcas aos governantes, que nos têm (des)governado, ninguém quer dizer o BASTA DE TANTA irracionalidade assistencial.
Nem sequer o exemplo dos outros países, nos serve de cópia, porque os compromissos políticos com a "doutofilia", são muito profundos, em certas maneiras de ser e de pensar.
Mas nem tudo vai mau, porque o erro vai vindo à luz do dia e, um problema claramente enunciado, é mais fácil de solucionar.
HÁ DIABÉTICOS SEM DIABETISTA
De Viana do Castelo chega-nos uma montagem grosseira da falta de um endócrino-diabetita, para controlar as máquinas de insulina.
Dizem que a única que lá havia e que, até falava "espanholguês", foi-se embora, provavelmente por termo de contrato, ou, como noutros casos semelhantes, adquiriu os pontos necessários para conseguir uma boa colocação no seu país de origem.
Se há especialidades, com ou sem bombas que são do controlo, quase exclusivo do próprio doente e, seguidamente do Enfermeiro, essa é a diabetis.
Com que então não há ninguém, na zona, que controle as bombas de insulina, diz o outro fulano, que se passou dos carretos e estragou a bomba, que lhe estava aplicada. Até parece que, antes das bombas da insulina não se tratavam os diabéticos, convenientemente!
É como se um cidadão, a quem o carro avariou, ficasse parado porque se esqueceu de andar a pé para pedir ajuda, coisa desnecessária, com a divulgação generalizada dos telefonos móveis e portáteis.
Mentirosos; quem contrla e ensina toda essa gente diabética, são os Enfermeiros;
Por que se omitem os Enfermeiros e o seu papel, no controlo desta doença para justificar a campanha de contratar mais um Médico, dos diabéticos?
Por que se omite, também, a capacidade de qualquer médico para atender qualquer diabético, ainda que seja dos especialistas em "Médico de Família"?
Será que ainda não chegaram a Viana do Castelo os "ID", onde está inserido nas bolsas contratualizadas o controlo dos diabéticos?
É assim que se manipulam os anjinhos e anjolas, para alimentar a "Medicomania Portuguesa", que não ajuda a resolver efectivamente e da melhor maneira a problemática sanitária, pois está do lado dos problemas e não do lado das soluções.
Este caso é um exemplo dos que insultam a nossa capacidade pensadora!
Dizem que a única que lá havia e que, até falava "espanholguês", foi-se embora, provavelmente por termo de contrato, ou, como noutros casos semelhantes, adquiriu os pontos necessários para conseguir uma boa colocação no seu país de origem.
Se há especialidades, com ou sem bombas que são do controlo, quase exclusivo do próprio doente e, seguidamente do Enfermeiro, essa é a diabetis.
Com que então não há ninguém, na zona, que controle as bombas de insulina, diz o outro fulano, que se passou dos carretos e estragou a bomba, que lhe estava aplicada. Até parece que, antes das bombas da insulina não se tratavam os diabéticos, convenientemente!
É como se um cidadão, a quem o carro avariou, ficasse parado porque se esqueceu de andar a pé para pedir ajuda, coisa desnecessária, com a divulgação generalizada dos telefonos móveis e portáteis.
Mentirosos; quem contrla e ensina toda essa gente diabética, são os Enfermeiros;
Por que se omitem os Enfermeiros e o seu papel, no controlo desta doença para justificar a campanha de contratar mais um Médico, dos diabéticos?
Por que se omite, também, a capacidade de qualquer médico para atender qualquer diabético, ainda que seja dos especialistas em "Médico de Família"?
Será que ainda não chegaram a Viana do Castelo os "ID", onde está inserido nas bolsas contratualizadas o controlo dos diabéticos?
É assim que se manipulam os anjinhos e anjolas, para alimentar a "Medicomania Portuguesa", que não ajuda a resolver efectivamente e da melhor maneira a problemática sanitária, pois está do lado dos problemas e não do lado das soluções.
Este caso é um exemplo dos que insultam a nossa capacidade pensadora!
QUERREMOS O LUGAR QUE É NOSSO POR DIREITO
Os Sindicatos SE e SIPE [FENSE], reuniram aoos 23 dias de Maio de 2013 para responderem a um grande equivoco que há relativo às protecções legais que háacerca do direito que a Constituição consagra: {para trabalho igual, salário}, que não necessita de lei adicional para ser exercido.
É urgente esclarecer qual a razão dos Enfermeiros não terem os mesmos direitos que outros, num Estado democrático e com uma Constituição que a todos obriga de igual modo.
Também não é lá conhecida (ao que parece) a vastíssima jurisprudência que Tribunais normais e Supremos já produziram condenando o Estado Português ao cumprimento deste direioto Constitucional.
No 1º ofício, acima reproduzido, dá-se conta da urgência em sermos recebidos para esclarecimento mútuo das confusões que a DGAP colecciona ao referir-se à actualização dos salários dos CIT.
Errar é humano e o nível de conhecimento, também é humano!
No 2º ofício, aqui reproduzido, alertamos o Sr. Secretário de Estado da Saúde, para agendar reuniões com estes 2 Sindicatos, a fim de dar cumprimento ao ofício do Sr. Ministro da Saúde, que lhe entregou o assunto das remunerações dos Enfermeiros, há mais de um mês, cuja proposta foi dada a conhecer a todos os órgãos de Poder, constituídos, em Portugal.
Para quem a quiser conhecer encontrá-la-á nesta página do SE.
Como os Enfermeiros andam em contra-ciclo, habitualmente, nda temos a ver com as decisões governativas que se tomam sem terem em consideração a enorme injustiça que se está a cometer, para com os Enfermeiros, por razões que começam a despontar, sendo a principal a "MEDICOMANIA" PORTUGUESA, que engana governantes e governados de que é ali que se encontra a totalidade das soluções dos problemas de saúde do cidadão comum!
Tal confusão levou-nos ao excesso de Médicos e ao défice de Enfermeiros, que desequilibra a satisfação adequada das necessidades reais, dos cidadãos, além da factura ser mais pesada para a menor quantidade e pior qualidade dos cuidados prestados.
As invenções organizacionais de Piscos e quejandos, mesmo com as bênçãos do género USF e os seus méritos fictícios, que o arranjismo determina, não conseguem disfarçar a necessidade emergente de acelerar a implantação de UCC, sob a orientação e organização de Enfermagem,
Mas a procissão ainda vai no adro!
quinta-feira, 23 de maio de 2013
A REBENTAR PELAS COSTURAS
Temos usado o olhar atento e perspicaz de George Orwell, uma das suas obras que o imortalizaram: [O Triunfo dos Porcos]. Vejamos um pequeno excerto desse texto genial: {(...) E, no fim, ouviu-se um tremendo ladrar de cães e o cantar estridente do galito preto e surgiu o próprio Napoleão, magestosamente erecto, caminhando sobre as patas traseiras, lançando olhares arrogantes para um e outro lado, com os cães saltitando à sua volta.
Na pata trazia um chicote.
Fez-se um silêncio de morte. Espantados, aterrorizados, todos muito juntos, os animais observavam o longo cortejo de porcos marchando vagarosamente pelo pátio. Era como se o mundo se tivesse virado de pernas para o ar. Depois, passou o primeiro choque e, apesar de tudo - apesar do terror dos cães e do hábito, desenvolvido ao longo dos anos, nunca se queixaram, nunca criticaram, acontecesse o que acontecesse - poderiam ter pronunciado alguma palavra de protesto. Mas, precisamente nesse momento, como que a um sinal, todos os carneiros desataram a balir altíssimo:
- Quatro pernas bom, duas pernas melhor!
Quatro pernas é bom, duas pernas melhor!
Gritaram durante cinco minutos, sem parar. E, quando acalmaram a ocasião de protestar tinha passado, pois os porcos tinham regressado a casa.
Benjamim disse para Clover:
- A minha vista anda fraca, puxando-o, até à parede do outro lado do celeiro onde estavam escritos os 7 mandamentos. Mesmo em nova, não poderia ter lido o que ali foi escrito. Mas parece-me que a parede está diferente. Os 7 Mandamentos são os mesmos de outrora, Benjamim?
Pela primeira vez, Benjamim consentiu em quebrar a sua regra e leu-lhe o que estva escrito na parede. Não havia lá nada, excepto um único mandamento. Dizia:
TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OUTROS.
Depois disto ninguém estranhou que no dia seguinte, todos os porcos que supervisavam o trabalho da quinta levassem chicote...}
Como esta prosa se encaixa nalguns aspectos da nossa sociedade. Como se excaixa, responde-nos o eco, que soou além!
[Formação de centenas de Médicos em risco] é o título de notícia inserta no JN de 22.05.2013.
Mas não é caso único. Foi notícia que se repete durante o dia com a inevitável presença do Bastonário dos Médicos a lembrar-nos o óbvio: não precisamos de tantos Médicos; já esqueceram os "numerus clausus", impostos durantes anos e anos!?
Não o disse expressamente, mas depreeende-se do seu ar agastado, como quem vai tomar um purgante e lhe está a prever os resultados.
Quem é que não quer ser doutor de médico, num país, no qual reina a democracia e todos os animais são iguais, com a excepção de haver alguns que são mais iguais, como diria George Orwell, nos seus 7 mandamentos resumidos a um.
O paradigma da medicomania está esgotado.
A "crise" interna e externa vai lembrando tímidamente que é preciso dar mais afazeres aos Enfermeiros e retirá-los de perto dos Médicos, que devem estar avençados, porque não têm apetência para funcionários, nem aqui, nem noutro lugar qualquer que seja.
As UCC seriam nos CSP a organização ideal, como já são no mundo e os "médicos de família" atenderiam como os especialistas, os doentes que os Enfermeiros lhes mandassem, como já atendem os oftalmologistas e outros especialistas os doentes que os médicos de família lhes mandam, para que estes lhes resolvam, com as suas competências, os problemas que têm, na sua área especializada.
Especialistas são os médicos de família. Só não percebemos é por que não têm o mesmo modo de actuar que os outros especialistas.
Os países, onde se consomem os recursos mais racionalmente e onde não é possível ceder a interesses de grupo ou de "lobbies", já entregaram os CSJ aos Enfermeiros sem que duvidassem das suas competências que vão até onde o Enfermeiro toma consciência dos seus limites e solicita a intervenção de outros especialistas, como os médicos de família, já fazem, de modo excessivamente dispendioso e resultados banais.
E esta questão não é despicienda e vai ser tratada convenientemente.
Se os governantes tiverem o respeito suficiente pela saúde dos cidadãos, para com os transviados nós estaremos atentos para os informar do caminho certo, ainda que a "via seja dolorosa".
Só assim se poderá falar duma autêntica reforma dos CSP, mas que não seja um simples arranjo de mais do mesmo, mas ainda para mais dispendioso.
Na pata trazia um chicote.
Fez-se um silêncio de morte. Espantados, aterrorizados, todos muito juntos, os animais observavam o longo cortejo de porcos marchando vagarosamente pelo pátio. Era como se o mundo se tivesse virado de pernas para o ar. Depois, passou o primeiro choque e, apesar de tudo - apesar do terror dos cães e do hábito, desenvolvido ao longo dos anos, nunca se queixaram, nunca criticaram, acontecesse o que acontecesse - poderiam ter pronunciado alguma palavra de protesto. Mas, precisamente nesse momento, como que a um sinal, todos os carneiros desataram a balir altíssimo:
- Quatro pernas bom, duas pernas melhor!
Quatro pernas é bom, duas pernas melhor!
Gritaram durante cinco minutos, sem parar. E, quando acalmaram a ocasião de protestar tinha passado, pois os porcos tinham regressado a casa.
Benjamim disse para Clover:
- A minha vista anda fraca, puxando-o, até à parede do outro lado do celeiro onde estavam escritos os 7 mandamentos. Mesmo em nova, não poderia ter lido o que ali foi escrito. Mas parece-me que a parede está diferente. Os 7 Mandamentos são os mesmos de outrora, Benjamim?
Pela primeira vez, Benjamim consentiu em quebrar a sua regra e leu-lhe o que estva escrito na parede. Não havia lá nada, excepto um único mandamento. Dizia:
TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OUTROS.
Depois disto ninguém estranhou que no dia seguinte, todos os porcos que supervisavam o trabalho da quinta levassem chicote...}
Como esta prosa se encaixa nalguns aspectos da nossa sociedade. Como se excaixa, responde-nos o eco, que soou além!
[Formação de centenas de Médicos em risco] é o título de notícia inserta no JN de 22.05.2013.
Mas não é caso único. Foi notícia que se repete durante o dia com a inevitável presença do Bastonário dos Médicos a lembrar-nos o óbvio: não precisamos de tantos Médicos; já esqueceram os "numerus clausus", impostos durantes anos e anos!?
Não o disse expressamente, mas depreeende-se do seu ar agastado, como quem vai tomar um purgante e lhe está a prever os resultados.
Quem é que não quer ser doutor de médico, num país, no qual reina a democracia e todos os animais são iguais, com a excepção de haver alguns que são mais iguais, como diria George Orwell, nos seus 7 mandamentos resumidos a um.
O paradigma da medicomania está esgotado.
A "crise" interna e externa vai lembrando tímidamente que é preciso dar mais afazeres aos Enfermeiros e retirá-los de perto dos Médicos, que devem estar avençados, porque não têm apetência para funcionários, nem aqui, nem noutro lugar qualquer que seja.
As UCC seriam nos CSP a organização ideal, como já são no mundo e os "médicos de família" atenderiam como os especialistas, os doentes que os Enfermeiros lhes mandassem, como já atendem os oftalmologistas e outros especialistas os doentes que os médicos de família lhes mandam, para que estes lhes resolvam, com as suas competências, os problemas que têm, na sua área especializada.
Especialistas são os médicos de família. Só não percebemos é por que não têm o mesmo modo de actuar que os outros especialistas.
Os países, onde se consomem os recursos mais racionalmente e onde não é possível ceder a interesses de grupo ou de "lobbies", já entregaram os CSJ aos Enfermeiros sem que duvidassem das suas competências que vão até onde o Enfermeiro toma consciência dos seus limites e solicita a intervenção de outros especialistas, como os médicos de família, já fazem, de modo excessivamente dispendioso e resultados banais.
E esta questão não é despicienda e vai ser tratada convenientemente.
Se os governantes tiverem o respeito suficiente pela saúde dos cidadãos, para com os transviados nós estaremos atentos para os informar do caminho certo, ainda que a "via seja dolorosa".
Só assim se poderá falar duma autêntica reforma dos CSP, mas que não seja um simples arranjo de mais do mesmo, mas ainda para mais dispendioso.
O DESMENTIDO QUE MENTE MAIS AINDA
Como fomos alguns dos que repararam na "não surpreendente ligação doméstica de Bastonário" Germano e Manuel Pizzzarro, ex Secretário de Estado e da Saúde e perante o "curioso" desmentido, habilidosamente, inserido, num dos noticiários da OE, pelo seu gabinete de Comunicação e Imagem.
Deixamos, aqui, esse gesto do dito gabinete, que demonstra, ainda mais desrespeito, pelos Membros Enfermeiros da OE do que o "sugerido" atrevimento de Pizro e o seu gabinete de promoção de imagem e apoios à dita promoção, através de vários apoios nos quais se insere em 14º lugar e com fotografia e declaração do Bastonário OE, que não veio desmentir coisissima nenhuma.
Temos o respeito que é devido aos gabinetes de "comunicação e imagem", que nos lembram, a seu modo, o que devia ser um qualquer Membro de Órgãos do leque de Órgãos Sociais Dirigentes e Responsáveis da Ordem.
Mas, não é isso que está em causa e que, por sinal, deve ser conhecido por todos os agentes em questão; Dirigentes e não dirigentes da OE: A Ordem é equidistante de políticas e de políticos, e só tem de garantir a idoneidade profissional dos seus Membros, perante a População que usa os serviços de qualquer Enfermeiro.
Tudo que vai para além disso é esquisito e impróprio de qualquer Órgão ou partes do Órgão. No caso é Órgão único, o de Bastonário, por isso, é sobre ele que recai toda a responsabilidade deste sectário apoio a um candidato que desgraçõu a Enfermagem, enquanto governante, pois como se pode inferir, facilmente, não estamos a falar de cor: conhecemos, objectivamente, e sem qualquer sombra de dúvida, quem esteve com o ex secretário de Estado e da Saúde, na destruição da nossa carreira e tabela salarial.
E não é a primeira nem vai ser a última vez que os denunciamos.
Não seria mais credível se fosse o Sr. Bastonário a demarcar-se de tal apoio, de forma concreta, e não através de um gabinete de imagem, que tem por dever principal, retirar as manchas de qualquer personagem?
Claro que seria!
É!
Esconder-se, atrás de um gabinete da sua promoção de imagem, é um gesto de pusilanimidade, que não abona, em favor da credibilidade, que deve existir numa Ordem Profissional, que se destina a garantir a idoneidade dos seus Membros nos serviços que prestam a toda a População, independentemente das suas características pessoais e sectoriais. Apoiar um candidato é sectarismo, logo impróprio da universalidade isenta que se exige a qualquer Ordem Profissional.
Por que não está a Ordem dos Médicos a apoiar um dos seus Membros? O Candidato é Médico.
Nós bem avisámos, por isso não nos podem acusar de, em tempo útil, não termos denunciado esta e outras possibilidades desviantes.
Porém, não somo nós que temos de esclarecer; mas temos o dever de exigir um desmentido do Candidato a autarca, se usou abusivamente o nome da Ordem dos Enfermeiros, através do seu Bastonário, e do próprio Bastonário, mas directos, pessoais, e não deixando de lembrar o seu respectivo relacionamente e compromissos políticos, na área da Saúde a que ambos pertencem.
Também não contestamos os apoios que Germano Couto dá a qualquer candidatura, enquanto Germano; o que está em causa é fazê-lo, na qualidade de Bastonário duma Classe Profissional, que tão molestada foi e continua a ser, justamente por reflexo da acção do ex governante Pizro.
Se o Sr. Germano Couto quer apoiar o seu candidato deve suspender o mandato para entrar abertamente na referida campanha, mas como pessoa individual e não como personalidade representante da maior Ordem do País, que deve deve respeitar, enquanto seu Bastorário!
Para quê mais palavras?
As imagens falam, por si e de forma mais eloquente e visível!
E vosmecê, Sr. Gabinete de Comunicação e Imagem da OE, não faça dos Enfermeiros parvos e de nós, também não, pois rejeitamos tudo o que excede aquela dose de estupidez natural. que qualquer mortal carrega.
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