sábado, 28 de março de 2015

OS COMENTÁRIOS FILHOS DE PAIS INGÓGNITOS



Andam por aí uns comentaristas de que me tenho esquecido.
Estive a lê-los e não têm nível pedagógico para serem, aqui, publicados.
Não há outra razão.
Se demonstrarem saber a essência do que se fala aqui;
Se forem batizados e souberem usar nome, diferentemente, do que fazem, algumas piadas, que nos dirigem, até podem ser publicadas, por nós, com a rodinha.
Não é por estarem de acordo ou desacordo com a malta, que as não publicamos: é por não terem o nível a que os nossos leitores estão habituados. Mas quem dá o que tem...

Há uma constante anónima: o pudor dos seus comentaristas não lhes permite assinarem o que dizem, para não terem, que se confrontar com a realidade.
Não se discute o nível de inteligência que os enforma, pois não nos deixam percepcioná-lo.
Para lerem algumas entrelinhas e para disfarçarem um pouco melhor, devem dar mais largas à inteligência. Não a ocultem tanto, para não parecerem o que não são...
E deixem as coordenadas de contacto para podermos dialogar.
Tal como eu exponho o que sei e digo, assim como o que sei e não digo, e o que nem sei nem digo, porque não sei, tenho a porta aberta, para toda a bicharada, criatura de Deus, entrar, também os comentaristas incógnitos deviam fazer o mesmo, se é que têm coragem de assumir o que escrevem. Eu sei que não!

Vá lá, percam o medo e a vergonha, se é que a têm; venham dialogar connosco, se têm algo para dar, à nossa Profissão.
Chamar velho a um velho, com o intuito de o insultar, é perder a postura, não ter habilidade para disfarçar o óbvio e é tão insultuoso um intemporal-imortal chamar velho a um velho, como um velho chamar novo a um novo. (Quando Edgar Morin perguntava a um jovem e imortal, o que sentia com a queda do muro de Berlim, este respondeu: aumentou a corrente de ar... ao que Edgar retorquiu; não te preocupes, porque com o tempo passa-te.)
A natureza humana é assim: uns nascem, outros morrem; uns crescem e aparecem, outros nem crescem, nem aparecem, porque nasceram para serem imortais. E esses não envelhecem, porque não querem nem podem ser sábios, mas não querem morrer estúpidos, o que vai dar ao mesmo, contrariando a sabedoria popular: a idade ou nos destrói ou nos faz sábios humanos.
Um asno fala do que não sabe; um sábio fala do que aprendeu.
Ser asno, ser novo e não ser Enfermeiro, é bem pior, não vos parece?
Aqui, o velho amigo da Enfermagem defende-a de quem a ataca ou prejudica os Enfermeiros, seja deus da medicina, seja o diabo da dita; seja Enfermeiro mal adaptado, em transito para o "falconato".
E não vos retiro, humilde franciscano, o direito de se irritarem, com o que, aqui se transmite. Mas para me irritarem devem dizer coisas que não sou; as óbvias, são isso.
Os anónimos são como os poetas de WC, que escrevem na porta da retrete, enquanto lutam com as más eliminações, ou hemorroidal: «Neste lugar solitário,/
Onde a vaidade se apaga,/
Todo o covarde faz força,/
Todo o valente se caga...».

Com amizade
José Azevedo

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