domingo, 8 de maio de 2016

DIA DA PARTEIRA - COMEMORAÇÃO


DIA DA PARTEIRA <prima aqui>


Como se pode ler, no cartaz, participei na discussão, integrando o painel, para o efeito.
Está em causa o regresso das PARTEIRAS aos Centros de Saúde.
O que se está a fazer, ou a não fazer, nesta área;  é verdadeiramente criminoso para todos os intervenientes e de que as próprias parteiras, também, não se podem alijar.
É espantoso, como tendo as parteiras uma directiva comunitária, de comum acordo, com a OMS, os governos de Portugal, ainda não encontraram espaço, para convencionar os exames, que as parteiras estão mundialmente, autorizadas a requisitar, e os medicamentos, que estão autorizadas, também mundialmente, a receitar.
É uma vergonha esta incapacidade dos governos, perante os mandantes da Ordem dos Médicos, que até, está, legalmente tutelada, pelo Ministro da Saúde. É tão triste, ver as grávidas terem de ir duplicar a consulta de grávida, Médico da Família, para carimbarem a receita, feita pela parteira e não pelos Médicos, que da obstetrícia, não percebem um e a ponta de outro.
E não se trata de fazer um favor, às parteiras, mas sim justiça, às grávidas;
Não se trata de legislar, mas de forçar a prática, do que, já está legislado, há anos, e muitos.
É uma vergonha, para os sucessivos governos e para as sucessivas Ordens Profissionais da Saúde.
Os Enfermeiros têm obrigação de conhecer, bastante bem, a farmacologia, para corrigirem os erros, pois que são os responsáveis, pela administração dos medicamentos, mesmo receitados, pelo Médico.
É, aqui, que tem particular relevância: a RESPONSABILIDADE ESTÁ ACIMA DA OBEDIÊNCIA;
Nenhum Enfermeiro deve desobedecer, à receita, se ela não estiver correcta. Tantas centenas de vezes, que isto acontece, com Enfermeiros e Médicos.
Mas, em contraste, com isso, pretende-se demonstrar que as parteiras portuguesas, não têm capacidade, para assumirem as suas competências nacionais e internacionais. Trata-se  duma vergonhosa e retrógrada cedência, à Corporação Médica, cujas práticas, nesta matéria da gravidez e parto, estão muito longe de serem correctas e humanas. É um negócio imoral, que só as parteiras podem moderar, humanizando, a gravidez e o parto, como só elas sabem fazer.
Quem apadrinha este negócio, não está a proceder bem. Além de tudo o mais, é feito à luz do dia, impunemente.

Fiz um merecido elogio às heroínas, que foram, as parteiras das Caixas de Previdência, cuja acção e riscos conheço bem, porque as vivi de perto, junto delas. As actuais, que não se fazem valorizar e impor, com o respeito, que merecem, teriam muito a aprender, com elas.
Bem sei que é a pressão dos obstetras, que faz retirar as parteiras para suas apoiantes, o que descracteriza a sua acção. Teriam muito a aprender, com elas, que seguiam as grávidas, desde início e faziam os partos, às vezes, à luz dos faróis dos taxis, que as transportavam.
Agora, é o Médico de Família, essa vertente política mais irracional, da assistência primária, que pretende seguir a grávida, rumo ao próximo obstetra, onde começa o negócio, desde a mentalização, para a cesariana, até, até.
Comemorar, com um dia internacional, qualquer fenómeno, é para o não esquecer, sobretudo, quando está em vias de extinção. Oxalá, não seja este o caso das parteiras, pois seria uma tragédia, para a espécie, pelo aumento das violências comerciais (ditas científicas), sobre a espécie, que já se notam, mais do que seria para desejar.
É essencialmente, às parteiras, que compete imporem o seu papel.
Mas também podem contar com a nossa ajuda possível, incondicionalmente.
 Com amizade,
José Azevedo

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